Por JORNAL DO COMÉRCIO   23 de julho de 2003
Foto de Paulo Pampolim/Digna Imagem
Fernando Credidio franqueia a sua ONG, a Parceiros da Vida
Diversas ONGs do País escolheram
o franchising como estratégia
de crescimento. Nada
melhor do que utilizar fórmulas
vencedoras em favor do social.
É possível "replicar" trabalhos
comunitários empregando-
se as mesmas técnicas e ferramentas
aplicadas em pontos
de venda comerciais. A diferença
é que o lucro se traduz
em benefício social.
Na opinião de Marcelo
Cherto, consultor de franchising,
não há como reduzir a desigualdade
social e transformar
o País sem o envolvimento
da iniciativa privada. "Até recentemente
algumas pessoas
do Terceiro Setor viam o uso
de ferramentas do franchising
com reserva por receio de que o
caráter social dos projetos acabasse
se perdendo. Porém minha
experiência indica que essa
é a melhor forma de disseminar
experiências de sucesso,
evitando erros desnecessários
e gerando resultados positivos
rapidamente".
A febredo franchisingcomercial
que levou o País ao terceiro
do mundo em número de
franquias, atrás apenas dos Estados
Unidos e Japão, tem dois
motivos: o espírito empreendedor
do povo e a falta de método
de trabalho. "Nada melhor
do que aproveitar essa onda.
Padronizam-se os processos
mas não o produto final.
Cada comunidade atendida
por um programa social tem o
seu perfil", explica Cherto.
"A franquia social nada mais
é do que a organização de métodos
de trabalho. A formatação
visa, também, angariar recursos
para que as causas se
mantenham", explica Fernando
Credidio, presidente da
Parceiros da Vida. (TN)