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Informática para deficientes: acessibilidade e inclusão social
Por Flávio da Rocha Silveira / Diário do Comércio   27 de abril de 2004
PORTADORES DE DEFICIÊNCIA TAMBÉM PODEM NAVEGAR NA INTERNET, POR EXEMPLO, COM SOFTWARES E HARDWARES ESPECIALMENTE CRIADOS
Acessibilidade é a condição de acesso aos serviços de informação e comunicação, por parte dos portadores de necessidades especiais. E os computadores são hoje, sem dúvida nenhuma, parte fundamental na utilização destes serviços.
Os portadores de deficiências precisam de meios alternativos para usar um computador. Entre eles, os deficientes visuais são os têm maior dificuldade e precisam de recursos diferenciados tanto de software (programas) quanto de hardware (equipamento).
Softwares – A principal necessidade dos portadores de deficiências visuais (cegos e pessoas com baixa visão) é de softwares que transformem textos escritos em voz. São programas que "lêem" o que está escrito na tela do computador, por meio de sintetizadores de voz.
O governo federal, através do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), está desenvolvendo o "Tela Aberta", software totalmente gratuito e especialmente desenvolvido para deficientes visuais navegarem na internet.
O programa deve ser concluído até o final de 2005, e está sendo desenvolvido por uma equipe liderada por Marcos Kinsky, analista do Serpro. "Não ter acesso a internet é uma forma de exclusão social", diz Kinsky, que é cego.
Atualmente, os três programas mais utilizados no Brasil são o DOSVOX, o Virtual Vision e o Jaws. Os dois primeiros são brasileiros, e o terceiro, americano. O DOSVOX é desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ. e sua distribuição é gratuita no site http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox /.
O programa inclui o sistema operacional, módulos de síntese de voz, editor de textos, leitor de textos, impressor para tinta e para braile, dois jogos, e pequeno monitor de janelas que torna possível navegar em outros utilitários do Windows. O software tem ainda uma ferramenta de acesso à internet. O Virtual Vision 4 é a versão mais recente do software distribuído pela Micropower. Em www.micropower.com.br/dv/vvision4/benefici.asp há mais informações.
É um programa mais completo que o DOSVOX, com inúmeros recursos para, além de ler o que está escrito na tela, orientar espacialmente o usuário. Quando selecionado um trecho de um texto, por exemplo, ele lê apenas a parte selecionada, e ainda é possível marcar pontos determinados do texto para reler depois.
As vantagens do Virtual Voice 4 em comparação com o DOSVOX têm um custo alto: R$ 1.500. Os correntistas do Bradesco e do Real podem solicitar o software gratuitamente.
O Jaws é um programa americano, traduzido para o português. Deficientes visuais que já o utilizam dizem que é o melhor leitor de telas para a maioria das aplicações no computador. E também o mais caro: US$ 1.600. Se houver interesse, no site do fabricante ( www.freedomscientific.com/fs_downloads/jaws_form.asp ) há uma versão demo, para testes, que funciona por 40 minutos.
Todos os softwares, mesmo com algumas limitações, facilitam muito o acesso dos deficientes visuais ao computador, garantindo independência, autonomia e inclusão nos ambientes digitais e na internet.
Hardwares – Além dos softwares, há ainda diversas opções de hardware para deficientes visuais. São equipamentos que trabalham com a linguagem braile, da entrada de dados à impressão de documentos e páginas da web, "convertendo" as informações para o braile.
A empresa Bengala Branca ( www.bengalabranca.com.br ) é especializada em produtos para deficientes visuais e oferece diversos equipamentos importados. Para entrada de dados em braile, estão disponíveis o Braille Falado e o Braille Lite 18. São teclados que funcionam com a digitação em braile, através de teclas especiais.
Além disso, eles lêem informações através de um sintetizador de voz interno e funcionam também como agenda de compromissos e de telefones. O modelo Lite 18 tem uma vantagem: além de ler as informações, possui um mostrador em braile.
Estes equipamentos podem ser levados para qualquer lugar, pois funcionam mesmo não conectados ao PC. A conexão com o computador pode ser feita posteriormente, possibilitando a troca de dados ou impressão direta. O Teclado Falado é comercializado pela mesma empresa e apresenta as mesmas funções e características. A única diferença é que não exige o conhecimento do braile, já que funciona com teclas comuns.
Para a impressão de documentos em braile, são usadas impressoras especiais. Elas são capazes de imprimir em diferentes tipos de materiais e oferecem funções adicionais, conforme o modelo escolhido. Há até impressoras com sintetizador de voz, que lêem os documentos que são impressos. Infelizmente, ainda são produtos importados e de alto custo.
