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Um projeto que garante renda
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   5 de outubro de 2005
"Já passei por dificuldades, quando não tinha trabalho e não conseguia pagar o aluguel. A Mandalla me trouxe tranqüilidade e trabalho." É assim que o agricultor José Cardoso define o projeto Mandalla ao relatar as transformações que ocorreram em sua vida desde que aderiu a ele, há quase dois anos.
Criado por Willy Pessoa, e implementado com a ajuda da Bayer CropScience e outros parceiros, o projeto visa, através de técnicas diferenciadas de agricultura familiar proporcionar a pequenos produtores agrícolas não só a alimentação diária dele e de sua família, mas também uma complementação de renda com a venda do excedente da produção de hortaliças, frutas e grãos, além da criação de pequenos animais como galinhas e cabras.
Mandala, segundo o dicionário Houaiss, pode ser definida como "linha fechada em círculo que simboliza o universo". E é essa a "filosofia" do projeto: que o agricultor consiga extrair de um círculo de terra ( leia texto abaixo ) tudo o que é necessário para a sua sobrevivência de forma digna.
Segundo Cardoso, a sua unidade já está em um estágio avançado e, por isso, ele já sonha em adquirir um automóvel para vender sua produção diretamente para a principal feira de João Pessoa. A renda mensal da família oscila, atualmente, entre R$ 1,6 mil e R$ 2 mil. "Já cheguei a R$ 2,4 mil e, hoje, gasto cerca de R$ 400 em frete. Sempre trabalhei na agricultura, mas era empregado nos canaviais e recebia só R$ 200 por mês", explica.
Com este salto expressivo na renda mensal, Cardoso está não apenas oferecendo uma vida melhor a seus familiares como também está conseguindo ajudar outros parentes. Seu cunhado estava desempregado há dez anos e agora está ajudando nas tarefas diárias. Os três filhos (uma está na universidade) e netos já estão encaminhados e, atualmente, 20 pessoas moram na propriedade e vivem da sua produção.
"Seu José", como é chamado por todos, conta as transformações em sua vida após a entrada no projeto. "Antes, nós plantávamos apenas milho e feijão e não tínhamos o hábito de comer verduras e frutas. Agora, comemos verduras e beterraba e usamos as folhas dela para fazer ração porque não abandonamos o gado. A vida melhorou", diz.
Com uma área cultivada de quase três hectares, o agricultor planeja aumentar o plantio e expandir a criação de galinhas. Toda a produção de frutas (graviola, goiaba e acerola, entre outras) é utilizada como alimentação para a família e o excedente é vendido em João Pessoa.
Aos 57 anos, Cardoso considera que o projeto o ajudou a encontrar a estabilidade. "Eu não sonho alto. Sempre peço a Deus que não me falte alimentação. Aproveito tudo o que Deus dá a mais", conclui.
Mais estabilidade e segurança – Este são os sentimentos que Vilberto Correia Lima transmite ao falar da sua experiência desde que aderiu ao projeto Mandalla em maio deste ano. Segundo ele, a família já está vivendo da produção agrícola e animal da unidade.
"Ia abandonar a terra porque ela tinha produtividade baixa. O projeto cavou poços e ajudou a melhorar o solo para o plantio de hortaliças. Agora, toda semana vendo tomate, pimentão, alface e berinjela. Aumentei a criação de patos, que já era minha", diz Lima.
Agora, ele tem melhores perspectivas com a venda da produção e espera que ela cresça. E conta, orgulhoso, que tem três filhas na universidade. "Uma estuda jornalismo, outra administração e a mais nova está no curso de turismo."
"Trabalho o ano inteiro" – Cultivando mais de 30 produtos na mandala desde setembro do ano passado, o agricultor Antonio Severo dos Santos está feliz porque agora trabalha o ano todo com a esposa e os sete filhos. Quando cultivava apenas milho e feijão ele trabalhava só três meses durante todo o ano em Itatuba, no agreste da Paraíba.
Com todos os filhos estudando, e com a alimentação garantida pela produção da mandala, o agricultor também planta flores ornamentais e já está vendendo para as cidades vizinhas pimentão, alface, coentro, cebola, repolho, quiabo, tomate, mamão e cenoura, entre outros produtos. Sua renda mensal oscila para cima a partir de R$ 300 e ele garante que consegue sobreviver com ela porque toda a alimentação diária é obtida na mandala e na pequena área que fica fora do projeto ele planta batata e milho. "Agora, estamos aumentando a criação de patos. Nosso plano é usá-los em nossa alimentação e vendê-los também nas cidades vizinhas", completa.
