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Muito obrigado, voluntário

Por Zero Hora   6 de dezembro de 2002
No Dia Internacional do Voluntariado, gaúchos beneficiados agradecem pelo trabalho solidário recebido Da Redação

Um número cada vez maior de gaúchos tem razões para comemorar o dia de hoje, dedicado ao voluntariado. Desde que começou a ser difundido no Estado, na década passada, o movimento multiplicou o contingente de pessoas que prestam serviços gratuitos em entidades.

Apenas a organização Parceiros Voluntários contabiliza 23 mil gaúchos que dedicam algumas horas por semana para o auxílio a quem necessita, beneficiando um universo que ultrapassa as 100 mil pessoas.

- A comunidade não pode esperar tudo do governo e está procurando soluções sem ele. Para as entidades beneficiadas pelo voluntariado, significa atender mais gente, com mais qualidade e a um custo menor - afirma Humberto Ruga, fundador e presidente do conselho da Parceiros Voluntários.

A questão econômica é um dos pontos-chave da idéia. Cada R$ 1 que as empresas mantenedoras doam para a Parceiros Voluntários representa R$ 22 para a entidade beneficiada, graças ao trabalho gratuito.

Criada em 1996 e com 1,5 mil voluntários cadastrados, a Fundação Semear, de Novo Hamburgo, também surgiu para difundir o movimento. Mantida por empresários, a fundação capacita entidades e recruta pessoas dispostas a oferecer trabalho.

- As pessoas estão despertando para a responsabilidade social. Há empresas que nos procuram porque seus funcionários querem ajudar como voluntários - diz Cláudia Dias Cardoso, assessora de desenvolvimento social da Semear.

Léo Voigt, presidente do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), lembra que ações voluntárias sempre existiram, mas o conceito de voluntariado data dos anos 90 no país, e sua grande contribuição é permitir que profissionais competentes coloquem serviços à disposição de quem não poderia tê-los. Mas Voigt alerta que o trabalho voluntário não deve ser forma de resolver problemas pessoais.

- Há quem procure o voluntariado para solucionar um problema. Para ser legítimo, esse serviço tem de fazer mais bem a quem recebe do que a quem faz.

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