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Pesquisa da Unesco comprova

Por A Tarde   28 de janeiro de 2003
O aumento de ocorrências, mesmo subnotificadas, bate com a pesquisa feita pela Unesco - que resultou no livro "Violência nas Escolas, escrito pelas pesquisadoras e consultoras da entidade, Miriam Abramovay e Maria das Graças Ruas -, em 13 capitais brasileiras, inclusive Salvador, e no Distrito Federal. E comprova o que pais, professores e especialistas já sabiam: o espaço da escola foi invadido por ameaças e agressões de alunos contra professores, pela violência sexual entre alunos e alunas, uso de armas, consumo de drogas, roubos, furtos, assaltos e pela violência contra o patrimônio.

O aumento de ocorrências, mesmo subnotificadas, bate com a pesquisa feita pela Unesco - que resultou no livro "Violência nas Escolas, escrito pelas pesquisadoras e consultoras da entidade, Miriam Abramovay e Maria das Graças Ruas -, em 13 capitais brasileiras, inclusive Salvador, e no Distrito Federal. E comprova o que pais, professores e especialistas já sabiam: o espaço da escola foi invadido por ameaças e agressões de alunos contra professores, pela violência sexual entre alunos e alunas, uso de armas, consumo de drogas, roubos, furtos, assaltos e pela violência contra o patrimônio.

O estudo constatou que, em todo o País, aproximadamente, 9% a 18% dos alunos usam ou já usaram armas. O pior: "O acesso a esses armamentos, nas proximidades das escolas, é tão fácil, segundo os alunos, que a maioria sabe indicar onde e a quem comprá-los". Salvador, em que pese os assassinatos de três alunos no ano passado e de ser a 2ª em consumo de bebidas alcoólicas por estudantes e, também, a 2ª em consumo pelos pais, não está entre as primeiras capitais em violência nas escolas.

De acordo com a pesquisa, Salvador apresentou o maior número de relatos sobre ferimentos graves ou morte de aluno, pais e professores (informado por 11% dos alunos e 16% dos funcionários". "Mas no item referente à utilização de arma de fogo, a capital baiana ficou na 10ª posição", revela Djalma Ferreira, representante da Unesco, na Bahia. Ficou, ainda, na 11ª posição entre as 14 capitais pesquisadas, com relação a se o estudante já viu arma de fogo dentro da escola. "Estamos bem, se compararmos os dados com outras capitais", ressalta Ferreira.

Ele acredita que as 58 escolas que participam do programa "Abrindo Espaço" objetivam fomentar a Cultura da Paz abrindo as escolas, nos finais de semana, para uma série de atividades. Nessas escolas, a violência tem diminuído. "Não temos, ainda, os dados fechados, o que deve ocorrer, em maio, já que o programa tem apenas um ano. Mas, no Rio de Janeiro e em Recife, onde o programa já funciona há dois anos, a redução chegou a 30%",diz.

Para a APLB/Sindicato o governo precisa avançar mais. "O 'Abrindo Espaço' é um bom programa e já foi tentado há 15 anos. Mas não podemos ficar apenas no envolvimento da comunidade com a escola. É preciso democratizar dando poderes reais de decisão à comunidade que precisa exercer o controle social das escolas", diz ele. Exemplo desse controle seria a eleição direta de diretores e vices como já acontece na rede municipal de ensino do município"

Com relação aos assassinatos de estudantes ocorridos no ano passado Djalma Ferreira acredita serem casos isolados, mas apenas como número, estatística e não como fator social. "A tragédia é conseqüência de todos os atores sociais envolvidos, como as relações escola/família, escola/comunidade, igreja e desrespeito à cidadania que acabam gerando um processo de revolta",explica.
BR> No geral, a conclusão do estudo mostra uma situação preocupante. Pouco mais da metade dos que sabem onde e a quem comprar as armas de fogo (55%), também, acham fácil obter armas perto das escolas; 51% dos que já tiveram ou têm arma de fogo declaram que seus pais e parentes também a possuem; 67% dos que sabem onde e quem vende dizem que essas armas são acionadas nas ocorrências violentas nas escolas e 70% dos que tiveram armas de fogo dizem que elas foram utilizadas nas ocorrências.

A pesquisa envolveu 33.665 alunos, 3.099 professores e diretores de colégios (estaduais, municipais e particulares), 10.255 pais, vigilantes e policiais. Um dado interessante é que o uso de armas de fogo em ocorrências violentas é mais freqüente nas dependências das escolas públicas do que nas particulares.

O estudo constatou que, em todo o País, aproximadamente, 9% a 18% dos alunos usam ou já usaram armas. O pior: "O acesso a esses armamentos, nas proximidades das escolas, é tão fácil, segundo os alunos, que a maioria sabe indicar onde e a quem comprá-los". Salvador, em que pese os assassinatos de três alunos no ano passado e de ser a 2ª em consumo de bebidas alcoólicas por estudantes e, também, a 2ª em consumo pelos pais, não está entre as primeiras capitais em violência nas escolas.

De acordo com a pesquisa, Salvador apresentou o maior número de relatos sobre ferimentos graves ou morte de aluno, pais e professores informado por 11% dos alunos e 16% dos funcionários". "Mas no item referente à utilização de arma de fogo, a capital baiana ficou na 10ª posição", revela Djalma Ferreira, representante da Unesco, na Bahia. Ficou, ainda, na 11ª posição entre as 14 capitais pesquisadas, com relação a se o estudante já viu arma de fogo dentro da escola. "Estamos bem, se compararmos os dados com outras capitais", ressalta Ferreira.

Ele acredita que as 58 escolas que participam do programa "Abrindo Espaço" objetivam fomentar a Cultura da Paz abrindo as escolas, nos finais de semana, para uma série de atividades. Nessas escolas, a violência tem diminuído. "Não temos, ainda, os dados fechados, o que deve ocorrer, em maio, já que o programa tem apenas um ano. Mas, no Rio de Janeiro e em Recife, onde o programa já funciona há dois anos, a redução chegou a 30%", diz.

Para a APLB/Sindicato o governo precisa avançar mais. "O 'Abrindo Espaço' é um bom programa e já foi tentado há 15 anos. Mas não podemos ficar apenas no envolvimento da comunidade com a escola. É preciso democratizar dando poderes reais de decisão à comunidade que precisa exercer o controle social das escolas", diz ele. Exemplo desse controle seria a eleição direta de diretores e vices como já acontece na rede municipal de ensino do município"

Com relação aos assassinatos de estudantes ocorridos no ano passado Djalma Ferreira acredita serem casos isolados, mas apenas como número, estatística e não como fator social. "A tragédia é conseqüência de todos os atores sociais envolvidos, como as relações escola/família, escola/comunidade, igreja e desrespeito à cidadania que acabam gerando um processo de revolta", explica.

No geral, a conclusão do estudo mostra uma situação preocupante. Pouco mais da metade dos que sabem onde e a quem comprar as armas de fogo (55%), também, acham fácil obter armas perto das escolas; 51% dos que já tiveram ou têm arma de fogo declaram que seus pais e parentes também a possuem; 67% dos que sabem onde e quem vende dizem que essas armas são acionadas nas ocorrências violentas nas escolas e 70% dos que tiveram armas de fogo dizem que elas foram utilizadas nas ocorrências.

A pesquisa envolveu 33.665 alunos, 3.099 professores e diretores de colégios (estaduais, municipais e particulares), 10.255 pais, vigilantes e policiais.Um dado interessante é que o uso de armas de fogo em ocorrências violentas é mais freqüente nas dependências das escolas públicas do que nas particulares.

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