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Magazine Luiza mostra que investir no público interno pode aumentar o faturamento

Por Informativo Ethos    18 de outubro de 2001
Desde que se inscreveu pela primeira vez para participar do Guia `As 100 Melhores Empresas para Você Trabalhar`, editado pela revista Exame em parceria com a Você S.A, em 1997, o Magazine Luiza tem ocupado posição de destaque na publicação. Foram quatro citações entre as melhores e, neste ano, a empresa conseguiu a terceira colocação geral.

Apesar de reconhecimento pelas ações sociais voltadas para o público interno da empresa só ter acontecido recentemente, a valorização do quadro de funcionários no Magazine Luiza é história antiga. As grandes transformações neste sentido começaram em 1991, quando Luiza Helena Rodrigues assumiu o comando da empresa com sede em Franca, interior paulista.

`Ela iniciou um processo de descentralização do poder da empresa, que dava mais autonomia às unidades em relação à central`, explicou a gerente de Recursos Humanos, Emilia Telma Rodrigues. Aos poucos, os funcionários passaram a assumir mais responsabilidades dentro das lojas. `Não queríamos pessoas que só seguissem as premissas de uma central, eles precisavam ter capacidade de decidir`, completou Telma.

O sucesso na nova estratégia estava intimamente ligado à preparação dos funcionários e a empresa passou a oferecer-lhes cursos de capacitação em áreas como de matemática financeira, gerenciamento e técnicas de venda. Os resultados vieram de imediato: o faturamento, que em 1990, havia sido de R$ 7,6 milhões, chegou a mais de R$ 105 milhões em 1992. E o Magazine Luiza ainda passou a contar com empregados mais motivados e conscientes de sua importância dentro da empresa.

Dez anos se passaram e o processo de valorização do trabalhador continua intenso. Cada loja elege seu Conselho de Unidade, com funcionários que serão responsáveis por debater os problemas da unidade com o gerente. Concessão de benefícios, bonificações e até demissões são decididas nesses encontros. Além disso, todos os funcionários preenchem questionários em que emitem sua opinião sobre a loja. Essas análises são levadas pelo gerente a uma reunião anual entre os representantes das 111 unidades e a chefia.

Os funcionários também são convidados a traçarem seu plano de carreira, no qual planejam os degraus que subirão ao longo de sua permanência na empresa. `Eles não são obrigados, mas orientados a fazê-lo. Sempre dizemos que aqui, ninguém promove ninguém, eles se auto-promovem`, disse Telma. O resultado desta iniciativa pode ser aferido por um índice: 80% dos gerentes da empresa são "prata-da-casa".

Há ainda muito o que fazer. Existem, por exemplo, apenas 18 mulheres entre os 111 gerentes, mas o Magazine Luiza já toma providências visando reverter esse quadro. A gravidez aparecia entre um dos principais fatores para os pedido de demissões entre as funcionárias e esse número diminiu sensivelmente com a adoção do `cheque-mãe`, que dá R$ 151,00 extras para que elas coloquem seus filhos em uma creche privada. Soma-se a isso a adoção de políticas para diminuir o número de horas dessas profissionais longe de casa.

Para os dependentes dos funcionários, a empresa só estende o convênio médico, mas Telma explica que existem muitas práticas de benefícios indiretos, como um convênio com a Caixa Econômica Federal para obtenção de empréstimos com juros mais baixos para aquisição da casa própria.



RAIO X

Nome da empresa: Magazine Luiza

Contato: Emilia Telma Rodrigues Geron, gerente de Recursos Humanos

Número de funcionários: 3.200

Faturamento: R$ 520 milhões (meta 2001)

Endereço: Rua do Comércio, 1924 - Franca (SP) CEP1440-660

Telefone: (16) 3711-2003

Site: www.magazineluiza.com.br

Email: magazineluiza@magazineluiza.com.br

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