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Obra ´revela´ arquivos de Santas Casas
Por Luciana da Costa   1 de setembro de 2004
A publicação do livro "Guia dos Arquivos das Santas Casas de Misericórdia do Brasil" traz ao conhecimento público um universo documental extenso e valioso existente nestas entidades, cujo surgimento remonta ao período colonial.
Fundadas, e inicialmente dirigidas por membros de ordens religiosas, elas multiplicaram-se posteriormente pela ação dos nobres e outros membros da elite. Foram organizados em irmandades (associação de fiéis criada e constituída organicamente para exercer alguma obra de caridade ou de piedade) e em confrarias (irmandades que têm como finalidade o incremento do culto público), mas ainda tendo como coadjuvante a igreja.
Embrião das cidades – A fundação dessas casas seguiu o fluxo da criação das cidades; seu funcionamento era autorizado por alvarás régios e, na nova terra, serviam como suporte à administração da Coroa. Nessa condição, os documentos encontrados em seus arquivos e descritos no Guia atestam fatos da evolução da estrutura social e urbana, da história da medicina e da farmácia, permitindo também estudos de genealogias para fins diversos.
Infelizmente, em muitas delas, a exemplo do que ocorre em instituições públicas e privadas na atualidade, o arquivo não faz parte do organograma. A guarda da documentação está a cargo de áreas administrativas que não contam com profissionais de documentação. Conseqüentemente, a integridade física das coleções está comprometida, o acesso a elas dificultado e sua reprodução inviabilizada.
Fontes de informação sobre ciências humanas e sociais são poucas no Brasil, até mesmo pelo caráter interdisciplinar que mantêm entre si. Neste ponto é que reside a importância deste guia. Esperamos que, a partir do conhecimento trazido por sua publicação, a responsabilidade pela preservação dos documentos relacionados à história da construção do País possa ser dividida entre poder público, sociedade e empresas através de adoção de políticas amplas e efetivas.
Fundadas, e inicialmente dirigidas por membros de ordens religiosas, elas multiplicaram-se posteriormente pela ação dos nobres e outros membros da elite. Foram organizados em irmandades (associação de fiéis criada e constituída organicamente para exercer alguma obra de caridade ou de piedade) e em confrarias (irmandades que têm como finalidade o incremento do culto público), mas ainda tendo como coadjuvante a igreja.
Embrião das cidades – A fundação dessas casas seguiu o fluxo da criação das cidades; seu funcionamento era autorizado por alvarás régios e, na nova terra, serviam como suporte à administração da Coroa. Nessa condição, os documentos encontrados em seus arquivos e descritos no Guia atestam fatos da evolução da estrutura social e urbana, da história da medicina e da farmácia, permitindo também estudos de genealogias para fins diversos.
Infelizmente, em muitas delas, a exemplo do que ocorre em instituições públicas e privadas na atualidade, o arquivo não faz parte do organograma. A guarda da documentação está a cargo de áreas administrativas que não contam com profissionais de documentação. Conseqüentemente, a integridade física das coleções está comprometida, o acesso a elas dificultado e sua reprodução inviabilizada.
Fontes de informação sobre ciências humanas e sociais são poucas no Brasil, até mesmo pelo caráter interdisciplinar que mantêm entre si. Neste ponto é que reside a importância deste guia. Esperamos que, a partir do conhecimento trazido por sua publicação, a responsabilidade pela preservação dos documentos relacionados à história da construção do País possa ser dividida entre poder público, sociedade e empresas através de adoção de políticas amplas e efetivas.