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O melhor da arquitetura, agora com linhas de inclusão
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   30 de maio de 2005
Criar ambientes que promovam a inclusão de portadores de diversos tipos de deficiências sem alterar o projeto arquitetônico e suas características originais. Para provar que esta proposta é viável, o Instituto Brasil Acessível e a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida firmaram parceria com a Casa Cor 2005 não só para tornar o evento de arquitetura e decoração mais acessível a todos os tipos de público, mas também para conscientizar os profissionais da área da necessidade de se criar projetos inclusivos.
Logo na entrada, a tradicional mostra de arquitetura, decoração e design recebe os visitantes com um mapa em braile com a localização de cada estande e áreas comuns, elaborado pelo Laboratório de Ensino e Material Didático da Universidade de São Paulo (Lemadi). Rampas de acesso foram construídas para auxiliar visitantes com dificuldades de locomoção.
A mostra será aberta oficialmente para o público hoje, mas durante uma visita programada para a imprensa, sábado, os representantes do Instituto e da Secretaria percorreram toda a exposição apontando os pontos nos quais já houve uma preocupação em integrar os visitantes com necessidades especiais.
Álvaro Henrique Dias Pinto, do Instituto Brasil Acessível, lembrou que a parceria entre a Casa Cor e a entidade foi acertada há pouco tempo e, por isso, os resultados vistos na mostra já são positivos, apesar de nem todos os estandes contemplarem soluções para esta parcela da população. Segundo ele, a perspectiva é de que projetos inclusivos deverão se tornar parte do contexto do dia-a-dia destes profissionais.
Expectativa e manual – No início da visita, Silvana Cambiaghi, arquiteta da Comissão Permanente de Acessibilidade da Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Seped), ressaltou a importância da parceria. "A Casa Cor é uma excelente oportunidade para mostrar que um ambiente acessível é possível e para divulgar os novos paradigmas de acessibilidade e design universal", explica.
Para ela, os profissionais da área de arquitetura e decoração têm que levar em conta que os ambientes precisam ser criados de maneira que possam ser adaptados. Por isso, ela ressalta a importância da iniciativa do Instituto e da Secretaria de divulgar o documento Diretrizes para a Criação de Ambientes Inclusivos. Em forma de manual, apresenta os conceitos de arquitetura inclusiva.
Visita – A arquiteta Renata Ulson, que faz parte do Instituto Brasil Acessível, analisou os diversos ambientes da Casa Cor. Para ela, o principal objetivo da parceria é conscientizar o profissional de arquitetura. Logo na entrada, há um mapa da Casa adaptado para que portadores de deficiência visual possam localizar cada estande. Cada ambiente da mostra foi criado por um profissional e a utilização de diversos tipos de materiais tanto nas paredes quanto nos pisos foi determinada para auxiliar na orientação espacial dos visitantes com necessidades especiais.
Galeria - Na galeria de entrada, Renata ressalta como aspecto positivo a decisão de colocar as esculturas a uma altura que permite que todas as pessoas possam vê-las. No lounge, a área de circulação é bem ampla e a iluminação nas colunas ajuda a pontuar o trajeto dos visitantes.
Na sala da casa de campo, os espaços de circulação foram bem definidos, o que facilita o acesso de portadores de qualquer tipo de deficiência. Projetado pelo arquiteto Lionel Sasson, o ambiente contempla tanto móveis quanto equipamentos de automação que auxiliam qualquer usuário.
Sasson explica que utilizou a experiência obtida em outros projetos que contemplavam a inclusão. "Em meus projetos, levo em conta não só pessoas com necessidades específicas, mas lembro que todos vão envelhecer e crio espaços que podem ser transformados", conclui.
