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As grandes empresas dão o exemplo
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   14 de julho de 2004
O Grupo Bureau Veritas promoveu, na semana passada em São Paulo, um seminário internacional que discutiu a responsabilidade social das empresas e os desafios de sustentabilidade das políticas adotadas para o setor. As conclusões dos participantes apontaram que os investimentos precisam agregar valor às iniciativas, mas elas somente serão válidas se as empresas as incorporarem como um objetivo tão importante quanto crescer e obter lucros.
Na abertura do evento, o presidente do Bureau Veritas, Sergio Mello, ressaltou a necessidade de se compartilhar experiências e visões durante as palestras. "O objetivo é introduzir no ambiente de negócios uma nova lógica. A responsabilidade social deve ter o objetivo de garantir a sustentabilidade das empresas e garantir a presença humana no planeta", afirmou.
No âmbito das empresas, Mello disse que elas passaram a aderir aos conceitos de responsabilidade social em função das pressões que a sociedade passou a exercer sobre elas. Por isso, o evento enfatizou a experiência de empresas como Petrobras, CPFL, Souza Cruz e Natura, todas com projetos próprios de atuação social.
Janice Helena de Oliveira Dias, do departamento de Comunicação Nacional da Petrobras, enfatizou que a atuação da estatal no campo da responsabilidade social é o resultado do trabalho de diversas equipes. Ela relatou que as ações se dividem entre as emergenciais (nas quais se enquadram as iniciativas dentro do programa Fome Zero) e as de médio e longo prazo, como o Fundo da Criança e do Adolescente.
Pesquisa interna – Já a CPFL, passou da ação assistencialista para o desenvolvimento de trabalhos de atuação responsável, através de uma pesquisa junto aos funcionários, após a sua privatização. Foram estabelecidos compromissos e um código de ética e de conduta empresarial.
A partir da criação deste documento, foram incorporadas as orientações do Instituto Ethos e da Abrinq, com a realização de auditorias de medição de qualidade da atuação no campo da responsabilidade social. Os projetos mais importantes desenvolvidos recentemente, segundo Nicola Martini Neto, gerente de Assessoria de Gestão de Qualidade, foram os de revitalização de hospitais filantrópicos, programas culturais e educacionais, como exposições e concertos musicais.
Natura e Souza Cruz – No caminho da profissionalização para atuar no campo da responsabilidade social, a Natura, fabricante de cosméticos e que já possuia certificação ISO 14.000, que inclui a gestão ambiental, adotará a mesma metodologia para implantar seu projeto social.
O vice-presidente de operações e logística, Itamar Correa da Silva, afirma que a empresa utilizará os indicadores Ethos para identificar as demandas e necessidades da sociedade na qual atua. "Implementaremos os métodos de diagnósticos e indicadores de performance do Ethos para obter resultados práticos. Já apoiamos as comunidades fornecedoras de nossas matérias-primas e também formamos parcerias com as ONGs que atuam na região de nossas fábricas nos municípios de Cajamar e Itapecerica da Serra em São Paulo".
Já a fabricante de cigarros Souza Cruz investiu em projetos sociais internos e externos , segundo informou o gerente de Planejamento José Roberto Cosmo, através da elaboração de um relatório social que analisa e aponta os campos de atuação e determina os planos a serem desenvolvidos.
Profissionalização – Para reforçar a necessidade de se dar um caráter profissional à atuação das empresas de todos os setores no campo da responsabilidade social, a presidente e CEO da Social Accountability International (SAI), dos Estados Unidos, Alice Tepper Marlin, explica que a criação da SA 8000, norma que certifica ONGs e empresas que atuam neste ramo, é a mais importante que surgiu até o momento para defender os trabalhadores e avaliar a gestão das empresas.
Segundo ela, a norma é internacional e a ISO deverá criar uma norma brasileira adequada à realidade do País e suas empresas, e contemplar as pressões que a sociedade exerce sobre as companhias para que adotem práticas socialmente responsáveis.
