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Viva Rio coordenará pesquisa sobre crianças e armas
Por Jornal do Brasil    22 de julho de 2003
Estudo sobre envolvimento de crianças despertou interesse internacional
Luciana Rangel
Com 10 anos de luta contra a violência, a ONG Viva Rio vai coordenar, a partir de sexta-feira, uma pesquisa sobre o envolvimento de menores com a violência armada no mundo, com o apoio e o patrocínio de organizações internacionais. Um dos trabalhos que chamaram a atenção da comunidade internacional para o trabalho do Viva Rio foi o estudo Crianças afetadas pela violência armada organizada, realizado pelo antropólogo inglês Luke Dowdney, que originou o livro Crianças do Tráfico.
Um seminário internacional realizado ano passado constatou que o envolvimento de crianças com crianças com armas, mesmo fora de guerras, é um problema mundial.
- A pesquisa sugeriu ações e teve impacto tão grande que atraiu a atenção de vários países. A idéia é que se mobilizem ONGs e a ONU, pois ainda não existe uma política que combata o problema. A única ação existente é o tiroteio entre policiais e crianças e adolescentes armados até os dentes, jovens que deveriam estar na escola - explica Rubem Cezar Fernandes, diretor-executivo do Viva Rio.
O primeiro trabalho do antropólogo procurou identificar os locais e o contexto onde os jovens estão atuando e, assim, buscar soluções e idéias para afastá-los do crime.
O novo projeto também será coordenado por Luke Dowdney e tem como objetivo identificar a existência de crianças envolvidas em grupos armados de outros países que não estão em guerra, produzir e divulgar informações, conscientizar a comunidade internacional e buscar soluções para o problema.
Através de informações colhidas junto a entidades de proteção à criança em todo o mundo, foram selecionadas 10 regiões onde o envolvimento de menores em violência armada é um problema prioritário. Entre os países selecionados, estão Jamaica, El Salvador, Filipinas, Serra Leoa, Nigéria, África do Sul, Haiti, Estados Unidos, Irlanda do Norte e Colômbia.
Grande parte das ações su-geridas na pesquisa busca programas de prevenção, reinserção de crianças e adolescentes aos seus direitos e deveres como cidadão. Além de cursos profissionalizantes e oficinas, a campanha de desarmamento é uma das propostas sugeridas pelo estudo.
No ano que vem, os resultados da nova pesquisa serão apresentados no simpósio Nem Guerra nem Paz, promovido pelo Viva Rio. Com os resultados do trabalho, os pesquisadores esperam discutir a criação e implantação de políticas públicas que tratem do problema.
Luciana Rangel
Com 10 anos de luta contra a violência, a ONG Viva Rio vai coordenar, a partir de sexta-feira, uma pesquisa sobre o envolvimento de menores com a violência armada no mundo, com o apoio e o patrocínio de organizações internacionais. Um dos trabalhos que chamaram a atenção da comunidade internacional para o trabalho do Viva Rio foi o estudo Crianças afetadas pela violência armada organizada, realizado pelo antropólogo inglês Luke Dowdney, que originou o livro Crianças do Tráfico.
Um seminário internacional realizado ano passado constatou que o envolvimento de crianças com crianças com armas, mesmo fora de guerras, é um problema mundial.
- A pesquisa sugeriu ações e teve impacto tão grande que atraiu a atenção de vários países. A idéia é que se mobilizem ONGs e a ONU, pois ainda não existe uma política que combata o problema. A única ação existente é o tiroteio entre policiais e crianças e adolescentes armados até os dentes, jovens que deveriam estar na escola - explica Rubem Cezar Fernandes, diretor-executivo do Viva Rio.
O primeiro trabalho do antropólogo procurou identificar os locais e o contexto onde os jovens estão atuando e, assim, buscar soluções e idéias para afastá-los do crime.
O novo projeto também será coordenado por Luke Dowdney e tem como objetivo identificar a existência de crianças envolvidas em grupos armados de outros países que não estão em guerra, produzir e divulgar informações, conscientizar a comunidade internacional e buscar soluções para o problema.
Através de informações colhidas junto a entidades de proteção à criança em todo o mundo, foram selecionadas 10 regiões onde o envolvimento de menores em violência armada é um problema prioritário. Entre os países selecionados, estão Jamaica, El Salvador, Filipinas, Serra Leoa, Nigéria, África do Sul, Haiti, Estados Unidos, Irlanda do Norte e Colômbia.
Grande parte das ações su-geridas na pesquisa busca programas de prevenção, reinserção de crianças e adolescentes aos seus direitos e deveres como cidadão. Além de cursos profissionalizantes e oficinas, a campanha de desarmamento é uma das propostas sugeridas pelo estudo.
No ano que vem, os resultados da nova pesquisa serão apresentados no simpósio Nem Guerra nem Paz, promovido pelo Viva Rio. Com os resultados do trabalho, os pesquisadores esperam discutir a criação e implantação de políticas públicas que tratem do problema.