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Mulheres fazem passeata para pedir mais segurança

Por Jornal do Commercio    11 de julho de 2003
- O grupo também vai denunciar diversos assassinatos de mulheres ocorridos no Estado, nos últimos dias.

Da Redação

No ato, marcado para as 10h de hoje, o Fórum de Mulheres de Pernambuco e representantes da sociedade civil organizada criticarão a ineficácia no combate à violência e denunciarão crimes ocorridos nos últimos dias

A partir das 10h de hoje, o Fórum de Mulheres de Pernambuco e representantes da sociedade civil organizada promovem uma passeata para repudiar a falta de segurança e ineficácia no combate à violência. O grupo também vai denunciar diversos assassinatos de mulheres ocorridos no Estado, nos últimos dias.

A concentração acontecerá às 9h, na Praça Maciel Pinheiro, próximo ao Teatro do Parque. De lá, os manifestantes seguirão para a Rua da Aurora, passando em frente à sede da Polícia Civil. "Depois, a passeata seguirá para o Palácio do Campo das Princesas, onde o grupo de teatro Loucas de Pedra Lilás fará uma apresentação, simbolizando, os sentimentos de medo, desproteção e insatisfação, causados pela falta de ação governamental diante do problema da violência", afirmou a coordenadora de Pesquisa da organização não-governamental (ONG) SOS Corpo, instituição integrante do Fórum, Ana Paula Portella. Também estará presente no ato público o Maracatu do Movimento Tortura Nunca Mais, enfatizando a necessidade da proteção dos direitos fundamentais das mulheres.

Representantes do movimento feminista, de ONGs e grupos que trabalham pelo fim da violência contra a mulher estarão vestindo branco e lilás e carregando faixas e cartazes de alerta. Também estarão presentes na passeata os familiares de vítimas de crimes, inclusive dos mais polêmicos, como os crimes das duas mulheres e da criança mortas em Maranguape II, em Paulista, da chacina de cinco mulheres em Santo Aleixo, Jaboatão dos Guararapes, e do crime de Eduarda Dourado e Trasila Gusmão, ocorrido em Ipojuca.

Na ocasião, será distribuída uma carta aberta à população, questionando o posicionamento dos governantes em relação ao problema. O documento, cujo título é Os Direitos Humanos das Mulheres Estão Ameaçados em Pernambuco, (veja, ao lado, a carta na íntegra) relata os casos e pede que o Governo se responsabilize pelo que aconteceu.

A mesma carta também foi enviada para governador do Estado, Jarbas Vasconcelos, para o vice-governador, José Mendonça Filho, para o secretário de Defesa Social, Gustavo Lima, e o secretário de Cidadania e Políticas Sociais, João Braga.

De acordo com o Ministério Público Estadual, nos últimos seis meses foram mortas 41 mulheres.

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