*A jornalista viajou a convite da Bayer CropScience
Criado por Willy Pessoa, e implementado com a ajuda da Bayer CropScience e outros parceiros, o projeto visa, através de técnicas diferenciadas de agricultura familiar proporcionar a pequenos produtores agrícolas não só a alimentação diária dele e de sua família, mas também uma complementação de renda com a venda do excedente da produção de hortaliças, frutas e grãos, além da criação de pequenos animais como galinhas e cabras.
Mandala, segundo o dicionário Houaiss, pode ser definida como "linha fechada em círculo que simboliza o universo". E é essa a "filosofia" do projeto: que o agricultor consiga extrair de um círculo de terra ( leia texto abaixo ) tudo o que é necessário para a sua sobrevivência de forma digna.
Segundo Cardoso, a sua unidade já está em um estágio avançado e, por isso, ele já sonha em adquirir um automóvel para vender sua produção diretamente para a principal feira de João Pessoa. A renda mensal da família oscila, atualmente, entre R$ 1,6 mil e R$ 2 mil. "Já cheguei a R$ 2,4 mil e, hoje, gasto cerca de R$ 400 em frete. Sempre trabalhei na agricultura, mas era empregado nos canaviais e recebia só R$ 200 por mês", explica.
Com este salto expressivo na renda mensal, Cardoso está não apenas oferecendo uma vida melhor a seus familiares como também está conseguindo ajudar outros parentes. Seu cunhado estava desempregado há dez anos e agora está ajudando nas tarefas diárias. Os três filhos (uma está na universidade) e netos já estão encaminhados e, atualmente, 20 pessoas moram na propriedade e vivem da sua produção.
"Seu José", como é chamado por todos, conta as transformações em sua vida após a entrada no projeto. "Antes, nós plantávamos apenas milho e feijão e não tínhamos o hábito de comer verduras e frutas. Agora, comemos verduras e beterraba e usamos as folhas dela para fazer ração porque não abandonamos o gado. A vida melhorou", diz.
Com uma área cultivada de quase três hectares, o agricultor planeja aumentar o plantio e expandir a criação de galinhas. Toda a produção de frutas (graviola, goiaba e acerola, entre outras) é utilizada como alimentação para a família e o excedente é vendido em João Pessoa.
Aos 57 anos, Cardoso considera que o projeto o ajudou a encontrar a estabilidade. "Eu não sonho alto. Sempre peço a Deus que não me falte alimentação. Aproveito tudo o que Deus dá a mais", conclui.
Mais estabilidade e segurança – Este são os sentimentos que Vilberto Correia Lima transmite ao falar da sua experiência desde que aderiu ao projeto Mandalla em maio deste ano. Segundo ele, a família já está vivendo da produção agrícola e animal da unidade.
"Ia abandonar a terra porque ela tinha produtividade baixa. O projeto cavou poços e ajudou a melhorar o solo para o plantio de hortaliças. Agora, toda semana vendo tomate, pimentão, alface e berinjela. Aumentei a criação de patos, que já era minha", diz Lima.
Agora, ele tem melhores perspectivas com a venda da produção e espera que ela cresça. E conta, orgulhoso, que tem três filhas na universidade. "Uma estuda jornalismo, outra administração e a mais nova está no curso de turismo."
"Trabalho o ano inteiro" – Cultivando mais de 30 produtos na mandala desde setembro do ano passado, o agricultor Antonio Severo dos Santos está feliz porque agora trabalha o ano todo com a esposa e os sete filhos. Quando cultivava apenas milho e feijão ele trabalhava só três meses durante todo o ano em Itatuba, no agreste da Paraíba.
Com todos os filhos estudando, e com a alimentação garantida pela produção da mandala, o agricultor também planta flores ornamentais e já está vendendo para as cidades vizinhas pimentão, alface, coentro, cebola, repolho, quiabo, tomate, mamão e cenoura, entre outros produtos. Sua renda mensal oscila para cima a partir de R$ 300 e ele garante que consegue sobreviver com ela porque toda a alimentação diária é obtida na mandala e na pequena área que fica fora do projeto ele planta batata e milho. "Agora, estamos aumentando a criação de patos. Nosso plano é usá-los em nossa alimentação e vendê-los também nas cidades vizinhas", completa.
*A jornalista viajou a convite da Bayer CropScience