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Taipas na luta contra o analfabetismo
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   17 de agosto de 2005
Utilizando a máxima que prega que a "união faz a força", o Colégio Prígule, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) uniram-se para formar uma classe de alfabetização de adultos que foi apresentada à comunidade na última sexta-feira em Taipas, bairro da zona Oeste da capital paulista.
Esta parceria faz parte da iniciativa criada em 2003 pela ACSP que instalou núcleos de alfabetização de adultos nas distritais Jabaquara, Penha, São Miguel, Vila Maria e, agora, em Pirituba. Atualmente, cem alunos freqüentam os cursos.
A implantação das classes de alfabetização nestas unidades tem o objetivo de diminuir o índice de analfabetismo entre adultos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 11,6% da população brasileira com idade acima de 15 anos não são alfabetizados.
As aulas no Colégio Prígule começaram no final de julho e a classe já conta com 15 alunas. Parte delas ficou sabendo do curso através de voluntários do Hospital de Taipas que atende a população do bairro. Maria Áurea Ferreira Santos, funcionária do hospital, explica que distribuiu panfletos e orientou as interessadas para que procurassem o colégio. Para ela, foi uma alegria visitar a escola e ver a sala de aula já com 15 alunos.
O entusiasmo das novas estudantes era visível na última sexta-feira. Elas mostravam com orgulho os cadernos com as primeiras lições. Compartilhando este espírito de colaboração, o diretor superintendente da Distrital Pirituba, José Roberto Maio Pompeu, ressaltou a importância da iniciativa e seu caráter de inclusão social.
"Hoje, a ACSP não se limita a trabalhar só no seu campo de atuação. Sempre estamos preocupados em incluir nossas comunidades. Estamos alinhados com todas as situações em que as reivindicações sociais estiverem presentes e acreditamos no êxito desta iniciativa, pois todas as pessoas envolvidas estão dando o máximo de si." Para ele, participar do programa é particularmente importante porque nos anos 70 fez parte de uma equipe do Mobral.
Para o coordenador das distritais, Davi Gonçalves de Almeida, a parceria com o CIEE, que selecionou e contratou a professora dessa turma, será muito positiva para o programa de alfabetização da ACSP. A diretora do colégio, Sonia Sueli de Souza Dorighello, explica que decidiu firmar a parceria com a ACSP porque já havia passado por uma experiência no campo da alfabetização de adultos e o resultado foi positivo.
Novas vidas – "Estudar é uma arma para se enfrentar o mundo sem medo." Com estas palavras Tereza Nogueira Rodrigues exibe, orgulhosa, o caderno com as primeiras lições. Aos 61 anos, ela acredita que está transformando sua vida e quer, no final do ano, estar entre os formandos.
Com o mesmo entusiasmo, Aparecida Silva Ramires, de 69 anos, diz que quer vencer na vida e "aprender sempre mais". Para ela, este é o momento ideal para estudar porque os filhos já são adultos e os netos estão encaminhados. "Meu filho mais velho é casado e tem 30 anos. O outro tem 28 anos, é solteiro. Agora tenho tempo para mim."
Mais tímida, Clarice Silva conta que uma voluntária do Hospital de Taipas indicou o curso. Ela mora com a filha e tem quatro netos. Mesmo sem falar muito mostra o caderno e quando a professora a chama ela vai à lousa e escreve seu nome.
A professora Luciana Almezan Lauriano está entusiasmada com a oportunidade de trabalhar com adultos. "Sempre trabalhei com crianças. É a primeira vez que dou aulas para adultos. Estou adorando porque elas são muito interessadas e se esforçam bastante."
Esta parceria faz parte da iniciativa criada em 2003 pela ACSP que instalou núcleos de alfabetização de adultos nas distritais Jabaquara, Penha, São Miguel, Vila Maria e, agora, em Pirituba. Atualmente, cem alunos freqüentam os cursos.
A implantação das classes de alfabetização nestas unidades tem o objetivo de diminuir o índice de analfabetismo entre adultos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 11,6% da população brasileira com idade acima de 15 anos não são alfabetizados.
As aulas no Colégio Prígule começaram no final de julho e a classe já conta com 15 alunas. Parte delas ficou sabendo do curso através de voluntários do Hospital de Taipas que atende a população do bairro. Maria Áurea Ferreira Santos, funcionária do hospital, explica que distribuiu panfletos e orientou as interessadas para que procurassem o colégio. Para ela, foi uma alegria visitar a escola e ver a sala de aula já com 15 alunos.
O entusiasmo das novas estudantes era visível na última sexta-feira. Elas mostravam com orgulho os cadernos com as primeiras lições. Compartilhando este espírito de colaboração, o diretor superintendente da Distrital Pirituba, José Roberto Maio Pompeu, ressaltou a importância da iniciativa e seu caráter de inclusão social.
"Hoje, a ACSP não se limita a trabalhar só no seu campo de atuação. Sempre estamos preocupados em incluir nossas comunidades. Estamos alinhados com todas as situações em que as reivindicações sociais estiverem presentes e acreditamos no êxito desta iniciativa, pois todas as pessoas envolvidas estão dando o máximo de si." Para ele, participar do programa é particularmente importante porque nos anos 70 fez parte de uma equipe do Mobral.
Para o coordenador das distritais, Davi Gonçalves de Almeida, a parceria com o CIEE, que selecionou e contratou a professora dessa turma, será muito positiva para o programa de alfabetização da ACSP. A diretora do colégio, Sonia Sueli de Souza Dorighello, explica que decidiu firmar a parceria com a ACSP porque já havia passado por uma experiência no campo da alfabetização de adultos e o resultado foi positivo.
Novas vidas – "Estudar é uma arma para se enfrentar o mundo sem medo." Com estas palavras Tereza Nogueira Rodrigues exibe, orgulhosa, o caderno com as primeiras lições. Aos 61 anos, ela acredita que está transformando sua vida e quer, no final do ano, estar entre os formandos.
Com o mesmo entusiasmo, Aparecida Silva Ramires, de 69 anos, diz que quer vencer na vida e "aprender sempre mais". Para ela, este é o momento ideal para estudar porque os filhos já são adultos e os netos estão encaminhados. "Meu filho mais velho é casado e tem 30 anos. O outro tem 28 anos, é solteiro. Agora tenho tempo para mim."
Mais tímida, Clarice Silva conta que uma voluntária do Hospital de Taipas indicou o curso. Ela mora com a filha e tem quatro netos. Mesmo sem falar muito mostra o caderno e quando a professora a chama ela vai à lousa e escreve seu nome.
A professora Luciana Almezan Lauriano está entusiasmada com a oportunidade de trabalhar com adultos. "Sempre trabalhei com crianças. É a primeira vez que dou aulas para adultos. Estou adorando porque elas são muito interessadas e se esforçam bastante."