Notícias
Multis cultivam os ambientalistas do futuro
Material pedagógico colorido, feito de papel reciclável, lápis de cor, máscaras de bichos, revistinhas e experiências científicas são levadas para o cotidiano escolar dos alunos. Na capital paulista, funcionários da Philips dão apoio pedagógico a crianças de 1ª a 4ª série do ensino fundamental das escolas da periferia de São Paulo. Perto de mil funcionários estão envolvidos nos projetos de responsabilidade social da Philips.
A empresa atua em três frentes: o projeto Aprendendo com a Natureza, o Doe Vida –voltada à prevenção de DST/Aids– e outro de reforço em português e matemática.
Mas é o Aprendendo com a Natureza que deve render mais frutos nos próximos meses.
Todos os estudantes envolvidos irão ajudar na elaboração de um dicionário informal da biodiversidade brasileira.
"É um dicionário bastante simples e as definições dos termos serão feitas de acordo com a visão da criança. O material deverá ter a participação de pelo menos três mil alunos", diz a gerente geral de responsabilidade social da América Latina da Philips, Flávia Moraes.
Professores por acaso - A empresa investe por ano cerca de R$ 3 milhões em projetos de responsabilidade social. Para ser um voluntário, é preciso que os funcionários passem por um intenso trabalho de preparação e vivam um pouco do dia-a-dia de professores de educação infantil.
Eles aprendem como aplicar as atividades propostas, de acordo com a faixa de idade dos alunos. As aulas oferecidas pelos voluntários da Philips são sempre ligadas aos mais variados temas da fauna e da flora brasileira, com materiais lúdicos e coloridos.
Na escola João de Souza Ferraz, no bairro da Pedreira, região próxima à represa Billings, os alunos contam com um material composto por giz de cera, caderno de desenho e até uma máquina fotográfica descartável.
Depois que um tema é estudado, as crianças realizam o chamado estudo do meio. Tiram fotos, fazem desenhos, relatórios e enviam para a Philips.
Os professores também recebem material para as aulas, que consiste em livros de apoio às atividades e cartazes para a sala de aula.
Experiência científica - Há quatro anos, um grupo de funcionários da Divisão Agrícola da DuPont decidiu dar apoio ao pequeno Coral Lírios do Campo, composto por alunos da escola municipal Carlos Tancler, de Indaiatuba.
A iniciativa começou a crescer tanto que a direção da Du- Pont decidiu se integrar às comunidades locais e acabou desenvolvendo o projeto Cultivando Cidadãos.
Hoje, o trabalho social inclui o incentivo ao ensino de ciências em escolas públicas e comporta ainda a concessão de micro- créditos a pequenos produtores rurais.
Com o apoio da ONG Visão Mundial, especialistas elaboraram apostilas com atividades para o ensino da importância do ar, solo e água. Acordos foram assinados com várias secretarias municipais de Educação para viabilizar o treinamento de professores.
Um kit, composto por cartilha, três cadernos sobre o ar, a água e a terra, além de um CD, foi distribuído para todos os professores.
"Os temas tratam justamente o conteúdo que seria desenvolvido com as crianças só que, desta vez, de forma muito mais divertida e dinâmica", explica o vice-presidente de produtos agrícolas para a América do Sul e responsável pelos projetos de responsabilidade social da Du- Pont, Ricardo Vellutini.
Todo o trabalho deverá apresentar os primeiros resultados no fim deste ano. Após despertar o interesse das crianças por ciências, a empresa quer estimulá-las a participar de uma grande Feira de Ciência, envolvendo várias escolas.