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Nossas escolas têm mais bandeiras

Por Teresinha Matos / Diário do Comércio   17 de novembro de 2003
A bandeira nacional e o CD com hinos pátrios foram entregues pela ACSP ao Exército brasileiro e serão repassados para as escolas de todo o País

Uma platéia emocionada, com cerca de duas mil pessoas – empresários, autoridades civis e militares, jovens e crianças –, participou da cerimônia de entrega de bandeiras pelo Comando Militar do Sudeste, na sexta-feira, na sede do Comando, na zona sul de São Paulo. Os empreendedores paulistas doaram 10 mil bandeiras e 10 mil CDs com os hinos pátrios às escolas brasileiras, que serão distribuídos no dia 19 – Dia da Bandeira – a instituições de ensino de todo o País. A entrega simbólica foi feita a 22 escolas, das quais 12 municipais e 10 estaduais).

"De maneira simbólica, assistimos à entrega de 10 mil bandeiras nacionais ofertadas por diversos brasileiros, motivados e mobilizados pelo empresariado paulista", disse o comandante militar do Sudeste, general Sérgio Pereira Mariano Cordeiro. Segundo ele, quando hasteadas nas escolas, as bandeiras deverão lembrar que as pessoas devem respeitar o seu significado, bem como as leis e as instituições existen-tes na sociedade.

"Homenagear a bandeira é reverenciar a Pátria na sua expressão integrada e sublime, representada pela união indissolúvel do seu povo, território e instituições", disse o general Cordeiro, durante a cerimônia. E acrescentou: " A bandeira continuará sempre bafejada pelo ar da liberdade, protegendo uma Nação que escolheu, livremente, a democracia."

Geração – O chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general de divisão Augusto Heleno Ribeiro Pereira, representando o comandante do Exército, general Francisco Roberto de Alburquerque, relembrou a prática do civismo e do culto à Bandeira Nacional nas gerações passadas: " Minha geração aprendeu a conviver contigo (a bandeira), em dias especiais. Antes de seguir para as salas de aula, formávamos no pátio e cantávamos os hinos pátrios. Tu surgias, nas mãos do porta-bandeira, no centro da guarda de honra, todos alunos, brilhante e, em lugar de destaque, dominavas o cenário da festa". Segundo ele, aos poucos, vincularam o civismo às Forças Armadas e o calendário cívico foi abandonado nos colégios.

Por isso, é importante o resgate das cerimônias cívicas e dos heróis nacionais, principalmente entre as crianças", disse o general Augusto Heleno Pereira. Em sua opinião, a escola é o local apropriado para cultivar esses valores. O general Pereira destacou ainda o papel da Bandeira Nacional nos mais de 15 mil quilômetros de fronteira terrestre, onde começa o Brasil. "É um momento sublime em que se afirma a soberania nacional", destacou.

Esforço de todos – "Não fizemos sozinho essa campanha. Nos unimos às demais entidades, como Fedaração das Indústrias, Sociedade Rural Brasileira, Federação da Agricultura do Estado, Centro de Integração Empresa e Escola (CIEE), Instituto Presbiteriano Mackenzie, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), Federação do Comércio entre outras", destacou o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. A ACSP, Facesp e a Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf) iniciaram em setembro a campanha, ainda em andamento, para doar as 10 mil bandeiras e os CDs com hinos.

Segundo Afif, a campanha resultou de um esforço conjunto dos empreendedores econômicos com os sociais, por intermédio da Rebraf . "Todos nós nos transformamos em empreendedores cívicos em prol da retomada dos valores cívicos e pátrios", disse. Para Afif, é preciso uma recuperação desses valores. "Sem isso não há grande nação", destacou. Afif lembrou que hoje é costume levar um boné a autoridades. "Mas, e a bandeira do Brasil? E o projeto do País?", questionou. "Essa bandeira é que nos une e nos leva a construir uma grande nação".

Alma lavada - Ainda emocionado, o empresário Rogério Amato, vice-presidente da ACSP e presidente da Rebraf, afirmou que estava de alma lavada: "Uma cerimônia como essa traz à tona o sentimento que temos e nos revigora, fazendo acreditar na luta pela família maior, que é a Pátria".

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