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Sem impasse, Mogi tem 322 aprendizes atuando

Por Diário do Comércio   11 de setembro de 2003
O Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, começou a registrar os projetos enviados pelas entidades em 2001, quando a lei federal 10.097 foi regulamentada. Mogi foi a primeira cidade no Estado de São Paulo a assumir o compromisso com o Movimento Degrau, no Projeto Convivência e Aprendizado no Trabalho.

Atualmente, 322 aprendizes estão inseridos no mercado de trabalho. Segundo o coordenador do Movimento Degrau na cidade, Rubens Marialva, é possível conseguir muito mais vagas de trabalho se a sociedade se conscientizar da importância do projeto.

"O empresário que contrata o adolescente ajuda principalmente no aspecto social, excluindo as chances de que o jovem caia na marginalidade. Amanhã, esses jovens vão agradecer a oportunidade", ensina Rubens.

Investimento - Rosana Tomaz já empregou três aprendizes na sua fábrica de almofadas, em Mogi das Cruzes. "Eles têm muita vontade de aprender e se adaptam muito rápido ao serviço", conta a empresária. Para o aprendiz Fábio Soares, de 16 anos, as vantagens de participar do Movimento Degrau são muitas.

"Eu ajudo em casa, sinto segurança no emprego por ter registro na carteira de trabalho e ainda tenho apoio na parte escolar. Hoje, quem não estuda não pode trabalhar", conta o aprendiz.

De acordo com a Associação Mogiana Oficina dos Aprendizes (AMOA), entidade certificadora em Mogi das Cruzes, o aproveitamento dos aprendizes na escola melhorou muito. Outro ponto positivo: cerca de 80% dos jovens são absorvidos pela empresa ao término do Programa.

"Nós os preparamos para atuar como colaboradores e não apenas empregados. Depois de a empresa investir dois anos na formação de um aprendiz, ela com certeza vai querer contratar aquele que apresente bons resultados", diz João Rodrigues, presidente da Amoa. (CD)

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