CASA COR 2005
De 25 de maio a 10 de julho. Av. Mário Lopes Leão, 1.500, Chácara Santo Antonio, São Paulo - SP. Com serviço de transporte especial para portadores de necessidades especiais e intérprete de libras (linguagem de sinais). Há duas visitas agendadas para deficientes auditivos nos dias 5 e 12 de junho, das 13h às 19h. Os interessados devem comparecer nestes dias. Microônibus sai das estações do Metrô Paraíso e Tietê todo sábado e domingo até o final da mostra, com saídas às 11h e retorno às 20h. Ingresso: R$ 30. Estacionamento: R$ 15
Logo na entrada, a tradicional mostra de arquitetura, decoração e design recebe os visitantes com um mapa em braile com a localização de cada estande e áreas comuns, elaborado pelo Laboratório de Ensino e Material Didático da Universidade de São Paulo (Lemadi). Rampas de acesso foram construídas para auxiliar visitantes com dificuldades de locomoção.
A mostra será aberta oficialmente para o público hoje, mas durante uma visita programada para a imprensa, sábado, os representantes do Instituto e da Secretaria percorreram toda a exposição apontando os pontos nos quais já houve uma preocupação em integrar os visitantes com necessidades especiais.
Álvaro Henrique Dias Pinto, do Instituto Brasil Acessível, lembrou que a parceria entre a Casa Cor e a entidade foi acertada há pouco tempo e, por isso, os resultados vistos na mostra já são positivos, apesar de nem todos os estandes contemplarem soluções para esta parcela da população. Segundo ele, a perspectiva é de que projetos inclusivos deverão se tornar parte do contexto do dia-a-dia destes profissionais.
Expectativa e manual – No início da visita, Silvana Cambiaghi, arquiteta da Comissão Permanente de Acessibilidade da Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Seped), ressaltou a importância da parceria. "A Casa Cor é uma excelente oportunidade para mostrar que um ambiente acessível é possível e para divulgar os novos paradigmas de acessibilidade e design universal", explica.
Para ela, os profissionais da área de arquitetura e decoração têm que levar em conta que os ambientes precisam ser criados de maneira que possam ser adaptados. Por isso, ela ressalta a importância da iniciativa do Instituto e da Secretaria de divulgar o documento Diretrizes para a Criação de Ambientes Inclusivos. Em forma de manual, apresenta os conceitos de arquitetura inclusiva.
Visita – A arquiteta Renata Ulson, que faz parte do Instituto Brasil Acessível, analisou os diversos ambientes da Casa Cor. Para ela, o principal objetivo da parceria é conscientizar o profissional de arquitetura. Logo na entrada, há um mapa da Casa adaptado para que portadores de deficiência visual possam localizar cada estande. Cada ambiente da mostra foi criado por um profissional e a utilização de diversos tipos de materiais tanto nas paredes quanto nos pisos foi determinada para auxiliar na orientação espacial dos visitantes com necessidades especiais.
Galeria - Na galeria de entrada, Renata ressalta como aspecto positivo a decisão de colocar as esculturas a uma altura que permite que todas as pessoas possam vê-las. No lounge, a área de circulação é bem ampla e a iluminação nas colunas ajuda a pontuar o trajeto dos visitantes.
Na sala da casa de campo, os espaços de circulação foram bem definidos, o que facilita o acesso de portadores de qualquer tipo de deficiência. Projetado pelo arquiteto Lionel Sasson, o ambiente contempla tanto móveis quanto equipamentos de automação que auxiliam qualquer usuário.
Sasson explica que utilizou a experiência obtida em outros projetos que contemplavam a inclusão. "Em meus projetos, levo em conta não só pessoas com necessidades específicas, mas lembro que todos vão envelhecer e crio espaços que podem ser transformados", conclui.
CASA COR 2005
De 25 de maio a 10 de julho. Av. Mário Lopes Leão, 1.500, Chácara Santo Antonio, São Paulo - SP. Com serviço de transporte especial para portadores de necessidades especiais e intérprete de libras (linguagem de sinais). Há duas visitas agendadas para deficientes auditivos nos dias 5 e 12 de junho, das 13h às 19h. Os interessados devem comparecer nestes dias. Microônibus sai das estações do Metrô Paraíso e Tietê todo sábado e domingo até o final da mostra, com saídas às 11h e retorno às 20h. Ingresso: R$ 30. Estacionamento: R$ 15