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Degrau e Febem vão trabalhar em parceria
Por Renato Carbonari Ibelli   24 de setembro de 2004
Trabalho conjunto foi anunciado pelo secretário da justiça,Alexandre de Moraes. O Degrau, que trabalha com menores para afastá-los do crime, poderá ter papel social ainda maior.
O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou ontem uma parceria entre o Movimento Degrau e a Febem. O secretário, que recentemente também assumiu a presidência da Febem, tem promovido adequações na entidade para, segundo disse, implantar uma filosofia de respeito à dignidade do adolescente interno, de modo que se encontrem meios para encaminhá-lo profissionalmente. O Degrau tem demonstrado que pode dar grande contribuição nesses dois pontos.
O movimento Degrau, que tem como meta oferecer oportunidade de trabalho e de estudo profissionalizante a jovens carentes, foi lançado em março de 2002 pela Associação Comercial de São Paulo, Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de São Paulo (Facesp) e Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf). Desde sua idealização, o Degrau já empregou quase 53 mil jovens no Estado de São Paulo. Eles estão empregados e amparados pela lei 10.097, que possibilita a inserção no mercado de trabalho de jovens entre 14 anos e 18 anos incompletos.
Alternativo – Os números mostram que o projeto tem conseguido afastar muitos menores da criminalidade, mas Rogério Amato, presidente do Movimento Degrau, afirma que o programa pode servir também como um caminho alternativo à Febem.
Segundo ele, por meio do Degrau, um menor que, por exemplo, tenha cometido um pequeno delito, não seria encaminhado para a Febem, podendo contar com o apoio de uma das 900 entidades parceiras do Degrau dispostas a oferecer uma oportunidade de trabalho. "Estamos propondo algo para mostrar que a Febem não está sozinha. Afinal, a questão do adolescente não é só da Febem, passa pela sociedade também", diz Amato
Diretores – Ontem assumiram novos diretores em 10 unidades da Febem, consideradas as mais problemáticas. Entre elas, as unidades UI-37 e UI-27, do complexo Raposo Tavares, palco das mais recentes rebeliões e denúncias de maus-tratos a internos. As unidades UI-5 e UI-12, do complexo do Tatuapé, que registram os maiores históricos de problemas, também estão com nova diretoria. Os dirigentes afastados devem voltar para antigos cargos que ocupavam dentro da Febem.
A maioria dos diretores afastados estava à frente de unidades que eram alvo de denúncias de agressão aos menores. Apesar desse fato, o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania não atribuiu os afastamentos diretamente às denúncias. "Se as acusações procederem, os antigos diretores vão responder a processos", garantiu Alexandre de Moraes.
Os funcionários das unidades geralmente são apontados como os autores das agressões contra menores. No entanto, não há previsão de afastamento de ninguém além dos dirigentes, segundo o secretário. "Os novos diretores é que vão tomar conhecimento de suas equipes e, depois, se houver necessidade, pode ser que funcionários sejam afastados", disse ele.
As medidas disciplinares nas unidades, aplicadas aos internos que transgridem as normas estabelecidas, vão continuar. O problema é que muitas vezes essas medidas acabavam em castigos físicos. "As medidas disciplinares continuam. Eventuais castigos, que muitas vezes vinham da cabeça de diretores, sempre foram proibidos", explicou Moraes.
Exames – Faz parte do pacote de mudanças implantado pela atual gestão, a realização de exames médicos periódicos nos internos das 77 unidades. A cada 15 dias, os menores serão examinados por médicos do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc). A medida, segundo o secretário, serve para verificar problemas de saúde ou eventuais abusos.
Junto com as novas diretorias, um novo departamento, a Coordenadoria Pedagógica, também foi implantado na Febem. A intenção é que as decisões de todas as unidades sejam submetidas à supervisão dessa nova divisão, que estará sob o comando da professora Maria Madalena Rodrigues Wu.
Também ontem, as diretorias das 77 unidades da Febem estiveram na Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) para receber treinamento administrativo e pedagógico, oferecido pelo Ministério Público e pelo Departamento de Execução da Infância e Juventude. O encontro, que termina amanhã, tem como proposta levar aos novos diretores as também recentes diretrizes da Febem, para que eles possam repassá-las a suas equipes.
