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Deficientes mentais comemoram 15 anos de Ademe

Por A Critica   17 de outubro de 2001
Trezentas crianças com até 16 anos de idade usufruem do tratamento especializado da Associação de Deficientes Mentais (Ademe). Em 15 anos de trabalhos desenvolvidos pela instituição, comemorados amanhã, mais de mil menores passaram por lá. A procura é tão grande que ainda 60 crianças ocupam hoje uma lista de espera para futuras vagas.

A atividade é intensa com acompanhamento fisioterápico, além de assistência social, psicológica e psicopedagógica. Para atender à demanda, as aulas de uma hora e meia tiveram que ser divididas em quatro horários diferentes, começando das 8h às 9h30 e o último horário das 15h30 às 17h. No fim de cada aula, as crianças recebem uma refeição. De acordo com a presidente da casa, a professora Regina Lúcia Feitosa, 48, o progresso das crianças é considerável. "Muitas entram aqui quase vegetando e saem andando sozinhas." Lúcia conta que a Ademe funcionou por muito tempo no prédio da Cruz Vermelha, e depois em uma casa no Coroado. Mas há seis anos ganhou da Prefeitura de Manaus o terreno na alameda Bons Amigos, 87, no Aleixo, onde funciona a sede. "Estou engajada nesta obra desde a transferência definitiva para cá. Primeiro como professora e há quatro meses como presidente."

Qualquer criança e, claro, seu responsável, ao chegar à Ademe passa por uma entrevista com a assistente social, que vai analisar se o tipo de necessidade pode ser atendido com o tratamento oferecido pela casa. "Se é problema emocional, encaminhamos ao psicólogo, se for de aprendizagem escolar, então entra a psicopedagoga, na fala é a vez da fonoaudióloga."

A luta é grande e para arcar com as despesas de tantas pessoas carentes Lúcia cita o apoio da Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) que fornece toda a alimentação diária, além de seis funcionários da Cooperativa da Prefeitura, cinco professores e mais quatro empregados do Projeto Acesso à Cidadania. "Este último qualifica pessoas com alguma deficiência e envia para trabalhos administrativos." A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) também ajuda com duas psicopedagogas e professoras.

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