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Soldado Cidadão quer capacitar 30 mil recrutas

Por ABr   11 de agosto de 2004
O ministro da Defesa, José Viegas, disse ontem que o lançamento do projeto Soldado Cidadão é mais uma forma de reconhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao trabalho prestado pelas Forças Armadas. “Um País como o Brasil não pode se dar ao luxo de imaginar que está para sempre a salvo de ameaças. A melhor forma de garantir a paz é ter os meios de defesa presentes”, destacou.

O projeto vai capacitar profissionalmente cerca de 30 mil recrutas até o fim do ano. A previsão é de que no ano que vem 40 mil jovens sejam capacitados e em 2006, 60 mil. O governo vai desembolsar R$ 13,3 milhões este ano para oferecer mais de 100 tipos de cursos.

Viegas ressaltou que as Forças Armadas integram o País e reduzem as desigualdades sociais. “Ao apoiar a juventude, erguemos as pontes para um futuro melhor”, disse.

Ontem, durante o lançamento do programa, foi oficializada ainda a incorporação especial de 30 mil jovens. Com isso, o País chega à marca de 100 mil recrutas, que não era atingida há 15 anos.

"Essa é uma vitória de que nos orgulhamos. Desde o início do governo, afirmei o compromisso de reverter a diminuição do número de jovens chamados para o serviço militar. Houve anos em que não apenas tivemos menos recrutas como tivemos que mandar para casa mais cedo os que já estavam engajados", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente também participou do lançamento dessa etapa do programa Soldado Cidadão e da solenidade de recepção aos recrutas incorporados em 2004. Em seu discurso, Lula ressaltou que as Forças Armadas têm o dever constitucional de garantir a integridade do território nacional e de preservar a cidadania.

"A essa missão fundamental somam-se outras no campo da atuação dos nossos militares. A sua presença pode e deve também colaborar, cada vez mais, para resolver demandas sociais, apoiar a defesa civil, dar suporte ao desenvolvimento estratégico do País e à integração nacional", disse.

Lula lembrou os problemas que a juventude enfrenta em um País que estava submetido à estagnação econômica. "Conheço bem a dificuldades do desemprego e da pobreza, conheço a angústia de pais e mães que olham para os seus filhos e não sabem se eles terão onde trabalhar, se terão oportunidade de conquistar uma vida melhor ou um futuro mais feliz", contou.

Segundo o presidente, parte desses problemas já está sendo resolvida porque o Brasil entrou na rota do crescimento, gerando emprego e aumentado a renda dos trabalhadores. "Para avançarmos ainda mais, será necessário, entre outras medidas, dar cada vez melhor formação aos nossos jovens. Nossas Forças Armadas também estão participando desse esforço", disse.

Além de ampliar o número de recrutas, as Forças Armadas irão oferecer cursos profissionalizantes a 30 mil recrutas neste ano, através do programa Soldado Cidadão. "Estaremos oferecendo formação profissional que vai capacitá-los para obter melhores empregos e melhor colocação no mercado de trabalho", afirmou.

O presidente contou que foi um jovem "frustrado" porque não conseguiu servir ao Exército. "Não sei se porque eu era pequeno ou porque tinha soldados demais. Fiquei sem servir por conta do excesso de contingente. Eu achava que a fisionomia de minha mãe mostrava um orgulho profundo pela possibilidade do seu filho caçula servir às Forças Armadas", revelou.

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