O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou ontem uma parceria entre o Movimento Degrau e a Febem. O secretário, que recentemente também assumiu a presidência da Febem, tem promovido adequações na entidade para, segundo disse, implantar uma filosofia de respeito à dignidade do adolescente interno, de modo que se encontrem meios para encaminhá-lo profissionalmente. O Degrau tem demonstrado que pode dar grande contribuição nesses dois pontos.
O movimento Degrau, que tem como meta oferecer oportunidade de trabalho e de estudo profissionalizante a jovens carentes, foi lançado em março de 2002 pela Associação Comercial de São Paulo, Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de São Paulo (Facesp) e Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf). Desde sua idealização, o Degrau já empregou quase 53 mil jovens no Estado de São Paulo. Eles estão empregados e amparados pela lei 10.097, que possibilita a inserção no mercado de trabalho de jovens entre 14 anos e 18 anos incompletos.
Alternativo – Os números mostram que o projeto tem conseguido afastar muitos menores da criminalidade, mas Rogério Amato, presidente do Movimento Degrau, afirma que o programa pode servir também como um caminho alternativo à Febem.
Segundo ele, por meio do Degrau, um menor que, por exemplo, tenha cometido um pequeno delito, não seria encaminhado para a Febem, podendo contar com o apoio de uma das 900 entidades parceiras do Degrau dispostas a oferecer uma oportunidade de trabalho. "Estamos propondo algo para mostrar que a Febem não está sozinha. Afinal, a questão do adolescente não é só da Febem, passa pela sociedade também", diz Amato
Diretores – Ontem assumiram novos diretores em 10 unidades da Febem, consideradas as mais problemáticas. Entre elas, as unidades UI-37 e UI-27, do complexo Raposo Tavares, palco das mais recentes rebeliões e denúncias de maus-tratos a internos. As unidades UI-5 e UI-12, do complexo do Tatuapé, que registram os maiores históricos de problemas, também estão com nova diretoria. Os dirigentes afastados devem voltar para antigos cargos que ocupavam dentro da Febem.
A maioria dos diretores afastados estava à frente de unidades que eram alvo de denúncias de agressão aos menores. Apesar desse fato, o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania não atribuiu os afastamentos diretamente às denúncias. "Se as acusações procederem, os antigos diretores vão responder a processos", garantiu Alexandre de Moraes.
Os funcionários das unidades geralmente são apontados como os autores das agressões contra menores. No entanto, não há previsão de afastamento de ninguém além dos dirigentes, segundo o secretário. "Os novos diretores é que vão tomar conhecimento de suas equipes e, depois, se houver necessidade, pode ser que funcionários sejam afastados", disse ele.
As medidas disciplinares nas unidades, aplicadas aos internos que transgridem as normas estabelecidas, vão continuar. O problema é que muitas vezes essas medidas acabavam em castigos físicos. "As medidas disciplinares continuam. Eventuais castigos, que muitas vezes vinham da cabeça de diretores, sempre foram proibidos", explicou Moraes.
Exames – Faz parte do pacote de mudanças implantado pela atual gestão, a realização de exames médicos periódicos nos internos das 77 unidades. A cada 15 dias, os menores serão examinados por médicos do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc). A medida, segundo o secretário, serve para verificar problemas de saúde ou eventuais abusos.
Junto com as novas diretorias, um novo departamento, a Coordenadoria Pedagógica, também foi implantado na Febem. A intenção é que as decisões de todas as unidades sejam submetidas à supervisão dessa nova divisão, que estará sob o comando da professora Maria Madalena Rodrigues Wu.
Também ontem, as diretorias das 77 unidades da Febem estiveram na Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) para receber treinamento administrativo e pedagógico, oferecido pelo Ministério Público e pelo Departamento de Execução da Infância e Juventude. O encontro, que termina amanhã, tem como proposta levar aos novos diretores as também recentes diretrizes da Febem, para que eles possam repassá-las a suas equipes.