Embora a tecnologia ainda não seja capaz de fazer os deficientes visuais recuperarem a visão –apesar de haver várias pesquisas a respeito– estes softwares e equipamentos os ajudam a obter uma maior inclusão e abrem um mundo de possibilidades.
Acessibilidade é a condição de acesso aos serviços de informação e comunicação, por parte dos portadores de necessidades especiais. E os computadores são hoje, sem dúvida nenhuma, parte fundamental na utilização destes serviços.
Os portadores de deficiências precisam de meios alternativos para usar um computador. Entre eles, os deficientes visuais são os têm maior dificuldade e precisam de recursos diferenciados tanto de software (programas) quanto de hardware (equipamento).
Softwares – A principal necessidade dos portadores de deficiências visuais (cegos e pessoas com baixa visão) é de softwares que transformem textos escritos em voz. São programas que "lêem" o que está escrito na tela do computador, por meio de sintetizadores de voz.
O governo federal, através do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), está desenvolvendo o "Tela Aberta", software totalmente gratuito e especialmente desenvolvido para deficientes visuais navegarem na internet.
O programa deve ser concluído até o final de 2005, e está sendo desenvolvido por uma equipe liderada por Marcos Kinsky, analista do Serpro. "Não ter acesso a internet é uma forma de exclusão social", diz Kinsky, que é cego.
Atualmente, os três programas mais utilizados no Brasil são o DOSVOX, o Virtual Vision e o Jaws. Os dois primeiros são brasileiros, e o terceiro, americano. O DOSVOX é desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ. e sua distribuição é gratuita no site http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox /.
O programa inclui o sistema operacional, módulos de síntese de voz, editor de textos, leitor de textos, impressor para tinta e para braile, dois jogos, e pequeno monitor de janelas que torna possível navegar em outros utilitários do Windows. O software tem ainda uma ferramenta de acesso à internet. O Virtual Vision 4 é a versão mais recente do software distribuído pela Micropower. Em www.micropower.com.br/dv/vvision4/benefici.asp há mais informações.
É um programa mais completo que o DOSVOX, com inúmeros recursos para, além de ler o que está escrito na tela, orientar espacialmente o usuário. Quando selecionado um trecho de um texto, por exemplo, ele lê apenas a parte selecionada, e ainda é possível marcar pontos determinados do texto para reler depois.
As vantagens do Virtual Voice 4 em comparação com o DOSVOX têm um custo alto: R$ 1.500. Os correntistas do Bradesco e do Real podem solicitar o software gratuitamente.
O Jaws é um programa americano, traduzido para o português. Deficientes visuais que já o utilizam dizem que é o melhor leitor de telas para a maioria das aplicações no computador. E também o mais caro: US$ 1.600. Se houver interesse, no site do fabricante ( www.freedomscientific.com/fs_downloads/jaws_form.asp ) há uma versão demo, para testes, que funciona por 40 minutos.
Todos os softwares, mesmo com algumas limitações, facilitam muito o acesso dos deficientes visuais ao computador, garantindo independência, autonomia e inclusão nos ambientes digitais e na internet.
Hardwares – Além dos softwares, há ainda diversas opções de hardware para deficientes visuais. São equipamentos que trabalham com a linguagem braile, da entrada de dados à impressão de documentos e páginas da web, "convertendo" as informações para o braile.
A empresa Bengala Branca ( www.bengalabranca.com.br ) é especializada em produtos para deficientes visuais e oferece diversos equipamentos importados. Para entrada de dados em braile, estão disponíveis o Braille Falado e o Braille Lite 18. São teclados que funcionam com a digitação em braile, através de teclas especiais.
Além disso, eles lêem informações através de um sintetizador de voz interno e funcionam também como agenda de compromissos e de telefones. O modelo Lite 18 tem uma vantagem: além de ler as informações, possui um mostrador em braile.
Estes equipamentos podem ser levados para qualquer lugar, pois funcionam mesmo não conectados ao PC. A conexão com o computador pode ser feita posteriormente, possibilitando a troca de dados ou impressão direta. O Teclado Falado é comercializado pela mesma empresa e apresenta as mesmas funções e características. A única diferença é que não exige o conhecimento do braile, já que funciona com teclas comuns.
Para a impressão de documentos em braile, são usadas impressoras especiais. Elas são capazes de imprimir em diferentes tipos de materiais e oferecem funções adicionais, conforme o modelo escolhido. Há até impressoras com sintetizador de voz, que lêem os documentos que são impressos. Infelizmente, ainda são produtos importados e de alto custo.
Embora a tecnologia ainda não seja capaz de fazer os deficientes visuais recuperarem a visão –apesar de haver várias pesquisas a respeito– estes softwares e equipamentos os ajudam a obter uma maior inclusão e abrem um mundo de possibilidades.