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Prato Amigo beneficia mais 35 instituições da capital
Por Correio da Bahia    21 de março de 2003
Programa estabelece um vínculo de parceria entre organizações que dispõem de
alimentos excedentes e de qualidade
Marcos Casé
Trinta e cinco novas instituições sociais que vão ser beneficiadas no programa Prato Amigo estão recebendo os cursos básicos para, a partir do dia 31 deste mês, passarem a receber as suas cotas. Os cursos básicos são os de higiene e manipulação de alimentos e o higiene na prevenção de verminoses e estão sendo realizados no auditório do Instituto de Previdência de Salvador (IPS).
O programa Prato Amigo foi implantado pela prefeitura municipal do Salvador, através da Secretaria Municipal da Administração (Sead), sob a coordenação geral do Instituto Ação Comunidade (IAC). É um programa de complementação alimentar que estabelece um vínculo de parceria entre organizações que dispõem de alimentos excedentes, de qualidade, porém não comercializáveis, e instituições sociais (210 hoje cadastradas) que trabalham com segmentos carentes da população.
Entre os envolvidos nos cursos estavam dirigentes, cozinheiros, ajudantes de cozinha, merendeiros, educadores e voluntários. Uma segunda etapa será direcionada aos professores, para que eles também possam servir como agentes multiplicadores entre os alunos. O curso inicial é obrigatório para instituições que participam do programa e tem como objetivo a capacitação dos profissionais visando garantir a qualidade das refeições servidas nas instituições, nos aspectos de conhecimento dos nutrientes alimentares, da microbiologia de alimentos, como evitar toxinfencções e infestação por parasitas e outros microorganismos. Além disso, o curso também está voltado para a higiene pessoal, como técnicas de lavagem de mãos, higiene ambiental, de alimentos, de equipamentos e utensílios, responsabilidades dos manipuladores e regras básicas de manipulação e armazenamento de alimentos.
Lei - De acordo com a coordenadora operacional do programa, Magda Weyhrother, o Prato Amigo está esperando a aprovação da lei conhecida como Projeto Bom Samaritano, pelo governo federal, para conseguir a adesão de ainda mais empresas ao programa. "O governo estadual dá o benefício fiscal e crédito tributário, isentando do ICMS das empresas participantes. O problema é que algumas delas ficam com receio de participar, pois podem ser processadas se os produtos doados, de alguma forma, fizerem mal a saúde de quem os consumir. A lei que está para ser votada elimina essa obrigação e aumenta a possibilidade do interesse de empresas em aderir ao programa", comenta.
O programa que começou em maio de 2000 com apenas oito parceiros, atualmente conta com 163 organizações participando como parceiras doadoras. Ainda segundo Weyhrother, o Prato Amigo se cadastrou no Centro de Recebimento e Arecadação de Alimentos (CRD) do programa do governo federal Fome Zero, no intuito de unir as duas iniciativas. "Atualmente atendemos mais de 25 mil pessoas, distribuindo 126 toneladas de alimentos por mês. Acredito que podemos servir como um centro de distribuição do Fome Zero, pois temos galpão para armazenamento das doações. O frei Beto inclusive conhece o nosso programa", completa.
Projeto + Pão ganha novo aliado
Um protocolo de intenções foi assinado pelo secretário de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Secomp), padre Clodoveo Piazza, e representantes da empresa J. Macedo. O evento foi realizado no auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem). O projeto + Pão visa desenvolver uma série de ações - como a adição de ferro e vitaminas do complexo B na farinha de trigo consumida no estado - com o objetivo de combater as carências nutricionais da população, colocando no mercado um produto de qualidade e rico em nutrientes.
O secretário afirmou que as parcerias fazem parte de uma política de ação que visa envolver todos os segmentos da população. "Um exemplo é que o aluno bem nutrido estuda mais e aprende com mais facilidade", afirmou Piazza. De acordo com o nutrólogo Mauro Fisberg, da Universidade de São Marcos e Universidade Federal de São Paulo, a farinha enriquecida vem suprir deficiências que, hoje, atingem mais de dois bilhões de pessoas no mundo, cerca de 45% da população do planeta, sendo que 1,2 bilhão apresenta anemia pela falta de ferro. "As deficiências podem levar a modificações nos sistemas de defesa contra infecções, agravar doenças", resume.
"A farinha vai ser vendida especificamente para a Bahia, por causa dessa parceria com o governo do estado. Acreditamos que a utilização da farinha por ser democrática, atingindo das classe mais pobres até as mais ricas, e vai ajudar na prevenção de doenças. A farinha Soberana é de uso geral e o Bentamix é destinado a preparação do pão francês", explica a gerente da linha de negócios de panificação da J.Macêdo, Renata Holzer. A principal ação da J.Macêdo ligada ao projeto é a produção na Bahia da primeira farinha de trigo para panificação enriquecida com ferro e todo grupo vitamínico B, como tiamina, riboflavina, piridoxina, nicotinamida e ácido fólico.
