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Orfanato abriga e protege meninas desemparadas
Por Mariana de Mesquita Sampaio - FAAP/SP   29 de novembro de 2003
São Paulo - O Lar da Escola Divina Providência foi fundado na cidade de Amparo, interior de São Paulo, em 1924 por Ana Bernadina de Campos com o propósito de acolher meninas órfãs e desamparadas.
Dona Ana, como era conhecida, adquiriu uma propriedade e fez nela as adaptações necessárias e procurou uma congregação que pudesse assumir a direção do orfanato sob orientação então bispo de Campinas, Dom Francisco de Campos Barreto.
O Lar Escola, como ficou mais conhecido, é a única entidade do município que atende, em regime de abrigo, crianças e adolescente do sexo feminino na faixa etária de 4 a 18 anos de idade.
O abrigo é uma alternativa de moradia provisória dentro de um clima residencial com atendimento personalizado e que propicia oportunidade das meninas participarem da vida da comunidade através da utilização de recursos como escola, áreas de lazer, centros médicos etc.
O trabalho a ser desenvolvido pelo Lar Escola em regime de Abrigo é de grande relevância para o município, com 63.000 habitantes, que atende a demanda de crianças e adolescentes e em caráter extraordinário dos municípios vizinhos, que foram afastadas da família de origem ou responsável como medida de proteção conforme decisão judicial. Dentro desse contexto a entidade é responsável por prestar assistência ampla e integral e defender os direitos das crianças e adolescentes, conforme os artigos 98 e 101 ,VII do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA).
Também é desenvolvido um trabalho de semi-abrigo, justificado pela necessidade de atender crianças e adolescentes cujas mães estão no mercado de trabalho com o intuito de ajudar no orçamento familiar. Sabe-se da necessidade dessas meninas de receberem apoio e incentivo a educação, bem como formação humana e semi-profissionalizante, atividades recreativas e de lazer, amparo e proteção em horários em que os pais não estão disponíveis. Trata-se de um trabalho preventivo no sentido de não serem feridos seus direitos fundamentais na forma que trata o artigo 98 do ECA.
A metodologia de ação do projeto segue três tópicos importantes: organização, planejamento e monitoramento, etapas que se inter-relacionam e são extremamente necessárias para a eficácia a, eficiência e efetividade no desenvolvimento e resultado do projeto.
A entidade promove a matrícula escolar da criança e adolescente na rede de Ensino Municipal e Estadual e supervisiona o seu aproveitamento escolar bem como oferece na própria instituição acompanhamento das tarefas escolares. Proporciona semanalmente aulas de artesanato, pintura, bordado , datilografia, computação, música, culinária, atividades domésticas, entre outras. Criando um futuro profissionalizante para as meninas. Desenvolve atividades recreativas, esportivas e de lazer que promovem a integração interpessoal da criança e do adolescente, tais como recreação com jogos, brinquedos, passeios turísticos e também atividades culturais e artísticas. Orienta a criança e o adolescente para a formação da consciência moral, através do qual os valores fundamentais são compreendidos e vivenciados, proporciona o ensino religioso, levando-as a vivenciar os valores comuns a todos os credos.
Oferece alimentação balanceada proporcionando um bom desenvolvimento mental e físico, orientando quanto aos hábitos de higiene pessoal, vestuário, encaminhando as crianças aos cuidados de profissionais especializados; oferecendo também atendimento psicológico mais efetivo. Desenvolve acompanhamento das relações familiares, em contato com o Poder Judiciário, auxiliando na preservação dos vínculos familiares.
Um caso de demonstração de dedicação e empenho, principalmente das irmãs foi o ocorrido com uma das meninas da entidade, Janete, de 13 anos.
“Ela era uma menina alegre e inquieta” dizia irmã Salete, que foi trazida para a entidade aos 3 anos depois de sua avó ter perdido a sua guarda, aos 11 anos; as irmãs repararam que Janete estava muito calada e resolveram levá-la aos médicos, após alguns diagnósticos equivocados descobriu-se que a menina tinha um problema renal e que precisava de um tratamento urgente para curá-la. Começou então, a fazer diálise na própria entidade, onde um quarto foi adaptado para que Janete pudesse se tratar. Com o tempo foi necessário um tratamento mais complexo, a hemodiálise que Janete fazia três vezes por semana com a ajuda de uma ambulância da prefeitura, no hospital Santa Casa da Misericórdia de Bragança, uma cidade vizinha. A hemodiálise não foi suficiente para a cura de Janete e a menina precisaria de um transplante de rim para sua total recuperação. A mãe da menina, que raramente visitava ou entrava em contato com a filha, foi avisada do fato e no dia 24/09/03 as duas se encontraram no Hospital do Rim, em São Paulo, onde Heloísa, mãe de Janete, doou um de seus rins para a filha. Hoje Janete se recupera bem e aos poucos volta a sua rotina no orfanato. Ela pretende voltar a estudar em 2004 e sonha, futuramente, ser médica. Hoje a entidade é presidida pela Irmã Maria Salete, que com a ajuda de uma psicóloga, uma assistente social, outras irmãs e demais funcionários comandam o orfanato.
São abrigadas cerca de 26 meninas que também ajudam na manutenção da entidade. A sustentação da entidade é feita por uma ajuda anual no valor R$ 19.000,00 doada pela prefeitura da cidade, pela ajuda da população em geral através de doações espontâneas e pela organização de eventos, como bazares e festas para a arrecadação de mais recursos.
