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Crédito em banco popular
Por O Dia   27 de junho de 2003
Medidas incluem empréstimos até R$ 600 com juros de 2%, simplificação na
abertura de contas, redução de taxas e livre associação nas cooperativas
Da Redação
O Governo lançou um pacote de R$ 3,95 bilhões para facilitar o acesso de 25 milhões de pessoas de baixa renda ao crédito e aos serviços bancários. As medidas incluem empréstimos de R$ 200 a R$ 600 com juros de 2% ao mês, simplificação na abertura de contas, redução de taxas no financiamento de capital de giro para pequenas empresas e livre associação nas cooperativas. O pacote foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
As medidas serão operadas pelos bancos estatais. O Banco do Brasil vai criar uma subsidiária, o Banco Popular do Brasil, apenas para atender a baixa renda. O presidente disse que o teto de R$ 600 pode parecer pouco para quem tem muito. "Mas, para quem precisa ir a uma loja comprar um aparelho simples para sua casa e pagar 330% de juros a uma financeira, 2% ao mês é quase uma revolução no spread (diferença entre captação e taxa cobrada do cliente) para o financiamento para as pessoas mais pobres", ressaltou.
O ministro Palocci afirmou que uma das fontes para o financiamento do microcrédito virá de 2% dos recursos de depósitos à vista, ou R$ 1,5 bilhão. "Essa é a idéia inicial. O percentual pode aumentar", destacou. Outro R$ 1,3 bilhão virá do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para engordar as linhas de financiamento de capital de giro e de compra de material de construção já oferecidas pelos bancos, reduzindo as taxas. E ainda haverá R$ 150 milhões em recursos do Tesouro Nacional para os fundos do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social (Pips).
Palocci diz que País deixou UTI e vai debater crescimento
O BNDES separou R$ 1 bilhão para conceder às microempresas, com prioridade para as informais. É o caso do vendedor de frutas Nivaldo dos Santos, de 58 anos. Cliente do Vivacred, braço da ONG Viva Rio dedicado ao crédito, ele já pegou dinheiro 10 vezes e pagou tudo em dia. "Com o crédito, compro meus produtos à vista e não devo nada aos fornecedores", explica.
Deixando claro que o anúncio marca uma virada de página em termos de política econômica, Palocci decretou: "Definitivamente, o Brasil saiu da UTI e pode colocar na pauta o crescimento econômico". O ministro lembrou que as projeções de inflação, que chegavam a 40%, apontam taxa anual de 7%, com tendência de queda: "Vencemos uma primeira etapa, derrotando a inflação alta. Agora, o debate é o crescimento econômico".
Da Redação
O Governo lançou um pacote de R$ 3,95 bilhões para facilitar o acesso de 25 milhões de pessoas de baixa renda ao crédito e aos serviços bancários. As medidas incluem empréstimos de R$ 200 a R$ 600 com juros de 2% ao mês, simplificação na abertura de contas, redução de taxas no financiamento de capital de giro para pequenas empresas e livre associação nas cooperativas. O pacote foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
As medidas serão operadas pelos bancos estatais. O Banco do Brasil vai criar uma subsidiária, o Banco Popular do Brasil, apenas para atender a baixa renda. O presidente disse que o teto de R$ 600 pode parecer pouco para quem tem muito. "Mas, para quem precisa ir a uma loja comprar um aparelho simples para sua casa e pagar 330% de juros a uma financeira, 2% ao mês é quase uma revolução no spread (diferença entre captação e taxa cobrada do cliente) para o financiamento para as pessoas mais pobres", ressaltou.
O ministro Palocci afirmou que uma das fontes para o financiamento do microcrédito virá de 2% dos recursos de depósitos à vista, ou R$ 1,5 bilhão. "Essa é a idéia inicial. O percentual pode aumentar", destacou. Outro R$ 1,3 bilhão virá do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para engordar as linhas de financiamento de capital de giro e de compra de material de construção já oferecidas pelos bancos, reduzindo as taxas. E ainda haverá R$ 150 milhões em recursos do Tesouro Nacional para os fundos do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social (Pips).
Palocci diz que País deixou UTI e vai debater crescimento
O BNDES separou R$ 1 bilhão para conceder às microempresas, com prioridade para as informais. É o caso do vendedor de frutas Nivaldo dos Santos, de 58 anos. Cliente do Vivacred, braço da ONG Viva Rio dedicado ao crédito, ele já pegou dinheiro 10 vezes e pagou tudo em dia. "Com o crédito, compro meus produtos à vista e não devo nada aos fornecedores", explica.
Deixando claro que o anúncio marca uma virada de página em termos de política econômica, Palocci decretou: "Definitivamente, o Brasil saiu da UTI e pode colocar na pauta o crescimento econômico". O ministro lembrou que as projeções de inflação, que chegavam a 40%, apontam taxa anual de 7%, com tendência de queda: "Vencemos uma primeira etapa, derrotando a inflação alta. Agora, o debate é o crescimento econômico".