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Feiras agroecológicas geram renda para famílias em assentamentos
Por Correio da Paraíba 9 de fevereiro de 2004
Fabiana Nóbrega
Agricultores planejam a produção que é comercializada com apoio da Pastoral da Terra
Cem famílias de 12 assentamentos de João Pessoa encontraram sua fonte de renda nas Feiras Agroecológicas, onde elas têm oportunidade de vender o excedente de sua produção e gerar renda. As feiras são organizadas pelos próprios agricultores, com o apoio do Cáritas Diocesano, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do deputado Frei Anastácio.
De acordo com Luiz Sena, técnico agrícola da Pastoral da Terra de João Pessoa, cada uma das Feiras acontece pelo menos um vez por semana, em local específico, e tem o seu próprio regimento interno, onde constam determinações para preservação ambiental, como não utilizar agrotóxicos, e questões higiênicas como uso de batas e bonés padronizados, armazenamento adequado de produtos e limpeza das frutas e verduras antes que sejam comercializadas.
"É um alimento muito higiênico e saudável", garante.A primeira Feira Agropecuária começou a funcionar em 18 de novembro de 2001, com a participação de 30 famílias de assentados, e acontece até hoje, todas as sextas-feiras no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), próximo a Biblioteca Central. Em dezembro de 2002, foi organizada a 2ª Feira de João Pessoa, no Bessa, na Av. Argemiro de Figueiredo, próximo ao Iate Clube, onde ocorre todos os sábados. Com ela, mais 20 famílias foram empregadas.
Em setembro de 2003, outras 25 famílias de assentados organizaram outra Feira Agroecológica em João Pessoa, que funciona no Mercado Público do Valentina Figueiredo, aos sábados e domingos. Em novembro do ano passado, outra Feira começou a funcionar, no estacionamento do Shopping Sebrae, no Bairro dos Estados, todas as sextas-feiras, organizada por 15 famílias assentadas. Hoje, são quatro feiras na capital, uma em Cajazeiras e outra em Lagoa Seca. Elas são realizadas das 06h00 às 14h00.
O lucro médio apurado por cada agricultor, em cada dia de feira, é de R$ 100,00 e, contabilizando desde o primeiro dia, já foram comercializados 535 t de alimentos, só na capital. Para Luiz Pena, um fator de grande importância trabalhado com as feiras é a questão social, pois elas proporcionam condições para que o agricultor se fixe na terra, tenha condições de alimentar sua família e comercializar o excedente, gerando renda.
Luiz explicou que os próprios agricultores fazem o planejamento e organizam a produção a ser levada para a feira. Ao final de cada tarde de comércio, os feirantes fazem uma reunião para avaliação do dia e no fim do mês realizam uma reunião para avaliar a produtividade, a comercialização, os preços e capacitação dos comerciantes.
"Sempre realizamos intercâmbios de experiências, com visitas a alguns locais onde aconteceram experiências bem sucedidas", disse o técnico. Entre os produtos comercializados pelas feiras, são encontradas frutas, hortaliças, raízes, animais abatidos, como aves e caprinos, comidas típicas como tapiocas, doces de goiaba, de mamão, doce, cocada e bolo de gergelim, comida de milho, remédios caseiros, plantas medicinais e suco de palma. "Os restaurantes naturais da capital compram muita palma. Os agricultores já tem uma freguesia certa", disse o técnico agrícola .
Alimentação em discussão - Durante I Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba, a ser realizada de 5 a 7 de fevereiro, no Espaço Cultural, em João Pessoa, pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba (Consea), será discutida a possibilidade de criação de novas Feiras Agroecológicas, maneiras de aumentar a produção das que já existem e a viabilidade de incentivos financeiros para os feirantes, pois até hoje eles trabalham com recursos próprios.
Luiz Pena explicou que o próximo passo, a pedido dos próprios consumidores, também a ser discutido na Conferência, é instalar um ponto permanente para venda de produtos agroecológicos, em João Pessoa, a fim de que, nos outros dias da semana em que as feiras não funcionam, os consumidores tenham a oportunidade de comprar tais produtos. Durante a Conferência, será montado um stand para apresentação dos resultados das Feiras Agroecológicas no Estado, com fotos, números e amostras de produtos.