Marcos Casé
Trinta e cinco novas instituições sociais que vão ser beneficiadas no programa Prato Amigo estão recebendo os cursos básicos para, a partir do dia 31 deste mês, passarem a receber as suas cotas. Os cursos básicos são os de higiene e manipulação de alimentos e o higiene na prevenção de verminoses e estão sendo realizados no auditório do Instituto de Previdência de Salvador (IPS).
O programa Prato Amigo foi implantado pela prefeitura municipal do Salvador, através da Secretaria Municipal da Administração (Sead), sob a coordenação geral do Instituto Ação Comunidade (IAC). É um programa de complementação alimentar que estabelece um vínculo de parceria entre organizações que dispõem de alimentos excedentes, de qualidade, porém não comercializáveis, e instituições sociais (210 hoje cadastradas) que trabalham com segmentos carentes da população.
Entre os envolvidos nos cursos estavam dirigentes, cozinheiros, ajudantes de cozinha, merendeiros, educadores e voluntários. Uma segunda etapa será direcionada aos professores, para que eles também possam servir como agentes multiplicadores entre os alunos. O curso inicial é obrigatório para instituições que participam do programa e tem como objetivo a capacitação dos profissionais visando garantir a qualidade das refeições servidas nas instituições, nos aspectos de conhecimento dos nutrientes alimentares, da microbiologia de alimentos, como evitar toxinfencções e infestação por parasitas e outros microorganismos. Além disso, o curso também está voltado para a higiene pessoal, como técnicas de lavagem de mãos, higiene ambiental, de alimentos, de equipamentos e utensílios, responsabilidades dos manipuladores e regras básicas de manipulação e armazenamento de alimentos.
Lei - De acordo com a coordenadora operacional do programa, Magda Weyhrother, o Prato Amigo está esperando a aprovação da lei conhecida como Projeto Bom Samaritano, pelo governo federal, para conseguir a adesão de ainda mais empresas ao programa. "O governo estadual dá o benefício fiscal e crédito tributário, isentando do ICMS das empresas participantes. O problema é que algumas delas ficam com receio de participar, pois podem ser processadas se os produtos doados, de alguma forma, fizerem mal a saúde de quem os consumir. A lei que está para ser votada elimina essa obrigação e aumenta a possibilidade do interesse de empresas em aderir ao programa", comenta.
O programa que começou em maio de 2000 com apenas oito parceiros, atualmente conta com 163 organizações participando como parceiras doadoras. Ainda segundo Weyhrother, o Prato Amigo se cadastrou no Centro de Recebimento e Arecadação de Alimentos (CRD) do programa do governo federal Fome Zero, no intuito de unir as duas iniciativas. "Atualmente atendemos mais de 25 mil pessoas, distribuindo 126 toneladas de alimentos por mês. Acredito que podemos servir como um centro de distribuição do Fome Zero, pois temos galpão para armazenamento das doações. O frei Beto inclusive conhece o nosso programa", completa.
Projeto + Pão ganha novo aliado
Um protocolo de intenções foi assinado pelo secretário de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Secomp), padre Clodoveo Piazza, e representantes da empresa J. Macedo. O evento foi realizado no auditório da Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem). O projeto + Pão visa desenvolver uma série de ações - como a adição de ferro e vitaminas do complexo B na farinha de trigo consumida no estado - com o objetivo de combater as carências nutricionais da população, colocando no mercado um produto de qualidade e rico em nutrientes.
O secretário afirmou que as parcerias fazem parte de uma política de ação que visa envolver todos os segmentos da população. "Um exemplo é que o aluno bem nutrido estuda mais e aprende com mais facilidade", afirmou Piazza. De acordo com o nutrólogo Mauro Fisberg, da Universidade de São Marcos e Universidade Federal de São Paulo, a farinha enriquecida vem suprir deficiências que, hoje, atingem mais de dois bilhões de pessoas no mundo, cerca de 45% da população do planeta, sendo que 1,2 bilhão apresenta anemia pela falta de ferro. "As deficiências podem levar a modificações nos sistemas de defesa contra infecções, agravar doenças", resume.
"A farinha vai ser vendida especificamente para a Bahia, por causa dessa parceria com o governo do estado. Acreditamos que a utilização da farinha por ser democrática, atingindo das classe mais pobres até as mais ricas, e vai ajudar na prevenção de doenças. A farinha Soberana é de uso geral e o Bentamix é destinado a preparação do pão francês", explica a gerente da linha de negócios de panificação da J.Macêdo, Renata Holzer. A principal ação da J.Macêdo ligada ao projeto é a produção na Bahia da primeira farinha de trigo para panificação enriquecida com ferro e todo grupo vitamínico B, como tiamina, riboflavina, piridoxina, nicotinamida e ácido fólico.