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Centro de Voluntariado quer ações organizadas
Por Evelin Fomin / Diário do Comércio   26 de maio de 2004
Para garantir bons resultados, entidade defende a coordenação do trabalho de voluntários e sua "profissionalização".
O Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP), que completou sete anos neste mês, defende uma maior coordenação do trabalho voluntário. "A maior boa vontade pode causar transtorno", diz a diretora financeira da entidade, Maria Lúcia Meirelles Reis, para exemplificar a necessidade de otimizar a mão-de-obra do voluntário. "Nossa principal missão é incentivar e consolidar de forma concreta e objetiva a cultura e o trabalho voluntário."
O Terceiro Setor é muito ativo no País. Dados da ONU, de 2003, mostram que que 42 milhões de pessoas no Brasil realizam ou já realizaram alguma ação voluntária. "Hoje, a preocupação maior não é com a quantidade de voluntários disponíveis. Agora, o que precisa ser mais trabalhado é a profissionalização, entre aspas, de toda essa vontade de fazer algo útil à sociedade", explica Silvia Maria Louzã Naccache, coordenadora de organizações sociais do CVSP. É nesta frente que o Centro de Voluntariado atua, oferecendo programas de capacitação e encaminhamento de voluntários, fazendo a ponte entre as pessoas que querem atuar com as organizações que precisam da mão-de-obra.
‘Eu não sabia como’ - "Eu queria muito fazer coisas pelos outros, mas não sabia por onde começar", afirma o músico Marcelo Ferraz. Graças ao CVSP, desde outubro do ano passado, o músico decidiu levar sua guitarra para além das fronteiras da Vila Madalena, bairro repleto de bares onde atua. Ao lado do baterista Joel Rodrigues, passou a transformar pátios de asilos, albergues e lares beneficentes em palco para shows. "Por uma hora e meia aquelas pessoas, que têm acesso difícil ao entretenimento, esquecem de seus problemas", diz Ferraz, que já realizou shows em mais de cem instituições, incluindo a Febem. Apesar da agenda cheia, que inclui a gravação do CD de sua banda, a Invertebra, Ferraz tem mantido uma média de três shows por semana.
‘Sou um voluntário?' - O CVSP também esclarece o que é ser um voluntário e oferece cerca de 12 palestras gratuitas por mês. Nestas palestras são esclarecidas dúvidas como, por exemplo, quais as habilidades exigidas, como realizar ações individuais, quais organizações sociais necessitadas, entre outros pontos específicos. "Faz trabalho voluntário aquele que doa tempo, trabalho e talento de forma responsável", explica Marlene Carvalho, superintendente do CVSP.
"O grande desafio é que este voluntário se dedique como se estivesse trabalhando em uma empresa. A diferença é que ele não receberia o holerite no final do mês", diz. Reza a cartilha do centro que o trabalho voluntário deve se ajustar à rotina pessoal do interessado. Em muitos casos, a demanda não é constante, pois há vários trabalhos ocasionais. É possível, então, doar apenas uma hora por mês. Segundo Maria Lúcia, mais do que buscar uma vontade pessoal, é necessário que o voluntário identifique uma necessidade real, seja comunitária ou individual.
O Centro de Voluntariado de São Paulo (CVSP), que completou sete anos neste mês, defende uma maior coordenação do trabalho voluntário. "A maior boa vontade pode causar transtorno", diz a diretora financeira da entidade, Maria Lúcia Meirelles Reis, para exemplificar a necessidade de otimizar a mão-de-obra do voluntário. "Nossa principal missão é incentivar e consolidar de forma concreta e objetiva a cultura e o trabalho voluntário."
O Terceiro Setor é muito ativo no País. Dados da ONU, de 2003, mostram que que 42 milhões de pessoas no Brasil realizam ou já realizaram alguma ação voluntária. "Hoje, a preocupação maior não é com a quantidade de voluntários disponíveis. Agora, o que precisa ser mais trabalhado é a profissionalização, entre aspas, de toda essa vontade de fazer algo útil à sociedade", explica Silvia Maria Louzã Naccache, coordenadora de organizações sociais do CVSP. É nesta frente que o Centro de Voluntariado atua, oferecendo programas de capacitação e encaminhamento de voluntários, fazendo a ponte entre as pessoas que querem atuar com as organizações que precisam da mão-de-obra.
‘Eu não sabia como’ - "Eu queria muito fazer coisas pelos outros, mas não sabia por onde começar", afirma o músico Marcelo Ferraz. Graças ao CVSP, desde outubro do ano passado, o músico decidiu levar sua guitarra para além das fronteiras da Vila Madalena, bairro repleto de bares onde atua. Ao lado do baterista Joel Rodrigues, passou a transformar pátios de asilos, albergues e lares beneficentes em palco para shows. "Por uma hora e meia aquelas pessoas, que têm acesso difícil ao entretenimento, esquecem de seus problemas", diz Ferraz, que já realizou shows em mais de cem instituições, incluindo a Febem. Apesar da agenda cheia, que inclui a gravação do CD de sua banda, a Invertebra, Ferraz tem mantido uma média de três shows por semana.
‘Sou um voluntário?' - O CVSP também esclarece o que é ser um voluntário e oferece cerca de 12 palestras gratuitas por mês. Nestas palestras são esclarecidas dúvidas como, por exemplo, quais as habilidades exigidas, como realizar ações individuais, quais organizações sociais necessitadas, entre outros pontos específicos. "Faz trabalho voluntário aquele que doa tempo, trabalho e talento de forma responsável", explica Marlene Carvalho, superintendente do CVSP.
"O grande desafio é que este voluntário se dedique como se estivesse trabalhando em uma empresa. A diferença é que ele não receberia o holerite no final do mês", diz. Reza a cartilha do centro que o trabalho voluntário deve se ajustar à rotina pessoal do interessado. Em muitos casos, a demanda não é constante, pois há vários trabalhos ocasionais. É possível, então, doar apenas uma hora por mês. Segundo Maria Lúcia, mais do que buscar uma vontade pessoal, é necessário que o voluntário identifique uma necessidade real, seja comunitária ou individual.