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Inclusão digital para fomentar líderes

Por Cláudio Marques / Diário do Comércio   25 de março de 2004
Com apoio da Microsoft, Fundação Bradesco vai implantar 15 centros para combater a exclusão digital



O propósito de diminuir a exclusão digital no País uniu a Fundação Bradesco e a Microsoft. Na semana passada, a gigante da informática doou à fundação US$ 150 mil em dinheiro e em licenças de softwares para a implantação de 15 Centros de Inclusão Digital (CIDs) em comunidades carentes em vários pontos do Brasil.

Pelo cronograma, em abril iniciarão as atividades os centros de Itajubá (MG), Jaboatão (PE) e Manaus (AM). Em maio, receberão os CIDs as cidades de Campinas, Caucaia (CE), Conceição do Araguaia (PA), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Natal (RN), Paragominas (PA), Pinheiro (MA), Própria (SE), Rosário do Sul (RS), Salvador (BA) e São Luís (MA).

Com os CIDs, a Fundação Bradesco pretende, além de combater a exclusão digital, ampliar o atendimento nas áreas próximas às escolas que mantém –40 no total, sendo pelo menos uma em cada unidade da Federação–, incentivar o exercício da cidadania e o surgimento de líderes sociais por meio da discussão de problemas das comunidades.

"O CID surgiu como alternativa para incluir pessoas que hoje não conseguem vagas em nossas escolas. Também foi criado para a comunidade carente ter acesso à tecnologia e para propiciar a discussão de problemas sociais por meio do acesso à tecnologia", afirma Nivaldo Tadeu Marcusso, gerente de Tecnologia da fundação. Em 2004, são 107.479 mil alunos cadastrados e distribuídos pelas escolas infantis, de ensino fundamental, médio e técnico e ainda cursos para jovens e adultos e profissional básico.

Emílio Umeoka, presidente da Microsoft Brasil reforça a importância do projeto ao afirmar que os CIDs ajudam a "criar as condições para que o potencial de cada um possa ser convertido em valor". Segundo Denise Aguiar Alvarez Valente, diretora da Fundação Bradesco, os CIDs são "um novo marco".

"Saímos de nossas escolas. A implantação dos centros de inclusão, inicialmente no entorno das escolas da Fundação, possibilitará a ampliação do atendimento à população carente, por meio de projetos de inclusão digital e a formação de protagonistas juvenis que utilizarão a tecnologia como meio para a busca de soluções aos problemas sociais locais", diz Denise.

Acesso à internet – A Fundação será responsável pela instalação dos laboratórios, que contarão com 10 computadores em cada um deles, todos com sistema operacional Windows, pacote de aplicativos Office e acesso à internet. A administração dos centros será feita por voluntários da comunidade, sob orientação da Fundação. Seus alunos do ensino médio serão os monitores das atividades a serem idealizadas em conjunto com a comunidade. Com isso, repartem seus conhecimentos com a comunidade e contribuem no estímulo ao surgimento de líderes sociais.

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