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Dona Tartaruga e outros bichos
Por    26 de maio de 2004
Para quem não está familiarizado com este universo, talvez nunca tenha imaginado que exista ação social para todos os tipos de necessidades, todos os tipos de público e todos os tipos de voluntário. Você sabia que existe uma entidade que necessita de voluntários apenas para ninar bebês órfãos? E que existe falta de gente para fazer um simples carinho em cães abandonados em centros de zoonoses? Que há pilotos comerciais que doam tempo e dinheiro para sobrevoar a região e prevenir incêndios? E que existe um projeto na cidade que utiliza o trabalho voluntário de... animais?
É o caso de Bonifácia e Violeta, duas simpáticas cachorrinhas vira-latas, do chinchila Roy, da tartaruga Telha e outros dois coelhinhos anônimos. Todos eles trabalham para a equipe do projeto PetSmile, organização cadastrada do Centro de Voluntariado de São Paulo.
Afeto - Através do trabalho exaustivo da veterinária e especialista em comportamento animal, Hannelore Fuchs, mais a equipe de 18 voluntários humanos e o total de 22 bichos, o projeto tem desenvolvido a chamada terapia mediada por animais em diversas instituições.
"O trabalho do PetSmile estimula a curiosidade, a capacidade de observação, o relacionamento afetivo e instiga um raciocínio mais lógico do que abstrato para nossas crianças", afirma Stella Maris Molinari, diretora do Lar Escola São Francisco, que atende crianças deficientes.
Dalai - Para ela, ter a equipe de Hannelore uma vez por semestre na escola é mais do que um privilégio. Privilégio que já completou cinco dos sete anos de existência do projeto. "No começo do trabalho, nos deparamos com crianças que nunca tinham tocado num animal", conta. "Mas o trabalho também beneficia o corpo de professores e as cuidadoras".
Para o voluntário Dalai, um cão lhasa apso, cada visita é uma diversão. "O Dalai é um lhasa atípico. Gosta muito do contato com crianças e não tem agressividade nenhuma com os outros animais", conta Carolina Cresta, veterinária e voluntária, "mãe" de Dalai.
Uma das experiências mais tocantes para ela, que participa do projeto há pouco mais de um ano, são as visitas ao Hospital da Criança. Dalai é um dos poucos cães autorizados a entrar em hospitais por poder ser carregado no colo. "Quando vamos até as crianças, é incrível como elas param imediatamente de chorar para interagir com os animais. Não há satisfação maior do que ver aquelas crianças doentes abrirem um sorriso", afirma.
O trabalho ganhou fôlego novo depois do contato com o Centro de Voluntariado, que além de ministrar palestras de capacitação, enviou novos voluntários ao projeto. "Eles falam a mesma língua que nós, têm muito mais experiência e todo o embasamento legal", afirma Hannelore, que teve de aprender tudo sozinha antes de conhecer o CVSP. "Eles nos trouxeram a sensação de que não estamos sozinhos", conta.
Trabalhar no projeto é privilégio para poucos. Todos os animais, especialmente gatos e cães, passam por uma bateria de testes, juntamente com os donos. "Este trabalho é para quem gosta de gente e de animal, mas não é uma terapia ocupacional. Nós fazemos uma avaliação criteriosa das motivações das pessoas. Não queremos voluntário ocasionais, que nos deixem na mão", afirma Hannelore.
Veterana - Não à toa, Hannelore tem como braço direito a dona de casa Elvira da Conceição Rebolo da Silva, a Bia, que cuida de todo o trabalho burocrático e coordena os voluntários. "Mas não pense que este trabalho é tapa-buraco, para preencher tempo. Até porque quem tem afazeres domésticos sabe que tempo é o que mais falta", afirma a voluntária veterana.
Serviço
PetSmile: (11) 3865-2940
É o caso de Bonifácia e Violeta, duas simpáticas cachorrinhas vira-latas, do chinchila Roy, da tartaruga Telha e outros dois coelhinhos anônimos. Todos eles trabalham para a equipe do projeto PetSmile, organização cadastrada do Centro de Voluntariado de São Paulo.
Afeto - Através do trabalho exaustivo da veterinária e especialista em comportamento animal, Hannelore Fuchs, mais a equipe de 18 voluntários humanos e o total de 22 bichos, o projeto tem desenvolvido a chamada terapia mediada por animais em diversas instituições.
"O trabalho do PetSmile estimula a curiosidade, a capacidade de observação, o relacionamento afetivo e instiga um raciocínio mais lógico do que abstrato para nossas crianças", afirma Stella Maris Molinari, diretora do Lar Escola São Francisco, que atende crianças deficientes.
Dalai - Para ela, ter a equipe de Hannelore uma vez por semestre na escola é mais do que um privilégio. Privilégio que já completou cinco dos sete anos de existência do projeto. "No começo do trabalho, nos deparamos com crianças que nunca tinham tocado num animal", conta. "Mas o trabalho também beneficia o corpo de professores e as cuidadoras".
Para o voluntário Dalai, um cão lhasa apso, cada visita é uma diversão. "O Dalai é um lhasa atípico. Gosta muito do contato com crianças e não tem agressividade nenhuma com os outros animais", conta Carolina Cresta, veterinária e voluntária, "mãe" de Dalai.
Uma das experiências mais tocantes para ela, que participa do projeto há pouco mais de um ano, são as visitas ao Hospital da Criança. Dalai é um dos poucos cães autorizados a entrar em hospitais por poder ser carregado no colo. "Quando vamos até as crianças, é incrível como elas param imediatamente de chorar para interagir com os animais. Não há satisfação maior do que ver aquelas crianças doentes abrirem um sorriso", afirma.
O trabalho ganhou fôlego novo depois do contato com o Centro de Voluntariado, que além de ministrar palestras de capacitação, enviou novos voluntários ao projeto. "Eles falam a mesma língua que nós, têm muito mais experiência e todo o embasamento legal", afirma Hannelore, que teve de aprender tudo sozinha antes de conhecer o CVSP. "Eles nos trouxeram a sensação de que não estamos sozinhos", conta.
Trabalhar no projeto é privilégio para poucos. Todos os animais, especialmente gatos e cães, passam por uma bateria de testes, juntamente com os donos. "Este trabalho é para quem gosta de gente e de animal, mas não é uma terapia ocupacional. Nós fazemos uma avaliação criteriosa das motivações das pessoas. Não queremos voluntário ocasionais, que nos deixem na mão", afirma Hannelore.
Veterana - Não à toa, Hannelore tem como braço direito a dona de casa Elvira da Conceição Rebolo da Silva, a Bia, que cuida de todo o trabalho burocrático e coordena os voluntários. "Mas não pense que este trabalho é tapa-buraco, para preencher tempo. Até porque quem tem afazeres domésticos sabe que tempo é o que mais falta", afirma a voluntária veterana.
Serviço
PetSmile: (11) 3865-2940