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Empresas valorizam seus funcionários
Por Cláudia Marques / Diário do Comércio   7 de julho de 2004
Como gerir pessoas de forma responsável. Esse foi um dos principais assuntos da Conferência Nacional 2004, do Instituto Ethos, cujo tema foi Sustentabilidade da Sociedade e dos Negócios . O encontro, que aconteceu na semana passada em São Paulo, reuniu mais de 800 participantes – do Brasil, Argentina e Bolívia – e contou com 51 palestrantes.
Atendendo ao novo formato do encontro – mais cases e menos palestras –, várias empresas mostraram o que estão fazendo para melhorar a vida dos seus funcionários, ou melhor colaboradores, palavra preferida entre os participantes. O motivo: o novo profissional não é apenas um trabalhador, "ele é um indivíduo provido de emoções e expectativas, que colabora para o crescimento da companhia".
O BankBoston, por exemplo, mostrou que atua em duas frentes: desenvolvimento pessoal e qualidade de vida. Para atender o primeiro quesito, o banco implantou a Boston School. Segundo Alessandra Cabral, gerente de Recursos Humanos da companhia, o profissional que chega na empresa passa por um analista, que traça um plano de desenvolvimento individual, que substitui o plano de carreira.
Com essa informação, ele começa a fazer os cursos disponíveis na universidade corporativa. Pode escolher inglês, espanhol, informática etc. Isso sem nenhum custo. "O profissional só paga se faltar à aula", comentou Alessandra. Geralmente, esses cursos tomam um pouco do horário de trabalho e, nesse caso, a pessoa tem de convencer o chefe da necessidade de fazê-lo. Uma tarefa que, se for difícil, pode ter a ajuda de um consultor interno. "Como alguns gestores ainda não sabem como agir nessa situação, disponibilizamos um profissional para resolver os conflitos", disse Alessandra. Outra vantagem da Boston School é que os familiares também podem fazer os cursos pagando um valor abaixo do mercado.
No ponto qualidade de vida, o Boston decidiu dar cara nova para benefícios comuns. No restaurante agora preza-se a boa alimentação. O cardápio é elaborado por uma nutricionista, que oferece quatro opções: normal, vegetariano, light e uma só de frutas.
O grêmio virou o BKB Club, que têm ações de incentivo à cultura. Por meio de uma parceria com o Cinemark, os ingressos são vendidos pela metade do preço. O resultado: só este ano já foram vendidos 7.800. Kraft Foods, Basf, Banco do Brasil e Pão de Açúcar também apresentaram seus programas.
Autora de livros como O cálice e a espada - nossa história, nosso futuro , da editora Via Optima, e The power of partnership , da New World Library, Riane acredita que para uma sociedade prosperar é preciso que haja uma parceria real e igualitária entre homens e mulheres. Ela pregou a criação de uma nova ética para este relacionamento.
Mudança de postura – Riane também cobrou a mudança de postura por parte de empresários e governantes. Disse que é preciso falar menos e agir mais. E citou o "triste" exemplo dos fundos americanos para armas nucleares, que captam verbas que poderiam ser destinadas para a educação. "Os valores estão completamente invertidos", concluiu.
Atendendo ao novo formato do encontro – mais cases e menos palestras –, várias empresas mostraram o que estão fazendo para melhorar a vida dos seus funcionários, ou melhor colaboradores, palavra preferida entre os participantes. O motivo: o novo profissional não é apenas um trabalhador, "ele é um indivíduo provido de emoções e expectativas, que colabora para o crescimento da companhia".
O BankBoston, por exemplo, mostrou que atua em duas frentes: desenvolvimento pessoal e qualidade de vida. Para atender o primeiro quesito, o banco implantou a Boston School. Segundo Alessandra Cabral, gerente de Recursos Humanos da companhia, o profissional que chega na empresa passa por um analista, que traça um plano de desenvolvimento individual, que substitui o plano de carreira.
Com essa informação, ele começa a fazer os cursos disponíveis na universidade corporativa. Pode escolher inglês, espanhol, informática etc. Isso sem nenhum custo. "O profissional só paga se faltar à aula", comentou Alessandra. Geralmente, esses cursos tomam um pouco do horário de trabalho e, nesse caso, a pessoa tem de convencer o chefe da necessidade de fazê-lo. Uma tarefa que, se for difícil, pode ter a ajuda de um consultor interno. "Como alguns gestores ainda não sabem como agir nessa situação, disponibilizamos um profissional para resolver os conflitos", disse Alessandra. Outra vantagem da Boston School é que os familiares também podem fazer os cursos pagando um valor abaixo do mercado.
No ponto qualidade de vida, o Boston decidiu dar cara nova para benefícios comuns. No restaurante agora preza-se a boa alimentação. O cardápio é elaborado por uma nutricionista, que oferece quatro opções: normal, vegetariano, light e uma só de frutas.
O grêmio virou o BKB Club, que têm ações de incentivo à cultura. Por meio de uma parceria com o Cinemark, os ingressos são vendidos pela metade do preço. O resultado: só este ano já foram vendidos 7.800. Kraft Foods, Basf, Banco do Brasil e Pão de Açúcar também apresentaram seus programas.
BankBoston: invenstindo em qualidade de vida e desenvolvimento pessoal de seus colaboradores
Atitude – Uma das estrelas da conferência, a socióloga austríaca naturalizada americana Riane Eisler (ela fugiu dos nazistas com os pais, foi para Cuba e mais tarde emigrou para os EUA) foi dura com os empresários. Segundo ela, não adianta pensar em responsabilidade social sem pensar em um modelo de parceria que una as crenças e culturas dos diversos povos e instituições. "As pessoas precisam aprender a cuidar uma das outras, das crianças, das mulheres. As empresas têm de pensar nisso antes de sonhar com os lucros", disse.Autora de livros como O cálice e a espada - nossa história, nosso futuro , da editora Via Optima, e The power of partnership , da New World Library, Riane acredita que para uma sociedade prosperar é preciso que haja uma parceria real e igualitária entre homens e mulheres. Ela pregou a criação de uma nova ética para este relacionamento.
Mudança de postura – Riane também cobrou a mudança de postura por parte de empresários e governantes. Disse que é preciso falar menos e agir mais. E citou o "triste" exemplo dos fundos americanos para armas nucleares, que captam verbas que poderiam ser destinadas para a educação. "Os valores estão completamente invertidos", concluiu.