Agricultores planejam a produção que é comercializada com apoio da Pastoral da Terra
Cem famílias de 12 assentamentos de João Pessoa encontraram sua fonte de renda nas Feiras Agroecológicas, onde elas têm oportunidade de vender o excedente de sua produção e gerar renda. As feiras são organizadas pelos próprios agricultores, com o apoio do Cáritas Diocesano, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do deputado Frei Anastácio.
De acordo com Luiz Sena, técnico agrícola da Pastoral da Terra de João Pessoa, cada uma das Feiras acontece pelo menos um vez por semana, em local específico, e tem o seu próprio regimento interno, onde constam determinações para preservação ambiental, como não utilizar agrotóxicos, e questões higiênicas como uso de batas e bonés padronizados, armazenamento adequado de produtos e limpeza das frutas e verduras antes que sejam comercializadas.
"É um alimento muito higiênico e saudável", garante.A primeira Feira Agropecuária começou a funcionar em 18 de novembro de 2001, com a participação de 30 famílias de assentados, e acontece até hoje, todas as sextas-feiras no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), próximo a Biblioteca Central. Em dezembro de 2002, foi organizada a 2ª Feira de João Pessoa, no Bessa, na Av. Argemiro de Figueiredo, próximo ao Iate Clube, onde ocorre todos os sábados. Com ela, mais 20 famílias foram empregadas.
Em setembro de 2003, outras 25 famílias de assentados organizaram outra Feira Agroecológica em João Pessoa, que funciona no Mercado Público do Valentina Figueiredo, aos sábados e domingos. Em novembro do ano passado, outra Feira começou a funcionar, no estacionamento do Shopping Sebrae, no Bairro dos Estados, todas as sextas-feiras, organizada por 15 famílias assentadas. Hoje, são quatro feiras na capital, uma em Cajazeiras e outra em Lagoa Seca. Elas são realizadas das 06h00 às 14h00.
O lucro médio apurado por cada agricultor, em cada dia de feira, é de R$ 100,00 e, contabilizando desde o primeiro dia, já foram comercializados 535 t de alimentos, só na capital. Para Luiz Pena, um fator de grande importância trabalhado com as feiras é a questão social, pois elas proporcionam condições para que o agricultor se fixe na terra, tenha condições de alimentar sua família e comercializar o excedente, gerando renda.
Luiz explicou que os próprios agricultores fazem o planejamento e organizam a produção a ser levada para a feira. Ao final de cada tarde de comércio, os feirantes fazem uma reunião para avaliação do dia e no fim do mês realizam uma reunião para avaliar a produtividade, a comercialização, os preços e capacitação dos comerciantes.
"Sempre realizamos intercâmbios de experiências, com visitas a alguns locais onde aconteceram experiências bem sucedidas", disse o técnico. Entre os produtos comercializados pelas feiras, são encontradas frutas, hortaliças, raízes, animais abatidos, como aves e caprinos, comidas típicas como tapiocas, doces de goiaba, de mamão, doce, cocada e bolo de gergelim, comida de milho, remédios caseiros, plantas medicinais e suco de palma. "Os restaurantes naturais da capital compram muita palma. Os agricultores já tem uma freguesia certa", disse o técnico agrícola .
Alimentação em discussão - Durante I Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba, a ser realizada de 5 a 7 de fevereiro, no Espaço Cultural, em João Pessoa, pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba (Consea), será discutida a possibilidade de criação de novas Feiras Agroecológicas, maneiras de aumentar a produção das que já existem e a viabilidade de incentivos financeiros para os feirantes, pois até hoje eles trabalham com recursos próprios.
Luiz Pena explicou que o próximo passo, a pedido dos próprios consumidores, também a ser discutido na Conferência, é instalar um ponto permanente para venda de produtos agroecológicos, em João Pessoa, a fim de que, nos outros dias da semana em que as feiras não funcionam, os consumidores tenham a oportunidade de comprar tais produtos. Durante a Conferência, será montado um stand para apresentação dos resultados das Feiras Agroecológicas no Estado, com fotos, números e amostras de produtos.