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Oficina incentiva os que querem ajudar
Por Jornal do Commercio   29 de janeiro de 2003
Uma equipe orientando pessoas que desejam doar conhecimento e tempo livre.
Assim atua o Recife Voluntário, que desde 1997 já capacitou 1.700 recifenses que hoje trabalham em algumas das 67 ONGs filiadas, entre creches e entidades preocupadas com temas como fome, educação e cidadania. Algumas como os institutos espíritas André Luiz (Jardim Paulista) e Semeadores da Fé (Iputinga) ou ainda o Lar Meimei (Caetés 1) trabalham com doações através da Campanha do Quilo. O trabalho nasceu de uma pesquisa feita pela Fundação Abrinq e foi responsável pela criação de 45 centros ao redor do Brasil que também fomentam a cultura do voluntariado. Em busca de pessoas que sigam o preceito de que "No ajudar, você é o mais ajudado", o Recife Voluntário se transformou numa oficina de gente disposta a trabalhar pelo bem de terceiros. "O candidato a voluntário explica suas intenções, se cadastra na instituição e passa por uma oficina de capacitação que dura oito horas", explica a coordenadora executiva Liliane Albuquerque. Nessa capacitação, o 'aluno' fica a par da Nova Filosofia do Voluntariado, dos deveres e direitos que tem (sobretudo da Lei que os protege) e recebe uma lista com as vagas que as entidades filiadas dispõem. Compromisso, responsabilidade e engajamento pelo visto são levados à risca, porque hoje, incrivelmente, há mais voluntários do que as entidades podem captar. Isso criou uma lista de espera e já suscita outra postura do Recife Voluntário. "Estamos querendo que esses voluntários não esperem para serem chamados. Queremos que eles desenvolvam ações pessoais", adianta Liliane.
ENGAJAMENTO - Uma das ONGs filiadas ao Recife Voluntário demonstrou que basta um pouco de dedicação para mudar a vida de muitos. A Moradia e Cidadania, ONG criada pelos funcionários da Caixa Econômica Federal ao redor do País, tem um trabalho exemplar aqui em Pernambuco. Entre os projetos, eles realizam ações emergenciais doando alimentos que já beneficiaram milhares de pessoas. As doações em dinheiro partem dos funcionários. "Começaram doando R$ 11, o valor do ticket refeição. Mas agora expandimos isso e aceitamos qualquer tipo de doação", explica a coordenadora estadual, Selda Cabral. O arrecadado transforma-se em cestas básicas para orfanatos, como o Santo Antônio (Igarassu), ou para as comunidades do Movimento de Combate ao Analfabetismo (MCA). Em dezembro, a entidade reuniu 1,5 toneladas para agricultores assentados em Bezerros, a 100 km do Recife. Mesmo assim, os responsáveis conhecem a dimensão do problema. "Sabemos que o assistencialismo por si só não resolve, mas enquanto investimos no aperfeiçoamento das ações, as pessoas sentem fome", explica. A próxima ação acontecerá no próximo domingo, dia 2, na Caminhada Pela Vida, em parceria com o Sesc, às 8h, na Praça da Igreja, Terminal de Boa Viagem. Mais uma vez, os alimentos arrecadados vão para uma cidade do interior do Estado.
Assim atua o Recife Voluntário, que desde 1997 já capacitou 1.700 recifenses que hoje trabalham em algumas das 67 ONGs filiadas, entre creches e entidades preocupadas com temas como fome, educação e cidadania. Algumas como os institutos espíritas André Luiz (Jardim Paulista) e Semeadores da Fé (Iputinga) ou ainda o Lar Meimei (Caetés 1) trabalham com doações através da Campanha do Quilo. O trabalho nasceu de uma pesquisa feita pela Fundação Abrinq e foi responsável pela criação de 45 centros ao redor do Brasil que também fomentam a cultura do voluntariado. Em busca de pessoas que sigam o preceito de que "No ajudar, você é o mais ajudado", o Recife Voluntário se transformou numa oficina de gente disposta a trabalhar pelo bem de terceiros. "O candidato a voluntário explica suas intenções, se cadastra na instituição e passa por uma oficina de capacitação que dura oito horas", explica a coordenadora executiva Liliane Albuquerque. Nessa capacitação, o 'aluno' fica a par da Nova Filosofia do Voluntariado, dos deveres e direitos que tem (sobretudo da Lei que os protege) e recebe uma lista com as vagas que as entidades filiadas dispõem. Compromisso, responsabilidade e engajamento pelo visto são levados à risca, porque hoje, incrivelmente, há mais voluntários do que as entidades podem captar. Isso criou uma lista de espera e já suscita outra postura do Recife Voluntário. "Estamos querendo que esses voluntários não esperem para serem chamados. Queremos que eles desenvolvam ações pessoais", adianta Liliane.
ENGAJAMENTO - Uma das ONGs filiadas ao Recife Voluntário demonstrou que basta um pouco de dedicação para mudar a vida de muitos. A Moradia e Cidadania, ONG criada pelos funcionários da Caixa Econômica Federal ao redor do País, tem um trabalho exemplar aqui em Pernambuco. Entre os projetos, eles realizam ações emergenciais doando alimentos que já beneficiaram milhares de pessoas. As doações em dinheiro partem dos funcionários. "Começaram doando R$ 11, o valor do ticket refeição. Mas agora expandimos isso e aceitamos qualquer tipo de doação", explica a coordenadora estadual, Selda Cabral. O arrecadado transforma-se em cestas básicas para orfanatos, como o Santo Antônio (Igarassu), ou para as comunidades do Movimento de Combate ao Analfabetismo (MCA). Em dezembro, a entidade reuniu 1,5 toneladas para agricultores assentados em Bezerros, a 100 km do Recife. Mesmo assim, os responsáveis conhecem a dimensão do problema. "Sabemos que o assistencialismo por si só não resolve, mas enquanto investimos no aperfeiçoamento das ações, as pessoas sentem fome", explica. A próxima ação acontecerá no próximo domingo, dia 2, na Caminhada Pela Vida, em parceria com o Sesc, às 8h, na Praça da Igreja, Terminal de Boa Viagem. Mais uma vez, os alimentos arrecadados vão para uma cidade do interior do Estado.