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Mãos adolescentes a serviço da escrita
Por Lúcia Helena de Camargo   13 de outubro de 2004
"Todas as agências dos Correios deveriam ter um serviço de escrever cartas para quem não consegue", sugere Camila dos Santos Marques, 15 anos, aluna do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Joana D'Arc, que trabalha como voluntária no serviço de escrever cartas. A menina e outros 40 colegas passaram três meses escrevendo cartas e preenchendo formulários na agência dos Correios da av. Francisco Morato, no Butantã, próxima da escola. Chamado de "Escrevendo com Você", cada um deles dedicou uma hora por dia ao projeto, interrompido pelo correio para uma avaliação de resultados.
"Queremos continuar o trabalho, porque é muito gostoso saber que podemos ajudar outras pessoas com uma coisa que sabemos", diz David Santos Somenk, 16 anos. Seu colega Gabriel Henrique Ferreira, de 15 anos, revela que "caiu a ficha" quando escrevia uma carta para um analfabeto. Canhoto, escrevia com a mão esquerda quando o homem olhou-o fixamente e disse: "Eu não sei escrever nem com a direita...".
O diretor da escola, José Carlos Pomarico, idealizador do projeto, diz que vai procurar uma forma de dar continuidade ao projeto. "Seria ótimo se existisse de maneira permanente, porque com esse trabalho os alunos doam conhecimento", diz ele, que é também superintendente da distrital Butantã da ACSP.
Porém, os Correios informam que não darão continuidade ao serviço, porque essa não seria a atividade à qual o órgão se destina. Além disso, informam que houve "procura aquém da esperada". Segundo os alunos, a pouca divulgação contribuiu para que a poucas pessoas soubessem do serviço. "Se for feita propaganda na TV e no rádio, e colocados cartazes nas agências, acho que muita gente vai aparecer", propõe Samyra de Paula, 17 anos.
"Queremos continuar o trabalho, porque é muito gostoso saber que podemos ajudar outras pessoas com uma coisa que sabemos", diz David Santos Somenk, 16 anos. Seu colega Gabriel Henrique Ferreira, de 15 anos, revela que "caiu a ficha" quando escrevia uma carta para um analfabeto. Canhoto, escrevia com a mão esquerda quando o homem olhou-o fixamente e disse: "Eu não sei escrever nem com a direita...".
O diretor da escola, José Carlos Pomarico, idealizador do projeto, diz que vai procurar uma forma de dar continuidade ao projeto. "Seria ótimo se existisse de maneira permanente, porque com esse trabalho os alunos doam conhecimento", diz ele, que é também superintendente da distrital Butantã da ACSP.
Porém, os Correios informam que não darão continuidade ao serviço, porque essa não seria a atividade à qual o órgão se destina. Além disso, informam que houve "procura aquém da esperada". Segundo os alunos, a pouca divulgação contribuiu para que a poucas pessoas soubessem do serviço. "Se for feita propaganda na TV e no rádio, e colocados cartazes nas agências, acho que muita gente vai aparecer", propõe Samyra de Paula, 17 anos.