Praça Inacio Pupo 481 Amparo SP
tel: (0xx19) 3807-2364
Para doações:
Banco Bradesco
ag. 0453 c/c 012794-0
email: ledprovidencia@ig.com.br
Dona Ana, como era conhecida, adquiriu uma propriedade e fez nela as adaptações necessárias e procurou uma congregação que pudesse assumir a direção do orfanato sob orientação então bispo de Campinas, Dom Francisco de Campos Barreto.
O Lar Escola, como ficou mais conhecido, é a única entidade do município que atende, em regime de abrigo, crianças e adolescente do sexo feminino na faixa etária de 4 a 18 anos de idade.
O abrigo é uma alternativa de moradia provisória dentro de um clima residencial com atendimento personalizado e que propicia oportunidade das meninas participarem da vida da comunidade através da utilização de recursos como escola, áreas de lazer, centros médicos etc.
O trabalho a ser desenvolvido pelo Lar Escola em regime de Abrigo é de grande relevância para o município, com 63.000 habitantes, que atende a demanda de crianças e adolescentes e em caráter extraordinário dos municípios vizinhos, que foram afastadas da família de origem ou responsável como medida de proteção conforme decisão judicial. Dentro desse contexto a entidade é responsável por prestar assistência ampla e integral e defender os direitos das crianças e adolescentes, conforme os artigos 98 e 101 ,VII do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA).
Também é desenvolvido um trabalho de semi-abrigo, justificado pela necessidade de atender crianças e adolescentes cujas mães estão no mercado de trabalho com o intuito de ajudar no orçamento familiar. Sabe-se da necessidade dessas meninas de receberem apoio e incentivo a educação, bem como formação humana e semi-profissionalizante, atividades recreativas e de lazer, amparo e proteção em horários em que os pais não estão disponíveis. Trata-se de um trabalho preventivo no sentido de não serem feridos seus direitos fundamentais na forma que trata o artigo 98 do ECA.
A metodologia de ação do projeto segue três tópicos importantes: organização, planejamento e monitoramento, etapas que se inter-relacionam e são extremamente necessárias para a eficácia a, eficiência e efetividade no desenvolvimento e resultado do projeto.
A entidade promove a matrícula escolar da criança e adolescente na rede de Ensino Municipal e Estadual e supervisiona o seu aproveitamento escolar bem como oferece na própria instituição acompanhamento das tarefas escolares. Proporciona semanalmente aulas de artesanato, pintura, bordado , datilografia, computação, música, culinária, atividades domésticas, entre outras. Criando um futuro profissionalizante para as meninas. Desenvolve atividades recreativas, esportivas e de lazer que promovem a integração interpessoal da criança e do adolescente, tais como recreação com jogos, brinquedos, passeios turísticos e também atividades culturais e artísticas. Orienta a criança e o adolescente para a formação da consciência moral, através do qual os valores fundamentais são compreendidos e vivenciados, proporciona o ensino religioso, levando-as a vivenciar os valores comuns a todos os credos.
Oferece alimentação balanceada proporcionando um bom desenvolvimento mental e físico, orientando quanto aos hábitos de higiene pessoal, vestuário, encaminhando as crianças aos cuidados de profissionais especializados; oferecendo também atendimento psicológico mais efetivo. Desenvolve acompanhamento das relações familiares, em contato com o Poder Judiciário, auxiliando na preservação dos vínculos familiares.
Um caso de demonstração de dedicação e empenho, principalmente das irmãs foi o ocorrido com uma das meninas da entidade, Janete, de 13 anos.
“Ela era uma menina alegre e inquieta” dizia irmã Salete, que foi trazida para a entidade aos 3 anos depois de sua avó ter perdido a sua guarda, aos 11 anos; as irmãs repararam que Janete estava muito calada e resolveram levá-la aos médicos, após alguns diagnósticos equivocados descobriu-se que a menina tinha um problema renal e que precisava de um tratamento urgente para curá-la. Começou então, a fazer diálise na própria entidade, onde um quarto foi adaptado para que Janete pudesse se tratar. Com o tempo foi necessário um tratamento mais complexo, a hemodiálise que Janete fazia três vezes por semana com a ajuda de uma ambulância da prefeitura, no hospital Santa Casa da Misericórdia de Bragança, uma cidade vizinha. A hemodiálise não foi suficiente para a cura de Janete e a menina precisaria de um transplante de rim para sua total recuperação. A mãe da menina, que raramente visitava ou entrava em contato com a filha, foi avisada do fato e no dia 24/09/03 as duas se encontraram no Hospital do Rim, em São Paulo, onde Heloísa, mãe de Janete, doou um de seus rins para a filha. Hoje Janete se recupera bem e aos poucos volta a sua rotina no orfanato. Ela pretende voltar a estudar em 2004 e sonha, futuramente, ser médica. Hoje a entidade é presidida pela Irmã Maria Salete, que com a ajuda de uma psicóloga, uma assistente social, outras irmãs e demais funcionários comandam o orfanato.
São abrigadas cerca de 26 meninas que também ajudam na manutenção da entidade. A sustentação da entidade é feita por uma ajuda anual no valor R$ 19.000,00 doada pela prefeitura da cidade, pela ajuda da população em geral através de doações espontâneas e pela organização de eventos, como bazares e festas para a arrecadação de mais recursos.
Praça Inacio Pupo 481 Amparo SP
tel: (0xx19) 3807-2364
Para doações:
Banco Bradesco
ag. 0453 c/c 012794-0
email: ledprovidencia@ig.com.br