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Atendimento a idosos e pessoas carentes aumentou, mas é insuficiente

Por Daniela Nahass, do GloboNews.com   1 de outubro de 2002
B>Brasília - A pesquisa realizada pela professora Ivanete Boschetti, da Universidade de Brasília (UnB), também analisa a evolução de atendimentos de pessoas carentes em asilos, creches e entidades de habilitação e reabilitação. Neste caso, o governo repassa o dinheiro para as entidades e não para a pessoa carente.

De 1989 a 2001, o número de crianças atendidas em creches variou de 15% a 20,9%, respectivamente, em relação ao total de crianças que necessitam de ajuda governamental. Já o atendimento de idosos em asilos variou de 9% em 1989 a 19,4% em 2002. O atendimento de portadores de deficiência física em entidades de habilitação e reabilitação variou de 3,7% a 19,1% no mesmo período. Os dados referentes a 2002 ainda não foram disponibilizados pelo governo.

Ivanete Boschetti enfatiza ainda que o próprio governo criou mecanismos legais para restringir o atendimento aos necessitados. Por meio de uma medida provisória, o governo limitou em 67 anos a idade para o idoso receber o benefício. Na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), a idade estabelecida era 65 anos.

Já no caso dos deficientes, só recebe aquele que for considerado totalmente dependente.

A introdução desses critérios de acesso foram fazendo com que os benefícios ficassem cada vez mais residuais - afirmou Ivanete.

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