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ONG quer criar primeiro centro profissionalizante da cidade

Por Adriana David / Diário do Comércio   19 de maio de 2004
O projeto do Boimamão visa beneficiar crianças carentes com a implantação da escola de cerâmica e entalhe em madeira. Seria o primeiro centro profissionalizante de Bombinhas, que tem cerca de nove mil habitantes.

No ano passado, o Instituto recebeu apoio da prefeitura local e 20 crianças e adolescentes tiveram aulas de cerâmica e de entalhe em madeira. Este ano, mais 20 jovens serão beneficiados.

Futuramente, os aprendizes se tornarão multiplicadores e passarão seus conhecimentos adiante, ensinando outras crianças e adolescentes da cidade.

Um dos exemplos dessa esperança de futuro é o de Bruno Pereira, 19 anos, que está há poucos meses no Instituto Boimamão aprendendo a fazer peças de cerâmica. Em breve, ele vai começar a trabalhar com madeira.

"O programa é ótimo, pois além de aprender, vou poder ensinar outras pessoas, também fora daqui", diz Bruno. As peças são vendidas no museu folclórico Engenho do Sertão e em feirinhas de artesanato espalhadas por Bombinhas durante o verão, época em que a cidade recebe muitos turistas.

O Instituto Boimamão foi criado em 1997 e por meio da Lei Rouanet (nº 8.313/91), captou parte dos recursos necessários para a revitalização de um engenho de farinha, construído há 150 anos, e a construção da sede e do Engenho do Sertão.

No espaço, em meio a objetos antigos restaurados, serve-se comida caseira regional sob encomenda e uma bebida típica da região: a consertada –cachaça com café e especiarias. Há outras atividades desenvolvidas no Instituto como as oficinas de pano, onde senhoras produzem tapeçarias, colchas de retalhos e panos de prato.

O Instituto pretende disponibilizar o engenho restaurado para a produção de farinha de mandioca. A idéia é que a própria comunidade possa fazer sua farinha, principalmente para ocasiões festivas.

Toda a área é Patrimônio Histórico e Cultural de Bombinhas. Entre os mecenas que ajudam nas obras do Instituto Boimamão estão o Instituto Schürmann, a empresa têxtil Kyly, instalada no município de Pomerode (SC), e o empresário Vilmar Schürmann, da própria cidade.

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