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Alfabetização: uma tarefa de todos
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   1 de setembro de 2004
A V Semana de Alfabetização, que começou ontem e segue até sábado em São Paulo, discutirá as experiências adotadas para diminuir os índices de analfabetismo, colocar a alfabetização como um instrumento de inclusão social e estimular a educação entre jovens e adultos.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda tem 16 milhões de analfabetos, de acordo com os dados do censo de 2000. Estes números ainda são considerados altos, segundo a avaliação de especialistas e, por isso, a organização não-governamental Alfabetização Solidária (Alfasol) pretende reforçar a tese de que o processo de alfabetização contribui para a inclusão social.
Regina Esteves de Siqueira, superintendente executiva da Alfasol, acredita que as universidades têm um papel fundamental neste processo, pois existem atualmente dois mil professores universitários capacitando educadores em todo o País com o objetivo de reduzir significativamente estes índices.
Empresas – Regina ressalta também a importância do trabalho com as empresas que estão se responsabilizando por projetos de alfabetização e capacitando educadores de acordo com os padrões da Ong. Hoje, ela atua em parceria com 144 empresas e 209 universidades, que já capacitaram mais de 210 mil alfabetizadores.
"O encontro vai catalisar as experiências que já existem e absorver novas. Por isso, será importante a participação de representantes de entidades voltadas à alfabetização em todo o Brasil e também as estrangeiras. Neste ano, receberemos representantes da Espanha, Alemanha e de outros países", acrescenta.
Os centros universitários parceiros do Alfasol responsabilizam-se pela qualidade dos projetos educacionais adotados e pela coordenação das atividades de alfabetização.
Nas escolas – Em São Paulo, os colégios Domus Sapientae e Montessori Santa Terezinha criaram um programa de alfabetização de adultos em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (Ciee). O objetivo é fornecer escolaridade a adultos que não tiveram a oportunidade de se alfabetizar ou para aqueles que interromperam seus estudos.
A diretora dos dois colégios, Neuza Maria Scatollini, defende a iniciativa como uma forma de se resolver um problema social sério que afeta o País e que, na sua opinião, não pode se restringir às iniciativas do governo.
Segundo ela, o projeto nasceu em decorrência das iniciativas sociais realizadas pelos alunos das duas unidades. Depois dos trabalhos assistenciais em creches, asilos e favelas, veio o projeto de oferecer alfabetização a quem precisa. Os alunos do ensino médio participam dando oficinas culturais, que envolvem atividades de arte e marcenaria.
A professora Neuza Scattolini acrescenta que o curso começou em abril e estão sendo atendidos funcionários que trabalham nas residências dos alunos e os que trabalham nas duas escolas. A expectativa é dar continuidade ao projeto no próximo ano, com dois grupos. Há planos, também, de oferecer a eles iniciação à informática.
Nas universidades – Assim como as iniciativas de responsabilidade social das empresas que começaram a se preocupar não só com seus funcionários mas também com as comunidades às quais estes pertencem, algumas universidades iniciaram projetos de alfabetização de adultos voltada para seus funcionários e familiares e depois ampliaram suas classes para atender a comunidade local.
Este é o caso da Universidade São Judas Tadeu. Localizada no bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, o primeiro curso organizado em 1991 equivalia aos quatro primeiros anos do ensino fundamental. A Secretaria de Educação concedeu, dois anos depois, a ampliação do curso para os oito anos do mesmo ciclo.
Dinéia Hypólitto, professora de prática de ensino e coordenadora do estágio supervisionado do curso de formação de professores da São Judas Tadeu, explica que o Centro de Alfabetização de Jovens e Adultos Professora Alzira Altenfelder Silva Mesquita (Caam), explica que inicialmente o curso foi oferecido apenas aos funcionários da universidade e, com a obtenção da autorização por parte da Secretaria da Educação, ele foi ampliado para familiares dos funcionários e para a comunidade local. Atualmente, o Caam está ligado à pró-reitoria de extensão coordenada pela professora Lilian Brando Garcia Mesquita.
Números – Com o passar dos anos, o curso passou por um processo de ampliação. Hoje, ele recebe alunos de toda a zona Leste, de idades que variam entre 14 e 72 anos. Existem três grupos distintos atendidos.
O primeiro é composto de jovens de menos de 20 anos oriundos de escolas públicas com históricos de repetência ou abandono dos estudos. Há os jovens com mais de 20 anos que desejam completar o ensino fundamental para se habitar a prestar concursos públicos e, finalmente, o grupo de 45 a 72 anos.
