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Aprendizes mostram sua visão de SP
Por Teresinha Matos / Diário doComércio   21 de janeiro de 2004
A cidade em cada um dos pontos cardeais, sua cultura, seus monumentos e suas tradições. Acrescente a isso um pouco do conhecimento, costumes e história dos povos que a formaram. Surge a metrópole que assusta e apaixona: São Paulo.
É assim que os doze aprendizes da Indiana Seguros mostram a cidade na "Exposição dos Aprendizes Indiana para os 450 anos de São Paulo", aberta na semana passada. Fotos, maquetes, livros, mapas e objetos representativos de cada povo recontam a história de São Paulo de Piratininga.
Centro velho em maquete – O Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, a rua Boa Vista e o prédio da Indiana Seguros são retratados em uma maquete feita a partir de isopor, biscuit e material reciclável. As aprendizes Flávia Aparecida Oliveira de Lima e Grace Kelly Dias, concluíram: "Foi bom perceber que ganhamos muito conhecimento. Além disso, descobrimos o valor da cidade".
Objetos, roupas, adornos e lendas revelam a trajetória dos japoneses e africanos e dos bairros da Liberdade e República, no Centro Novo. O visitante pode conhecer a lenda dos tsurus (pequenos pássaros em papel) e a importância de outros amuletos orientais. "O doente recebe mil tsurus, que trazem bons fluídos. Depois de recuperado, os pássaros devem ser abertos ", relata o aprendiz Leonardo Santos Lopes.
Dito popular – Na Zona Leste, o visitante se depara com a história dos bairros do Brás, Mooca e Penha revelados em fotos, mapas e nos textos pesquisados por Elen Cristina Pinheiros e Jefferson Lima de Araújo. O trem no Brás, as massas dos italianos da Mooca e a igreja de Nossa Senhora da Penha são os destaques sob o ponto de vista dos adolescentes.
"Seguro morreu de velho/ Quem avisa amigo é/ Quem quiser dar bons passeios/ Tem carrinhos sem receios/ Bem baratos lá na Sé"
O ditado popular critica a chegada da ferrovia à Mooca. "Assim, consegui entender a origem dos dois primeiros versos, ainda muito usados", diz Elen. Segundo Jeferson, que reside na zona Oeste, não conhecer a cidade é como ser um estranho em seu próprio lar.
As culturas alemã e judaica são apresentadas por Thiago Nascimento Santana e Vanessa Silva dos Santos. "Os alemães se estabeleceram em Santo Amaro e contribuíram entre outras coisas com a culinária, com destaque para o chucrute e a cerveja", explica Thiago.
Já os judeus se instalaram no Bom Retiro. Segundo Vanessa, eles montaram lojas, especialmente de tecidos: "Hoje estão em Higienópolis e nos Jardins".
Os dois expuseram ainda fotos dos principais monumentos da região, como o Monumento às Bandeiras e a Pedro Alvares Cabral, a av. Paulista, o Parque Ibirapuera e o Museu de Arte de São Paulo. Estes dois últimos foram pintados em óleo sobre tela por Vanessa. "Nunca havia ido a esses monumentos nem tampouco sabia a história de cada um", diz Thiago.
Diversão – Os bares e restaurantes da zona Oeste foram os destaques de Laís Marques e Jeferson Santos, moradores da Zona Sul. "A Lanterna (que reproduz o nome de pequena cidade italiana) oferece boa música e shows com humoristas e novos talentos", resume Laís.
Os dois aprendizes falaram dos espanhóis. "Mas a região Oeste recebeu uma forte influência italiana. Eles compravam chácaras e plantavam, especialmente na Vila Romana e Leopoldina", explica Jeferson. A exposição mostra ainda fotos de locais significativos como o Palácio dos Bandeirantes, a Casa da Fazenda, o Museu do Crime e o Instituto Butantã.
Um livro com a história dos bairros e dos principais pontos da Zona Norte apresenta a região aos funcionários da Indiana. Um painel no formato do mapa da região também revela a Serra da Cantareira, a Estação da Luz, o futuro Parque da Juventude, a Pinacoteca, o Museu de Arte Sacra, a escola de Samba Império da Casa Verde, o terminal Casa Verde e a Igreja Matriz da Freguesia do Ó, dedicada a Nossa Senhora do Ó.
Maílson Araújo e Silva e Rozana Maria da Silva, aprendizes responsáveis por esses trabalhos, puderam assim apreciar a Serra da Cantareira. "Fui conhecer as trilhas da Cantareira. É tudo muito bonito", disse Maílson, que mora na Zona Sul.
