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O emprego traz a inclusão
Por Kátia Azevedo / Diário do Comércio   3 de novembro de 2004
Fisioterapeuta e psicológo, Fabiano Puhlmann é um dos aliados de Laurenti. Pulmann, que ficou tetraplégico ao quebrar o pescoço quando mergulhava numa piscina, trabalha no Instituto Paradigma, também dedicado à inclusão social de deficientes ( www.institutoparadigma.org.br ) e fornece consultoria para empresas interessadas em contratar pessoas com necessidades especiais.
Ele está otimista e acredita que São Paulo está liderando uma revolução no setor e que a realidade do deficiente no Brasil deve sofrer uma mudança significativa no prazo de cinco anos, quando deve pelo menos triplicar o número de deficientes empregados no País.
"A demanda por informações aqui no Instituto aumentou em torno de 60%, sinal de que as empresas estão mais conscientes, interessadas em exercer a responsabilidade social e enxergando o deficiente com menos preconceito."
Puhmann também credita às dificuldades de acesso a maior responsabilidade pela exclusão dos deficientes e defende que empresas e órgãos públicos adotem o chamado "desenho universal", um conceito que prevê a adaptação de mobiliários, equipamentos e arquitetura para contemplar a diversidade de todos os seres humanos e não apenas dos deficientes.
"As pessoas têm diferenças de peso, altura, mobilidade, e uma empresa moderna deve estar atenta às necessidades dos funcionários, uma forma de elevar o rendimento do trabalho", diz.
O psicólogo ainda destaca a necessidade de capacitação dos deficientes e de conscientização dos demais funcionários e chefes de que o convívio com o portador de necessidades especiais deve ser natural. "Apesar das limitações o deficiente é uma pessoa como outra qualquer, não deve ser visto como um coitado."
Puhmann afirma que o movimento para a inclusão de deficientes tem sido liderado por grandes empresas. "Isso nos deixa muito satisfeitos. Como o número de funcionários é alto, os empregos para deficientes também aumentam. A inclusão econômica já é uma realidade e acredito que esse processo não voltará atrás."
Um dos sonhos é que a lei de cotas um dia passe a ser apenas um detalhe. "Por enquanto esse é o mecanismo de inclusão mais eficiente de que dispomos. Mas creio que no futuro as próprias empresas enxergarão o valor do trabalho do deficiente sem que haja necessidade de pressão."
E, com mais empregos, a tendência é que até as dificuldades de acessibilidade diminuam, numa espécie de círculo virtuoso. "O emprego é a forma mais eficiente de transformar a atual realidade", acredita o advogado Roberto Bolonhini Júnior.
"O trabalho é o início de uma mudança. Sem transporte e com trabalho é melhor do que sem transporte e sem trabalho. Com renda garantida, a vida do deficiente tem uma melhora enorme e ele pode chegar até a conseguir o próprio meio de transporte. Trabalhar é um exercício de cidadania, a maior forma de inclusão. A pessoa se fortalece e tem mais garra para brigar por seus direitos."
Ele está otimista e acredita que São Paulo está liderando uma revolução no setor e que a realidade do deficiente no Brasil deve sofrer uma mudança significativa no prazo de cinco anos, quando deve pelo menos triplicar o número de deficientes empregados no País.
"A demanda por informações aqui no Instituto aumentou em torno de 60%, sinal de que as empresas estão mais conscientes, interessadas em exercer a responsabilidade social e enxergando o deficiente com menos preconceito."
Puhmann também credita às dificuldades de acesso a maior responsabilidade pela exclusão dos deficientes e defende que empresas e órgãos públicos adotem o chamado "desenho universal", um conceito que prevê a adaptação de mobiliários, equipamentos e arquitetura para contemplar a diversidade de todos os seres humanos e não apenas dos deficientes.
"As pessoas têm diferenças de peso, altura, mobilidade, e uma empresa moderna deve estar atenta às necessidades dos funcionários, uma forma de elevar o rendimento do trabalho", diz.
O psicólogo ainda destaca a necessidade de capacitação dos deficientes e de conscientização dos demais funcionários e chefes de que o convívio com o portador de necessidades especiais deve ser natural. "Apesar das limitações o deficiente é uma pessoa como outra qualquer, não deve ser visto como um coitado."
Puhmann afirma que o movimento para a inclusão de deficientes tem sido liderado por grandes empresas. "Isso nos deixa muito satisfeitos. Como o número de funcionários é alto, os empregos para deficientes também aumentam. A inclusão econômica já é uma realidade e acredito que esse processo não voltará atrás."
Um dos sonhos é que a lei de cotas um dia passe a ser apenas um detalhe. "Por enquanto esse é o mecanismo de inclusão mais eficiente de que dispomos. Mas creio que no futuro as próprias empresas enxergarão o valor do trabalho do deficiente sem que haja necessidade de pressão."
E, com mais empregos, a tendência é que até as dificuldades de acessibilidade diminuam, numa espécie de círculo virtuoso. "O emprego é a forma mais eficiente de transformar a atual realidade", acredita o advogado Roberto Bolonhini Júnior.
"O trabalho é o início de uma mudança. Sem transporte e com trabalho é melhor do que sem transporte e sem trabalho. Com renda garantida, a vida do deficiente tem uma melhora enorme e ele pode chegar até a conseguir o próprio meio de transporte. Trabalhar é um exercício de cidadania, a maior forma de inclusão. A pessoa se fortalece e tem mais garra para brigar por seus direitos."