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Faculdade e empresa júnior fornecem cursos

Por Teresinha Matos / Diário do Comércio    10 de março de 2004
Em busca de um curso de qualidade para seus aprendizes, o programa Convivência e Aprendizado no Trabalho da Associação Comercial de Santa Cruz do Rio Pardo não teve medo de ousar. Os coordenadores foram buscar apoio técnico na Faculdade de Administração da cidade, que forma a primeira turma em 2004.

A empresa júnior e a própria faculdade se envolveram no projeto e preparam aprendizes desde agosto de 2003. "Isso ajudou a cumprir uma das metas da faculdade, que é estar a serviço da comunidade", diz o coordenador do curso de Administração, Rogério Augusto Profeta.

Cinco professoras da faculdade, que mantém também os cursos de Administração, Letras e Pedagogia, e entre 20 e 25 alunos das três especialidades ministram as aulas para os aprendizes. "Buscar ajuda da Empresa Júnior foi uma necessidade. A lei do aprendiz indica para os cursos as escolas do sistema S (Senai, Senac etc.) e, depois, as escolas técnicas, mas em Santa Cruz não havia nenhuma das alternativas", relembrou a secretária do Degrau, a advogada Cláudia Regina de Camargo.

Os aprendizes têm aulas de português, matemática, inglês, informática e formação específica, que aborda temas como atendimento ao cliente, títulos de crédito etc. Faz parte do roteiro debates sobre cidadania, drogas e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Interesse – "Os jovens, que representam a parcela mais carente da cidade, são dóceis e interessados. Eles precisam de oportunidades", diz o professor Rogério Profeta. O curso e experiência nas empresas, ainda, contribuem para capacitar a escassa mão-de-obra local.

Segundo Cláudia Camargo, muitas empresas estão interessadas em se instalar na cidade, mas apontam uma dificuldade: não há mão-de-obra especializada. "A Faculdade também se esforça para cumprir essa missão", diz Profeta.

A entidade certificadora do Degrau de Rio Pardo é o Centro de Profissionalização para Adolescente de Santa Cruz do Rio Pardo (Cipasc). "Ele preenchia os requisitos, mas não possuía estrutura física e a legislação permite parceria com outra entidade pública ou privada", explicou Cláudia.

No sábado passado, os 90 aprendizes da cidade voltaram a freqüentar o curso de formação profissional. "Todos vêm eufóricos por estarem no ambiente acadêmico e já estão de olho numa formação superior", conclui a secretaria do Degrau.

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