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'Pet-terapia' ajuda no tratamento dentro do ambiente hospitalar

Por Equipe de Redação Efeitoweb    21 de maio de 2003
Quebrar paradigmas é uma das principais barreiras quer devem ser derrubadas quando falamos de humanização. Quebrar paradigmas e também quebrar a formalidade de sua palestra, a Dra. Hannelore Fuchs encantou a platéia do 3º Congresso de Humanização Hospitalar em Ação com o trabalho desenvolvido pela Petsmile em hospitais e creches paulistas.

Quem disse que hospital não é lugar de bicho? Normalmente falam que esses animais podem ocasionar doenças, alergias e que o ambiente hospitalar não é um local adequado para transitar com essas simpáticas criaturas. Dessa forma, também podemos nos perguntar se manga com leite faz mal à saúde, como muitos dizem. São exatamente esses paradigmas que são quebrados por Hannelore em seu trabalho: a terapia com animais. "Nós podemos viver em harmonia com esses bichos", contra a palestrante.

A interação com animais tem um caráter terapêutico, ocasionando um fator de desenvolvimento humanizado. Trabalhando desde agosto de 1997, a Petsmile está há 4 anos em ambientes hospitalares atendendo mais de 4,8 mil pessoas. "As pessoas expostas à internação com animais adquirem uma nova postura frente à doença", afirma Hannelore.

As pessoas que não passam por projetos de humanização nos hospitais, têm perda de companhia (se o paciente for abandonado pela família), perde a liberdade, pois está preso dentro do hospital; perde a conexão com a natureza e a comunicação pessoal. Dessa forma o paciente pode desenvolver maior ansiedade e dor. Hoje a terapia assistida por animais pode ser empregada em vários ambientes (com a 3ª idade, asilos, creches, hospitais, orfanatos, etc) mostrando que é possível quebrar paradigmas com essas inteligentes, carinhosas e adoráveis criaturas.

O "diálogo sem palavras" que é exercitado no ambiente hospitalar pode ser comparado com o conforto ocasionado pelo colo da mãe. Com isso já podem ser vistos resultados imediatos: um sorriso, olhos brilhantes, ou seja, é criado um novo ambiente de afetividade no hospital. Os resultados desse trabalho são mais rápidos que o imaginado, pois as crianças se adaptam ao hospital facilitando sua manutenção e compreensão com as rotinas de remédios e exames. "Depois que o bicho entra no hospital, o ambiente muda para a criança", e mais, "Temos, na realidade, uma quebra de paradigmas; tabus", conta Hannelore.

Equipe de Redação Efeitoweb (humanizacaohospitalar.com.br)

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