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Exclusão digital: pesquisa mostra que 78% das ONGs da cidade de SP não possuem sites
Por Daniel Gonçalves - Setor 3   10 de abril de 2003
A exclusão digital não atinge apenas os pobres, mas as organizações que
ajudam essa população. É o que mostra o estudo do pesquisador Edson Sadao
Iizuka, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGVSP), divulgado dia 14
deste mês.
Segundo o professor, além de muitas entidades não terem acesso à internet, 22%, a grande maioria, 78%, não possui sites. Durante 6 meses, o pesquisador um banco de dados com 1700 organizações e visitou todas páginas dos 333 sites existentes e constatou: faltam informações básicas - necessárias para captar voluntários e recursos, por exemplo. "O mais importante num site é o conteúdo. Ferramenta tecnológica é apenas um meio de divulgação. É preciso um processo educacional para que as ONGs saibam como construir um site baseado no usuário - onde as informações sejam estratégicas e o debate em torno das suas causas possa ser ampliado", explicou. Apenas 43% das entidades pesquisadas veiculam informações de como o internauta pode colaborar financeiramente. E somente 15% captam voluntários pela internet.
Segundo Sadao, ter site não significa necessariamente usar todo o potencial da web. "Mais do que o uso voltado apenas aos interesses da instituição, é importante que as organizações percebam a possibilidade de trabalhar em rede, conhecer as leis, ter contato com trabalhos inovadores na sua área de atuação", esclarece.
"Os financiadores devem perceber que o investimento em tecnologia para a área social não é algo supérfluo - ao contrário. Ao limitar as organizações de se comunicarem ou conhecerem assuntos necessários ao seu funcionamento, limita-se também o processo de desenvolvimento social".
Setor3 - Quais outras informações você considera importante em seu estudo?
Sadao - A pesquisa deixa claro que a exclusão digital é parte e talvez resultado de outros problemas sociais. Por isso a democratização do acesso às tecnologias não pode ser confundida com a informatização, mas sim como uma parte de um amplo processo de inclusão social.
Setor3 - Com tantas pessoas excluídas porque dar acesso às organizações sociais?
Sadao - Essas associações devem ser vistas não apenas como um segmento a ser incluído digitalmente. Porque representam uma parte importante da sociedade, que atua por transformações sociais.
Segundo o professor, além de muitas entidades não terem acesso à internet, 22%, a grande maioria, 78%, não possui sites. Durante 6 meses, o pesquisador um banco de dados com 1700 organizações e visitou todas páginas dos 333 sites existentes e constatou: faltam informações básicas - necessárias para captar voluntários e recursos, por exemplo. "O mais importante num site é o conteúdo. Ferramenta tecnológica é apenas um meio de divulgação. É preciso um processo educacional para que as ONGs saibam como construir um site baseado no usuário - onde as informações sejam estratégicas e o debate em torno das suas causas possa ser ampliado", explicou. Apenas 43% das entidades pesquisadas veiculam informações de como o internauta pode colaborar financeiramente. E somente 15% captam voluntários pela internet.
Segundo Sadao, ter site não significa necessariamente usar todo o potencial da web. "Mais do que o uso voltado apenas aos interesses da instituição, é importante que as organizações percebam a possibilidade de trabalhar em rede, conhecer as leis, ter contato com trabalhos inovadores na sua área de atuação", esclarece.
"Os financiadores devem perceber que o investimento em tecnologia para a área social não é algo supérfluo - ao contrário. Ao limitar as organizações de se comunicarem ou conhecerem assuntos necessários ao seu funcionamento, limita-se também o processo de desenvolvimento social".
Setor3 - Quais outras informações você considera importante em seu estudo?
Sadao - A pesquisa deixa claro que a exclusão digital é parte e talvez resultado de outros problemas sociais. Por isso a democratização do acesso às tecnologias não pode ser confundida com a informatização, mas sim como uma parte de um amplo processo de inclusão social.
Setor3 - Com tantas pessoas excluídas porque dar acesso às organizações sociais?
Sadao - Essas associações devem ser vistas não apenas como um segmento a ser incluído digitalmente. Porque representam uma parte importante da sociedade, que atua por transformações sociais.