De acordo com a avaliação de Dinéia Hypóllito, de 1993 até o primeiro semestre de 2004 foram matriculados 5.865 alunos nos cursos oferecidos pela Universidade São Judas. Foram 16 turmas que se formaram neste período, com 625 estudantes que obtiveram o diploma de conclusão do Ensino Fundamental. Atualmente, há 250 alunos matriculados nas oito séries que formam este ciclo.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda tem 16 milhões de analfabetos, de acordo com os dados do censo de 2000. Estes números ainda são considerados altos, segundo a avaliação de especialistas e, por isso, a organização não-governamental Alfabetização Solidária (Alfasol) pretende reforçar a tese de que o processo de alfabetização contribui para a inclusão social.
Regina Esteves de Siqueira, superintendente executiva da Alfasol, acredita que as universidades têm um papel fundamental neste processo, pois existem atualmente dois mil professores universitários capacitando educadores em todo o País com o objetivo de reduzir significativamente estes índices.
Empresas – Regina ressalta também a importância do trabalho com as empresas que estão se responsabilizando por projetos de alfabetização e capacitando educadores de acordo com os padrões da Ong. Hoje, ela atua em parceria com 144 empresas e 209 universidades, que já capacitaram mais de 210 mil alfabetizadores.
"O encontro vai catalisar as experiências que já existem e absorver novas. Por isso, será importante a participação de representantes de entidades voltadas à alfabetização em todo o Brasil e também as estrangeiras. Neste ano, receberemos representantes da Espanha, Alemanha e de outros países", acrescenta.
Os centros universitários parceiros do Alfasol responsabilizam-se pela qualidade dos projetos educacionais adotados e pela coordenação das atividades de alfabetização.
Nas escolas – Em São Paulo, os colégios Domus Sapientae e Montessori Santa Terezinha criaram um programa de alfabetização de adultos em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (Ciee). O objetivo é fornecer escolaridade a adultos que não tiveram a oportunidade de se alfabetizar ou para aqueles que interromperam seus estudos.
A diretora dos dois colégios, Neuza Maria Scatollini, defende a iniciativa como uma forma de se resolver um problema social sério que afeta o País e que, na sua opinião, não pode se restringir às iniciativas do governo.
Segundo ela, o projeto nasceu em decorrência das iniciativas sociais realizadas pelos alunos das duas unidades. Depois dos trabalhos assistenciais em creches, asilos e favelas, veio o projeto de oferecer alfabetização a quem precisa. Os alunos do ensino médio participam dando oficinas culturais, que envolvem atividades de arte e marcenaria.
A professora Neuza Scattolini acrescenta que o curso começou em abril e estão sendo atendidos funcionários que trabalham nas residências dos alunos e os que trabalham nas duas escolas. A expectativa é dar continuidade ao projeto no próximo ano, com dois grupos. Há planos, também, de oferecer a eles iniciação à informática.
Nas universidades – Assim como as iniciativas de responsabilidade social das empresas que começaram a se preocupar não só com seus funcionários mas também com as comunidades às quais estes pertencem, algumas universidades iniciaram projetos de alfabetização de adultos voltada para seus funcionários e familiares e depois ampliaram suas classes para atender a comunidade local.
Este é o caso da Universidade São Judas Tadeu. Localizada no bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, o primeiro curso organizado em 1991 equivalia aos quatro primeiros anos do ensino fundamental. A Secretaria de Educação concedeu, dois anos depois, a ampliação do curso para os oito anos do mesmo ciclo.
Dinéia Hypólitto, professora de prática de ensino e coordenadora do estágio supervisionado do curso de formação de professores da São Judas Tadeu, explica que o Centro de Alfabetização de Jovens e Adultos Professora Alzira Altenfelder Silva Mesquita (Caam), explica que inicialmente o curso foi oferecido apenas aos funcionários da universidade e, com a obtenção da autorização por parte da Secretaria da Educação, ele foi ampliado para familiares dos funcionários e para a comunidade local. Atualmente, o Caam está ligado à pró-reitoria de extensão coordenada pela professora Lilian Brando Garcia Mesquita.
Números – Com o passar dos anos, o curso passou por um processo de ampliação. Hoje, ele recebe alunos de toda a zona Leste, de idades que variam entre 14 e 72 anos. Existem três grupos distintos atendidos.
O primeiro é composto de jovens de menos de 20 anos oriundos de escolas públicas com históricos de repetência ou abandono dos estudos. Há os jovens com mais de 20 anos que desejam completar o ensino fundamental para se habitar a prestar concursos públicos e, finalmente, o grupo de 45 a 72 anos.
De acordo com a avaliação de Dinéia Hypóllito, de 1993 até o primeiro semestre de 2004 foram matriculados 5.865 alunos nos cursos oferecidos pela Universidade São Judas. Foram 16 turmas que se formaram neste período, com 625 estudantes que obtiveram o diploma de conclusão do Ensino Fundamental. Atualmente, há 250 alunos matriculados nas oito séries que formam este ciclo.