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Social Web: o site que põe as ONGs e seus 'produtos' na rede

Por Paula Cunha   29 de setembro de 2004
O comércio eletrônico social já existe no Brasil e entidades que oferecem seus produtos estão satisfeitas com os resultados obtidos até o momento no site batizado Social Web. O endereço que está no ar desde agosto do ano passado ( www.socialweb.com.br ) tem o objetivo de não apenas comercializar produtos de Organizações Não-Governamentais como divulgar sua atuação e seus projetos.

Seu criador e administrador, Alexandre Moraes, explica que a idéia é oferecer aos internautas uma opção de aquisição de produtos socialmente responsáveis. Durante o processo de criação, foram procuradas as ONGs com trabalho reconhecido.

Inicialmente, houve uma reunião com 30 entidades do Terceiro Setor. Deste total, três aderiram imediatamente: o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), o Arte Despertar e o Projeto Quixote. Foram incluídas: Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (Apae-SP), Associação Prato Cheio, Expedição Vagalume, Care Brasil e Associação para Desenvolvimento, Educação e Recuperação do Excepcional (Adere).

Catálogo reformulado – No dia 15 de outubro, o catálogo que o site da Social Web veicula será totalmente reformulado. Segundo Moraes, cada ONG apresentará seis produtos e esta ação já visa atrair a atenção de empresas interessadas em adquirir brindes sociais para distribuir no Natal.

Além da elaboração do catálogo para as ONGs que não possuem estrutura para desenvolver esta tarefa, a Social Web também ajuda estas entidades a tirar as fotos de seus produtos para colocá-las no ar e em todos os trâmites exigidos para a comercialização online de seus itens e serviços.

A Social Web também desenvolve campanhas de comunicação entre estas entidades via web e ajuda a elaborar newsletters para divulgar suas atividades. Ela emite um relatório com a base de usuários que compraram através do site, fornecendo às entidades nome e endereço dos compradores virtuais para que estas possam entrar em contato com eles. Além disso, entrega os produtos, através de um acordo com os Correios, o que reduz os custos de envio.

Já a remuneração do site equivale a uma taxa administrativa de 10% sobre as vendas de todos os itens oferecidos.

"Parceria feliz" é a definição que a assistente de comunicação da Adere, Flávia de Montfort, utiliza para a divulgação dos produtos da entidade através da Social Web. Para ela, os produtos artesanais diferenciados que os deficientes jovens e adultos criam em suas oficinas encontraram um nicho de divulgação e comercialização. "As vendas têm dobrado nos últimos meses e a visibilidade que a Social Web proporciona é positiva. O próximo passo será criar produtos exclusivos para o site."

Visibilidade - A mesma avaliação positiva tem a Graacc. A gerente de desenvolvimento institucional da entidade, Tammy Rodrigues Allersdorfer, explica que o serviço é excelente porque não existem verbas para fazer com que o seu site possa efetuar vendas. "Na Social Web mostramos que temos muitos produtos e estamos obtendo visibilidade", opina. "Nossa idéia é compartilhar para que todos possam ganhar", conclui Alexandre Moraes.

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