As normas atuais só avaliam as empresas e suas relações com os funcionários e demais setores, mas segundo Paulo Ivo, auditor sênior do Bureau Veritas Brasil, a possibilidade de certificação no campo de atuação social possibilita que as empresas passem a se preocupar com uma atuação ética e desenvolva projetos significativos. "Filantropia e responsabilidade social são conceitos diferentes", opina.
Na abertura do evento, o presidente do Bureau Veritas, Sergio Mello, ressaltou a necessidade de se compartilhar experiências e visões durante as palestras. "O objetivo é introduzir no ambiente de negócios uma nova lógica. A responsabilidade social deve ter o objetivo de garantir a sustentabilidade das empresas e garantir a presença humana no planeta", afirmou.
No âmbito das empresas, Mello disse que elas passaram a aderir aos conceitos de responsabilidade social em função das pressões que a sociedade passou a exercer sobre elas. Por isso, o evento enfatizou a experiência de empresas como Petrobras, CPFL, Souza Cruz e Natura, todas com projetos próprios de atuação social.
Janice Helena de Oliveira Dias, do departamento de Comunicação Nacional da Petrobras, enfatizou que a atuação da estatal no campo da responsabilidade social é o resultado do trabalho de diversas equipes. Ela relatou que as ações se dividem entre as emergenciais (nas quais se enquadram as iniciativas dentro do programa Fome Zero) e as de médio e longo prazo, como o Fundo da Criança e do Adolescente.
Pesquisa interna – Já a CPFL, passou da ação assistencialista para o desenvolvimento de trabalhos de atuação responsável, através de uma pesquisa junto aos funcionários, após a sua privatização. Foram estabelecidos compromissos e um código de ética e de conduta empresarial.
A partir da criação deste documento, foram incorporadas as orientações do Instituto Ethos e da Abrinq, com a realização de auditorias de medição de qualidade da atuação no campo da responsabilidade social. Os projetos mais importantes desenvolvidos recentemente, segundo Nicola Martini Neto, gerente de Assessoria de Gestão de Qualidade, foram os de revitalização de hospitais filantrópicos, programas culturais e educacionais, como exposições e concertos musicais.
Natura e Souza Cruz – No caminho da profissionalização para atuar no campo da responsabilidade social, a Natura, fabricante de cosméticos e que já possuia certificação ISO 14.000, que inclui a gestão ambiental, adotará a mesma metodologia para implantar seu projeto social.
O vice-presidente de operações e logística, Itamar Correa da Silva, afirma que a empresa utilizará os indicadores Ethos para identificar as demandas e necessidades da sociedade na qual atua. "Implementaremos os métodos de diagnósticos e indicadores de performance do Ethos para obter resultados práticos. Já apoiamos as comunidades fornecedoras de nossas matérias-primas e também formamos parcerias com as ONGs que atuam na região de nossas fábricas nos municípios de Cajamar e Itapecerica da Serra em São Paulo".
Já a fabricante de cigarros Souza Cruz investiu em projetos sociais internos e externos , segundo informou o gerente de Planejamento José Roberto Cosmo, através da elaboração de um relatório social que analisa e aponta os campos de atuação e determina os planos a serem desenvolvidos.
Profissionalização – Para reforçar a necessidade de se dar um caráter profissional à atuação das empresas de todos os setores no campo da responsabilidade social, a presidente e CEO da Social Accountability International (SAI), dos Estados Unidos, Alice Tepper Marlin, explica que a criação da SA 8000, norma que certifica ONGs e empresas que atuam neste ramo, é a mais importante que surgiu até o momento para defender os trabalhadores e avaliar a gestão das empresas.
Segundo ela, a norma é internacional e a ISO deverá criar uma norma brasileira adequada à realidade do País e suas empresas, e contemplar as pressões que a sociedade exerce sobre as companhias para que adotem práticas socialmente responsáveis.
As normas atuais só avaliam as empresas e suas relações com os funcionários e demais setores, mas segundo Paulo Ivo, auditor sênior do Bureau Veritas Brasil, a possibilidade de certificação no campo de atuação social possibilita que as empresas passem a se preocupar com uma atuação ética e desenvolva projetos significativos. "Filantropia e responsabilidade social são conceitos diferentes", opina.