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Conferência discute reintegração de pacientes mentais

Por Correio da Bahia    31 de outubro de 2001
Sob o lema cuidar, sim. excluir, não, profissionais de entidades públicas e privadas estiveram reunidos ontem no auditório do Hospital Roberto Santos, no Cabula, para discutir a assistência aos portadores de transtornos mentais em Salvador. Eles participaram da I Conferência Municipal de Saúde Mental, realizada como parte do processo de reforma psiquiátrica em curso no Brasil e que escolheu os delegados definidos que vão representar o município na III Conferência Estadual de Saúde Mental, programada para acontecer este mês.

Na ocasião, os técnicos apresentaram e debateram as propostas locais contendo as novas orientações para o atendimento psiquiátrico em toda a cidade. O projeto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está voltado, além de tratamento medicamentoso, para práticas alternativas, a exemplo das oficinas e grupos terapêuticos, procurando promover a auto-estima do paciente e sua reintegração à sociedade. Outra linha de trabalho da SMS é a prevenção aos distúrbios psíquicos, assistindo pessoas que apresentam transtornos neuróticos passíveis de evolução.

Em Salvador, a população conta com atendimento gratuito e especializado em saúde mental nas unidades municipais Centro de Saúde Mental Aristides Novis (Engenho Velho de Brotas), Centro de Saúde Mental Oswaldo Camargo (Rio Vermelho) e Centro Terapêutico Municipal Dr. Álvaro Rubin de Pinho (Bonfim), que prestam uma média de 4,5 mil atendimentos/mês, inclusive com fornecimento gratuito de medicamentos.

A secretária municipal de Saúde, Aldely Rocha, acredita que não existe outro caminho para ajudar o doente mental senão por meio de sua reintegração à família e à sociedade.

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