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ONG coloca cabra em casa para manter as crianças na escola
Por Jornal Valor Econômico   27 de junho de 2003
A idéia, simples e original, foi implantada em 1996
Da Redação
Em todo o Brasil, a expressão "colocar o bode da sala" significa arranjar um problema. Na região sisaleira da Bahia, é justamente o contrário. Foi depois da implantação de um projeto chamado "Cabra -Escola" que alguns milhares de crianças puderam deixar de trabalhar em atividades perigosas para voltar a estudar e resgatar as chances que têm de tentar fugir do destino revelado pelos números do Unicef.
A idéia, simples e original, foi implantada em 1996. O Movimento de Organiza ção Comunitária (MOC) seleciona famílias com crianças em idade escolar que vivem em propriedades de pelo menos três hectares na área rural de seis municípios da região semi-árida baiana. Cada uma recebe um financiamento de R$ 1.100 para comprar um bode e cinco cabras em uma feira organizada pelo MOC e pela Pfizer, atual patrocinadora do projeto. Além disso, o proprietário recebe apoio de técnicos agrícolas para montar uma infra-estrutura na propriedade, com cercas, plantação de palma para alimentar o animal e estrutura de captação de água.
A lógica do projeto é que a produção de leite e carne gere renda suficiente para a família se sustentar, sem ter de colocar os filhos para trabalhar com sisal ou em pedreiras da região. "Em dois anos, a renda pode aumentar em R$ 80 por mês com a venda de leite e carne", explica Naidison Batista, secretário-executivo do MOC. "É o mínimo do mínimo, mas ajuda bastante." A maioria das famílias já recebe dinheiro do Bolsa-Escola, mas nem todas conseguiam manter os filhos na escola.
Da Redação
Em todo o Brasil, a expressão "colocar o bode da sala" significa arranjar um problema. Na região sisaleira da Bahia, é justamente o contrário. Foi depois da implantação de um projeto chamado "Cabra -Escola" que alguns milhares de crianças puderam deixar de trabalhar em atividades perigosas para voltar a estudar e resgatar as chances que têm de tentar fugir do destino revelado pelos números do Unicef.
A idéia, simples e original, foi implantada em 1996. O Movimento de Organiza ção Comunitária (MOC) seleciona famílias com crianças em idade escolar que vivem em propriedades de pelo menos três hectares na área rural de seis municípios da região semi-árida baiana. Cada uma recebe um financiamento de R$ 1.100 para comprar um bode e cinco cabras em uma feira organizada pelo MOC e pela Pfizer, atual patrocinadora do projeto. Além disso, o proprietário recebe apoio de técnicos agrícolas para montar uma infra-estrutura na propriedade, com cercas, plantação de palma para alimentar o animal e estrutura de captação de água.
A lógica do projeto é que a produção de leite e carne gere renda suficiente para a família se sustentar, sem ter de colocar os filhos para trabalhar com sisal ou em pedreiras da região. "Em dois anos, a renda pode aumentar em R$ 80 por mês com a venda de leite e carne", explica Naidison Batista, secretário-executivo do MOC. "É o mínimo do mínimo, mas ajuda bastante." A maioria das famílias já recebe dinheiro do Bolsa-Escola, mas nem todas conseguiam manter os filhos na escola.