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Criança cardíaca também tem casa de apoio
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   8 de dezembro de 2004
As paredes claras e enfeitadas com desenhos de corações indicam que o ambiente alegre e positivo em todas as dependências da Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à Transplantada do Coração (ACTC) é um recurso importante para reforçar a confiança e proporcionar o bem-estar de mães e crianças que passam por tratamento pós-operatório ou aguardam pelo transplante na instituição que ampara estas famílias.
Localizada estrategicamente próxima ao Instituto do Coração (Incor) e do Hospital das Clínicas, na capital paulista, a sede da entidade recebe, desde a sua fundação em setembro de 1994, pais, mães, acompanhantes e as crianças que esperam por um transplante de coração. Eles chegam de diversas cidades de todo o País, convivem com os que já passaram pela cirurgia e recebem orientação de psicólogos e profissionais da área de saúde, além de participar das oficinas de bordado e costura e outras atividades que lhes proporciona renda durante sua estadia em São Paulo.
Neste ambiente tranqüilo, Robson Correia dos Santos e Regilene Ferreira dos Santos conseguem agüentar a ansiedade após o transplante de coração a que foi submetida sua filha de seis anos, Thayane, na quarta-feira passada. Para eles, este é o momento mais importante de um processo longo e doloroso que começou há dois anos e meio, quando um raio X de pulmão para diagnosticar uma pneumonia denunciou um aumento anormal no tamanho do coração da menina. Depois de dois anos de tratamento, vieram crises de descompensação que agravaram sua saúde e culminaram com a necessidade de um transplante.
A família começou a tentar um tratamento na capital paulista no início deste ano e em maio chegou ao Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas. Regilene abandonou o trabalho em Planaltina, cidade satélite de Brasília, onde morava com a família, para ficar com a filha durante as várias vezes em que ficou internada.
Estrutura, – Ao chegar a São Paulo, Regilene, Robson e Thayane foram encaminhados diretamente para o Incor e para a ACTC. Robson voltou para Planaltina e em julho veio visitar as duas. Só em outubro, conseguiu um acordo para deixar o emprego, ficar com a família e acompanhar o tratamento da filha. "Não temos condições financeiras neste momento e não ficaria aqui se não fosse a ACTC", diz ele.
Para Regilene, o mais importante é que a instituição não apenas auxilia a família com a estadia, mas principalmente fornece orientação durante o tratamento da criança e oferece as oficinas de costura e artesanato, nas quais toda a produção é vendida e a renda é revertida para as pessoas alojadas na entidade. Ela mostra, orgulhosa, os bordados que está finalizando em uma toalha de mesa e explica que, com o trabalho, e a ajuda das psicólogas e das assistentes sociais está conseguindo se manter. "As assistentes sociais ajudam em tudo o que podem. Sem a casa, acho que enlouqueceria", conclui.
Em compasso de espera – Há oito meses morando na ACTC, Elenilza Francisca de Oliveira aguarda o momento em que sua filha, Amanda Luísa de Oliveira Santos, de 12 anos, passará pelo transplante de coração. A sensação de isolamento é grande, pois a família ficou no interior do Mato Grosso. Ela compensa esta angústia com as atividades oferecidas pela entidade. Os bordados vendidos no bazar estão ajudando bastante, avalia.
Elenilza conta que descobriu que a filha tinha problemas cardíacos quando ela tinha cinco anos e o diagnóstico indicou cardiopatia dilatada. Quando o transplante foi recomendado, a médica que cuidava de Amanda já encaminhou a família para o Incor. Elenilza conta que a convivência com outras crianças que passam pelas mesmas dificuldades ajudou a menina. "Ela está mais calma, agora", conclui.
Localizada estrategicamente próxima ao Instituto do Coração (Incor) e do Hospital das Clínicas, na capital paulista, a sede da entidade recebe, desde a sua fundação em setembro de 1994, pais, mães, acompanhantes e as crianças que esperam por um transplante de coração. Eles chegam de diversas cidades de todo o País, convivem com os que já passaram pela cirurgia e recebem orientação de psicólogos e profissionais da área de saúde, além de participar das oficinas de bordado e costura e outras atividades que lhes proporciona renda durante sua estadia em São Paulo.
Neste ambiente tranqüilo, Robson Correia dos Santos e Regilene Ferreira dos Santos conseguem agüentar a ansiedade após o transplante de coração a que foi submetida sua filha de seis anos, Thayane, na quarta-feira passada. Para eles, este é o momento mais importante de um processo longo e doloroso que começou há dois anos e meio, quando um raio X de pulmão para diagnosticar uma pneumonia denunciou um aumento anormal no tamanho do coração da menina. Depois de dois anos de tratamento, vieram crises de descompensação que agravaram sua saúde e culminaram com a necessidade de um transplante.
A família começou a tentar um tratamento na capital paulista no início deste ano e em maio chegou ao Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas. Regilene abandonou o trabalho em Planaltina, cidade satélite de Brasília, onde morava com a família, para ficar com a filha durante as várias vezes em que ficou internada.
Estrutura, – Ao chegar a São Paulo, Regilene, Robson e Thayane foram encaminhados diretamente para o Incor e para a ACTC. Robson voltou para Planaltina e em julho veio visitar as duas. Só em outubro, conseguiu um acordo para deixar o emprego, ficar com a família e acompanhar o tratamento da filha. "Não temos condições financeiras neste momento e não ficaria aqui se não fosse a ACTC", diz ele.
Para Regilene, o mais importante é que a instituição não apenas auxilia a família com a estadia, mas principalmente fornece orientação durante o tratamento da criança e oferece as oficinas de costura e artesanato, nas quais toda a produção é vendida e a renda é revertida para as pessoas alojadas na entidade. Ela mostra, orgulhosa, os bordados que está finalizando em uma toalha de mesa e explica que, com o trabalho, e a ajuda das psicólogas e das assistentes sociais está conseguindo se manter. "As assistentes sociais ajudam em tudo o que podem. Sem a casa, acho que enlouqueceria", conclui.
Em compasso de espera – Há oito meses morando na ACTC, Elenilza Francisca de Oliveira aguarda o momento em que sua filha, Amanda Luísa de Oliveira Santos, de 12 anos, passará pelo transplante de coração. A sensação de isolamento é grande, pois a família ficou no interior do Mato Grosso. Ela compensa esta angústia com as atividades oferecidas pela entidade. Os bordados vendidos no bazar estão ajudando bastante, avalia.
Elenilza conta que descobriu que a filha tinha problemas cardíacos quando ela tinha cinco anos e o diagnóstico indicou cardiopatia dilatada. Quando o transplante foi recomendado, a médica que cuidava de Amanda já encaminhou a família para o Incor. Elenilza conta que a convivência com outras crianças que passam pelas mesmas dificuldades ajudou a menina. "Ela está mais calma, agora", conclui.