Os dois ainda contaram um pouco da colonização portuguesa na Zona Norte. "Os portugueses vinham ao Brasil e trabalhavam ou estudavam. Quando 'faziam a vida' voltavam a Portugal, por isso poucos ainda residem na Zona Norte", justifica Maílson.
É assim que os doze aprendizes da Indiana Seguros mostram a cidade na "Exposição dos Aprendizes Indiana para os 450 anos de São Paulo", aberta na semana passada. Fotos, maquetes, livros, mapas e objetos representativos de cada povo recontam a história de São Paulo de Piratininga.
Centro velho em maquete – O Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, a rua Boa Vista e o prédio da Indiana Seguros são retratados em uma maquete feita a partir de isopor, biscuit e material reciclável. As aprendizes Flávia Aparecida Oliveira de Lima e Grace Kelly Dias, concluíram: "Foi bom perceber que ganhamos muito conhecimento. Além disso, descobrimos o valor da cidade".
Objetos, roupas, adornos e lendas revelam a trajetória dos japoneses e africanos e dos bairros da Liberdade e República, no Centro Novo. O visitante pode conhecer a lenda dos tsurus (pequenos pássaros em papel) e a importância de outros amuletos orientais. "O doente recebe mil tsurus, que trazem bons fluídos. Depois de recuperado, os pássaros devem ser abertos ", relata o aprendiz Leonardo Santos Lopes.
Dito popular – Na Zona Leste, o visitante se depara com a história dos bairros do Brás, Mooca e Penha revelados em fotos, mapas e nos textos pesquisados por Elen Cristina Pinheiros e Jefferson Lima de Araújo. O trem no Brás, as massas dos italianos da Mooca e a igreja de Nossa Senhora da Penha são os destaques sob o ponto de vista dos adolescentes.
"Seguro morreu de velho/ Quem avisa amigo é/ Quem quiser dar bons passeios/ Tem carrinhos sem receios/ Bem baratos lá na Sé"
O ditado popular critica a chegada da ferrovia à Mooca. "Assim, consegui entender a origem dos dois primeiros versos, ainda muito usados", diz Elen. Segundo Jeferson, que reside na zona Oeste, não conhecer a cidade é como ser um estranho em seu próprio lar.
As culturas alemã e judaica são apresentadas por Thiago Nascimento Santana e Vanessa Silva dos Santos. "Os alemães se estabeleceram em Santo Amaro e contribuíram entre outras coisas com a culinária, com destaque para o chucrute e a cerveja", explica Thiago.
Já os judeus se instalaram no Bom Retiro. Segundo Vanessa, eles montaram lojas, especialmente de tecidos: "Hoje estão em Higienópolis e nos Jardins".
Os dois expuseram ainda fotos dos principais monumentos da região, como o Monumento às Bandeiras e a Pedro Alvares Cabral, a av. Paulista, o Parque Ibirapuera e o Museu de Arte de São Paulo. Estes dois últimos foram pintados em óleo sobre tela por Vanessa. "Nunca havia ido a esses monumentos nem tampouco sabia a história de cada um", diz Thiago.
Diversão – Os bares e restaurantes da zona Oeste foram os destaques de Laís Marques e Jeferson Santos, moradores da Zona Sul. "A Lanterna (que reproduz o nome de pequena cidade italiana) oferece boa música e shows com humoristas e novos talentos", resume Laís.
Os dois aprendizes falaram dos espanhóis. "Mas a região Oeste recebeu uma forte influência italiana. Eles compravam chácaras e plantavam, especialmente na Vila Romana e Leopoldina", explica Jeferson. A exposição mostra ainda fotos de locais significativos como o Palácio dos Bandeirantes, a Casa da Fazenda, o Museu do Crime e o Instituto Butantã.
Um livro com a história dos bairros e dos principais pontos da Zona Norte apresenta a região aos funcionários da Indiana. Um painel no formato do mapa da região também revela a Serra da Cantareira, a Estação da Luz, o futuro Parque da Juventude, a Pinacoteca, o Museu de Arte Sacra, a escola de Samba Império da Casa Verde, o terminal Casa Verde e a Igreja Matriz da Freguesia do Ó, dedicada a Nossa Senhora do Ó.
Maílson Araújo e Silva e Rozana Maria da Silva, aprendizes responsáveis por esses trabalhos, puderam assim apreciar a Serra da Cantareira. "Fui conhecer as trilhas da Cantareira. É tudo muito bonito", disse Maílson, que mora na Zona Sul.
Os dois ainda contaram um pouco da colonização portuguesa na Zona Norte. "Os portugueses vinham ao Brasil e trabalhavam ou estudavam. Quando 'faziam a vida' voltavam a Portugal, por isso poucos ainda residem na Zona Norte", justifica Maílson.