Notícias

Benedita da Silva quer ampliação do Fome Zero

Por Alaor Filho, O Estado de Minas    26 de março de 2003
Na segunda-feira, 24 de março, a ministra de Assistência e Promoção Social, Benedita da Silva, disse que cabe ao governo integrar e ampliar as ações do programa Fome Zero, que existem há muitos anos, para atingir, aproximadamente, 50 milhões de pobres e miseráveis brasileiros. Segundo Benedita, os projetos terão como foco a família, e não o indivíduo, como acontecia com as propostas sociais de governos anteriores. "Dessa forma, saberemos, efetivamente, o resultado do nosso trabalho", afirmou. "A sociedade civil já cuida do combate à fome; nossa função é integrar essas ações", acrescentou.

Ela esteve na capital fluminense com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para assinar termo de compromisso com a Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB), o Rotary e o Lions Club, com o objetivo de distribuir 300 toneladas de alimentos em comunidades carentes do Grande Rio. A solenidade aconteceu durante almoço na sede social do Fluminense Football Club, em Laranjeiras, ao lado do Palácio do Governo. Benedita lembrou que, quando criança, se beneficiava de planos de combate à fome.

"Com 12 anos, vinha aqui neste clube receber minha cesta básica", lembrou. A ministra de Assistência e Promoção Social não deu um prazo para que todas as famílias a terem o benefício do Fome Zero sejam atendidas. "Na verdade, já existem vários cadastros de instituições da sociedade civil que atuam na área. O que estamos fazendo é integrar essas informações, unificá-las", explicou.

Desenvolvimento

Pelo protocolo firmado nesta semana, as 300 toneladas serão doadas pela OCB do Rio e caberá ao Lions e ao Rotary Club, que têm um trabalho social, cadastrar as famílias e distribuir os mantimentos, divididos em 10 mil cestas básicas. A idéia é ampliar essa distribuição para todo o Estado do Rio nos próximos meses. "Mas é bom lembrar que trabalho social não é só dar comida", disse Benedita, no discurso. "Precisamos também desenvolver essas comunidades com uma assistência integral", defendeu.

Comentários dos Leitores