Notícias
Consumo começa ainda na infância
Por Correio Braziliense   10 de julho de 2003
Cerca 76% dos estudantes brasilienses do ensino fundamental já viram alguém
fumar maconha
Da Redação
Estudos demonstram que jovens com menos de 12 anos já são usuários freqüentes de drogas. De acordo com a pesquisa Drogas nas Escolas, da Unesco, realizada em 2001, 1% dos adolescentes com idade entre 10 e 12 anos do Distrito Federal já experimentou entorpecentes. Outros 1,2% afirmaram ser consumidores constantes de algum tipo de droga ilícita.
O mesmo levantamento revela que 76,3% dos estudantes brasilienses do ensino fundamental já viram alguém fumar maconha, outros 23% assistiram ao consumo de merla ou crack (leia quadro ao lado). ''Infelizmente, está em qualquer esquina'', afirma um conhecedor do assunto, o comandante do Batalhão Escolar, major Eraldo Marques Viegas.
A pesquisa da Unesco também revela que a droga está mais próxima do que se imagina. Dos entrevistados, 57,9% declararam que assistiram ao consumo de drogas nas proximidades de casa - o que inclui a escola. Outros 35,9% depararam-se com a situação em shows e 32,7%, em festas ou boates. João (nome fictício), 16 anos, ainda não experimentou porque não quis. Na saída da escola, localizada na L2 sul, o garoto costuma ver os colegas, a maioria de classe média alta, fumando uns ''cigarros estranhos'', que ele desconfia ser maconha. ''Passo longe de drogas. Por mais que tenha amigos que fazem uso direto, prefiro não entrar nessa onda.''
Para a psicóloga Maria Olímpia Alves Mendonça, a parceria entre pais e escola é fundamental na prevenção. ''Os jovens devem ser informados sobre o assunto, apenas o diálogo franco e aberto podem afastá-los destas experiências'', afirma a especialista em criança e adolescente. As conversas devem começar por volta dos dez anos de idade, fase conhecida como pré-adolescência. ''O jovem tem de estar orientado antes de se deparar com situações onde a droga lhe é oferecida'', completa.
Como participar
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd) existe desde 1998 e atende escolas públicas e particulares do D F.
Durante seis meses, as turmas de 4ªsérie recebem aulas de policiais militares sobre os males das drogas.
As crianças participam de atividades que incentivam a auto-estima e a solidariedade.
As escolas interessadas no programa devem enviar ofício para o Batalhão Escolar. Endereço QI 2, bloco B, Área Especial, Guará I, CEP 71010-620. Fax: 381-6359. Telefone: 381-6586.
Os instrutores vão à escola uma vez por semana. A aula tem uma hora de duração.
Da Redação
Estudos demonstram que jovens com menos de 12 anos já são usuários freqüentes de drogas. De acordo com a pesquisa Drogas nas Escolas, da Unesco, realizada em 2001, 1% dos adolescentes com idade entre 10 e 12 anos do Distrito Federal já experimentou entorpecentes. Outros 1,2% afirmaram ser consumidores constantes de algum tipo de droga ilícita.
O mesmo levantamento revela que 76,3% dos estudantes brasilienses do ensino fundamental já viram alguém fumar maconha, outros 23% assistiram ao consumo de merla ou crack (leia quadro ao lado). ''Infelizmente, está em qualquer esquina'', afirma um conhecedor do assunto, o comandante do Batalhão Escolar, major Eraldo Marques Viegas.
A pesquisa da Unesco também revela que a droga está mais próxima do que se imagina. Dos entrevistados, 57,9% declararam que assistiram ao consumo de drogas nas proximidades de casa - o que inclui a escola. Outros 35,9% depararam-se com a situação em shows e 32,7%, em festas ou boates. João (nome fictício), 16 anos, ainda não experimentou porque não quis. Na saída da escola, localizada na L2 sul, o garoto costuma ver os colegas, a maioria de classe média alta, fumando uns ''cigarros estranhos'', que ele desconfia ser maconha. ''Passo longe de drogas. Por mais que tenha amigos que fazem uso direto, prefiro não entrar nessa onda.''
Para a psicóloga Maria Olímpia Alves Mendonça, a parceria entre pais e escola é fundamental na prevenção. ''Os jovens devem ser informados sobre o assunto, apenas o diálogo franco e aberto podem afastá-los destas experiências'', afirma a especialista em criança e adolescente. As conversas devem começar por volta dos dez anos de idade, fase conhecida como pré-adolescência. ''O jovem tem de estar orientado antes de se deparar com situações onde a droga lhe é oferecida'', completa.
Como participar
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd) existe desde 1998 e atende escolas públicas e particulares do D F.
Durante seis meses, as turmas de 4ªsérie recebem aulas de policiais militares sobre os males das drogas.
As crianças participam de atividades que incentivam a auto-estima e a solidariedade.
As escolas interessadas no programa devem enviar ofício para o Batalhão Escolar. Endereço QI 2, bloco B, Área Especial, Guará I, CEP 71010-620. Fax: 381-6359. Telefone: 381-6586.
Os instrutores vão à escola uma vez por semana. A aula tem uma hora de duração.