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O lado social da Internet

Por Comunicação REBRAF/DEGRAU   8 de outubro de 2003
Diário da Borborema - http://db.onorteonline.com.br/

Campina Grande, 06/10/2003



Adolescentes exercitam cidadania em rede digital, na Paraíba, dentro do Projeto Presidente Amigo da Criança

Da Redação

O garoto Josué dos Santos Silva, 15 anos, estudante da 8ª série, morador do Renascer I, no Bairro das Indústrias, em João Pessoa, está contando as horas, para, enfim, navegar na internet, como todos os jovens da sua idade.

Só que a proposta é diferente do tradicional bate-papo virtual, que nos últimos tempos tem se tornado a grande dor-de-cabeça de muitos pais de adolescentes. Ele vai atuar no lado social da internet, junto de mais cinco colegas paraibanos e outras centenas pessoas de várias regiões do Brasil, que já fazem parte da "Rede Sou de Atitude" e do Projeto Presidente Amigo da Criança, lançado pelo governo Federal.

Na prática, essa legião de adolescentes, irá pesquisar e acompanhar as políticas públicas da infância, adolescência e juventude na áreas de educação, proteção e saúde. Ou seja, através de um site, a garotada vai denunciar, apresentar sugestões e informar o que acontece em suas comunidades e estados.

"Antes de qualquer coisa eu vou mostrar que minha comunidade precisa de saneamento básico. Numa grande valeta a céu aberto perto da minha casa é jogado lixo até de hospitais. Quando chove, é responsável por muitas doenças", diz Josué.

Na Paraíba, serão envolvidos, inicialmente, seis adolescentes da Escola Municipal Damásio Barbosa da Franca, do Distrito Mecânico, uma área periférica do centro da Capital. Todos são estudantes da 5ª a 8ª série e se dizem num momento de grande expectativa, quanto a um encontro que terão com o presidente Lula, em Brasília, no mês de novembro próximo.

Veículo de conscientização

Na Paraíba, o projeto está sendo coordenado pela Ong Liberta. Os alunos da escola são na maioria filhos de pessoas desempregadas que vivem de sub-empregos nas oficinas de carros do Distrito Mecânico.

"Os jovens não devem se isolar ou ficar alheio ao que está ocorrendo na sua cidade, na sua comunidade", diz Liliane de Oliveira, professora de História que participa do programa. "Os jovens também devem contribuir com a transformação social que queremos", completa.

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