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Onde, como e quantos são os abrigos de crianças e jovens do Brasil?

Por Comunicação REBRAF / DEGRAU   7 de outubro de 2003
O Brasil pouco sabe sobre como vivem as crianças e os adolescentes tirados de casa e levados para os abrigos. Muitas vezes, por sofrerem violência doméstica ou terem violados seus direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A fim de conhecer esse universo, o Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) está realizando o "Levantamento Nacional dos Abrigos para Crianças e Adolescentes", promovido pela Subsecretaria de Promoção dos Direitos e pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

"Os dados auxiliarão o governo a melhorar o atendimento a esses programas e oferecer melhores serviços, se necessário", garante Enid Rocha, coordenadora-geral da pesquisa.

O levantamento chega ao último estágio que depende da resposta dos formulários enviados a quase 800 instituições em todo o País. Até agora, o Instituto teve um retorno de 76% dos dirigentes de abrigos contatados. Porém, o Ipea precisa de mais.

A pesquisa deve ser entregue ao governo até o final de novembro e para cumprir o prazo é necessário que todas as instituições respondam com urgência os questionários.

"O trabalho não tem um caráter de fiscalização", garante Enid, "nós queremos conhecer as instituições para que então se crie uma política para melhorá-las. O abrigo tem uma função muito importante que é a de proteger a criança e o jovem dos maus tratos. Mas também tem a obrigação de procurar formas alternativas de atuarem para que esses jovens não sejam esquecidos lá dentro. A maioria tem família e esse vínculo não pode ser destruído", explica Enid Rocha.



Contato: www.ipea.gov.br

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