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Projetos conscientizam e previnem consumo de drogas na escola
Por Aprendiz   6 de novembro de 2003
Um projeto atua com crianças e adolescentes filhos de dependentes químicos,
o outro, visa a prevenção do abuso de drogas em pré-adolescentes em idade
escolar. Trata-se dos projetos Cuida e Independência, ambos realizados pelo
Uniad (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Escola Paulista de
Medicina), que tem como foco a diminuição de problemas relacionados ao uso
de drogas.
Segundo Neliana Figlie, coordenadora geral dos programas, os projetos surgiram da necessidade de trabalhar a prevenção, e não apenas o tratamento. "Por incrível que pareça, no Brasil é dado mais importância ao tratamento do que a prevenção, sendo que a prevenção tem um custo bem mais baixo e evita problemas futuros", diz.
Neliana afirma que o projeto Cuida é pioneiro no país quando se trata de cuidados com filhos de dependentes. "A dependência química na família pode trazer diversas complicações no desenvolvimento da criança. É bem possível que ela cresça com dificuldades de comunicação, ansiosa e insegura. Além disso, a criança pode apresentar problemas de auto-estima baixa, ou exageradamente alta, sentindo-se um 'herói' perante os outros", diz Neliana. A psicóloga conta ainda que essas crianças tem mais facilidade para se tornar dependentes.
As crianças têm disponível um espaço comunitário que oferece tratamento especializado, onde podem compartilhar, se informar e se fortalecer emocional e socialmente sobre os problemas que fazem parte de um lar com a dependência química presente.
Já o Projeto Independência trabalha diretamente com a questão da prevenção do uso de drogas na adolescência. Para isso, é feito todo um trabalho com professores do Ensino Fundamental (que trabalham com crianças de 10 a 15 anos), em que são orientados a trabalhar atividades preventivas, melhorando a comunicação dos alunos, desenvolvendo um espírito crítico e dando destaque à liberdade de expressão, qualidade de vida, saúde e outros aspectos que diminuem os riscos.
Aos poucos, a iniciativa foi sendo aprimorada e a equipe quis estender a capacitação aos adolescentes, para formar líderes que implementassem ações preventivas não só nas escolas, mas também nas comunidades onde vivem. Para isso, foi criada uma parceria com o consulado americano de São Paulo para a formação do projeto Folia (Formação de Líderes de Atitude). Baseado no modelo americano do Teen Institute, o programa utiliza uma metodologia de valorização dos jovens e da transmissão da mensagem de igual para igual.
Neliana diz que o modelo americano precisou ser adaptado para a realidade brasileira: "Os americanos pregam muito aquela coisa do 'diga não às drogas'. Percebemos que aqui esta abordagem geraria confronto e uma certa rejeição. Então resolvemos colocar a questão de outra forma, mais indireta, valorizando o jovem, e trabalhar também com a redução de danos", afirma a psicóloga.
O financiamento fornecido pelo governo foi cortado em dezembro de 2002, por isso, nos meses mais recentes, a equipe do Independência continuou o trabalho de forma voluntária e o Folia pôde atender estudantes de apenas quatro escolas. Ainda assim, a iniciativa foi brindada com o reconhecimento da Mentor Foundation, organização internacional que atua na prevenção ao uso de drogas entre jovens.
Tanto o projeto Cuida quanto o Independência possuem sites dedicados ao seu público-alvo. Os sites contam com mais informações relacionadas aos projetos, além de testes psicológicos e questões frequentes na vida da criança e do adolescente.
Site do Projeto Cuida: www.uniad.org.br/cuida
Site do Projeto Independência: www.uniad.org.br/independencia
Segundo Neliana Figlie, coordenadora geral dos programas, os projetos surgiram da necessidade de trabalhar a prevenção, e não apenas o tratamento. "Por incrível que pareça, no Brasil é dado mais importância ao tratamento do que a prevenção, sendo que a prevenção tem um custo bem mais baixo e evita problemas futuros", diz.
Neliana afirma que o projeto Cuida é pioneiro no país quando se trata de cuidados com filhos de dependentes. "A dependência química na família pode trazer diversas complicações no desenvolvimento da criança. É bem possível que ela cresça com dificuldades de comunicação, ansiosa e insegura. Além disso, a criança pode apresentar problemas de auto-estima baixa, ou exageradamente alta, sentindo-se um 'herói' perante os outros", diz Neliana. A psicóloga conta ainda que essas crianças tem mais facilidade para se tornar dependentes.
As crianças têm disponível um espaço comunitário que oferece tratamento especializado, onde podem compartilhar, se informar e se fortalecer emocional e socialmente sobre os problemas que fazem parte de um lar com a dependência química presente.
Já o Projeto Independência trabalha diretamente com a questão da prevenção do uso de drogas na adolescência. Para isso, é feito todo um trabalho com professores do Ensino Fundamental (que trabalham com crianças de 10 a 15 anos), em que são orientados a trabalhar atividades preventivas, melhorando a comunicação dos alunos, desenvolvendo um espírito crítico e dando destaque à liberdade de expressão, qualidade de vida, saúde e outros aspectos que diminuem os riscos.
Aos poucos, a iniciativa foi sendo aprimorada e a equipe quis estender a capacitação aos adolescentes, para formar líderes que implementassem ações preventivas não só nas escolas, mas também nas comunidades onde vivem. Para isso, foi criada uma parceria com o consulado americano de São Paulo para a formação do projeto Folia (Formação de Líderes de Atitude). Baseado no modelo americano do Teen Institute, o programa utiliza uma metodologia de valorização dos jovens e da transmissão da mensagem de igual para igual.
Neliana diz que o modelo americano precisou ser adaptado para a realidade brasileira: "Os americanos pregam muito aquela coisa do 'diga não às drogas'. Percebemos que aqui esta abordagem geraria confronto e uma certa rejeição. Então resolvemos colocar a questão de outra forma, mais indireta, valorizando o jovem, e trabalhar também com a redução de danos", afirma a psicóloga.
O financiamento fornecido pelo governo foi cortado em dezembro de 2002, por isso, nos meses mais recentes, a equipe do Independência continuou o trabalho de forma voluntária e o Folia pôde atender estudantes de apenas quatro escolas. Ainda assim, a iniciativa foi brindada com o reconhecimento da Mentor Foundation, organização internacional que atua na prevenção ao uso de drogas entre jovens.
Tanto o projeto Cuida quanto o Independência possuem sites dedicados ao seu público-alvo. Os sites contam com mais informações relacionadas aos projetos, além de testes psicológicos e questões frequentes na vida da criança e do adolescente.
Site do Projeto Cuida: www.uniad.org.br/cuida
Site do Projeto Independência: www.uniad.org.br/independencia