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Os pequenos clientes do Banco de Alimentos
Por Paula Cunha   28 de dezembro de 2005
Em São Paulo, a história de uma conquista exemplar
Um país como o Brasil, que produz 127% das suas necessidades de alimentos e, ao mesmo tempo, é considerado o sexto colocado no ranking de subnutrição em todo o mundo, encontra em iniciativas como o Banco de Alimentos uma alternativa para transformar este quadro gravíssimo.
Criado em 1999, em São Paulo, esta Organização Não Governamental (ONG) já arrecadou 1.605.153 quilos de alimentos que são fornecidos por indústrias, sacolões, supermercados e produtores rurais desde o início de suas atividades. Os produtos são encaminhados para orfanatos, creches, abrigos e comunidades carentes. O Banco elaborou, também, cursos de orientação para o melhor aproveitamento da comida. Seus orientadores, supervisionados por nutricionistas, dão aulas nestas instituições e, também em empresas, com o objetivo de disseminar a cultura do aproveitamento total dos produtos, já que o desperdício diário no Brasil atinge a espantosa marca de 39 milhões de quilos. De acordo com a avaliação da entidade, este volume poderia alimentar 19 milhões de pessoas por dia.
Transformação – Seu sistema de distribuição é o responsável pela transformação da realidade de entidades de assistência a carentes como a Casa de Apoio Raio de Luz, localizada no município de Diadema, na Grande São Paulo. Ela abriga de 26 a 30 crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, todas vítimas de violência doméstica e que aguardam o processo de adoção.
Sua presidente, Vera Lúcia de Carvalho, explica que a instituição recebe alimentos e orientação do Banco há oito meses e que a dieta das crianças alterou-se radicalmente desde então. "A qualidade dos produtos oferecidos pelo Banco é excelente e, agora, conseguimos proporcionar a elas uma variedade maior de alimentos".
No dia da visita à Casa pela reportagem do Diário do Comércio , a coordenadora da instituição, Tânia da Silva, mostrou os alimentos acondicionados em uma geladeira e em um freezer e explicou que uma nutricionista orientou as funcionárias responsáveis pela alimentação das crianças quanto às regras de congelamento, manipulação, aproveitamento e cozimento sem perda de nutrientes. Atualmente, a instituição consegue aproveitar 90% de todos os alimentos que recebe tanto do banco quanto de outros doadores.
Vera Lúcia conta que muitos destes menores chegam à Casa de Apoio em estado de desnutrição e os alimentos e a orientação fornecida pelo Banco de Alimentos são muito importantes para reverter este quadro. "Antes, tínhamos que pedir a colaboração de doadores constantemente. Agora, estamos mais tranqüilos quanto à alimentação porque recebemos uma quantidade semanal garantida que o Banco de Alimentos nos envia."
Resultados – No dia da entrevista, as crianças receberam no almoço carne, legumes, arroz, feijão e iogurte como sobremesa. Diversos tipos de produtos industrializados, como hambúrguer de carne bovina e de frango, queijos e frios, também passaram a fazer parte da dieta diária dos menores assistidos pelo abrigo, além de frutas e verduras.
De acordo com a diretora da instituição, o Banco de Alimentos forneceu toda a orientação para os responsáveis pela alimentação das crianças. "O Banco verifica quais são as nossas necessidades e envia os alimentos de acordo com a nossa solicitação. Isso é muito importante para nós porque a ajuda concedida pela prefeitura de Diadema é muito pequena. Com o auxílio do Banco não temos mais a necessidade de fazer intercâmbio com outras instituições", conclui.
Um país como o Brasil, que produz 127% das suas necessidades de alimentos e, ao mesmo tempo, é considerado o sexto colocado no ranking de subnutrição em todo o mundo, encontra em iniciativas como o Banco de Alimentos uma alternativa para transformar este quadro gravíssimo.
Criado em 1999, em São Paulo, esta Organização Não Governamental (ONG) já arrecadou 1.605.153 quilos de alimentos que são fornecidos por indústrias, sacolões, supermercados e produtores rurais desde o início de suas atividades. Os produtos são encaminhados para orfanatos, creches, abrigos e comunidades carentes. O Banco elaborou, também, cursos de orientação para o melhor aproveitamento da comida. Seus orientadores, supervisionados por nutricionistas, dão aulas nestas instituições e, também em empresas, com o objetivo de disseminar a cultura do aproveitamento total dos produtos, já que o desperdício diário no Brasil atinge a espantosa marca de 39 milhões de quilos. De acordo com a avaliação da entidade, este volume poderia alimentar 19 milhões de pessoas por dia.
Transformação – Seu sistema de distribuição é o responsável pela transformação da realidade de entidades de assistência a carentes como a Casa de Apoio Raio de Luz, localizada no município de Diadema, na Grande São Paulo. Ela abriga de 26 a 30 crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, todas vítimas de violência doméstica e que aguardam o processo de adoção.
Sua presidente, Vera Lúcia de Carvalho, explica que a instituição recebe alimentos e orientação do Banco há oito meses e que a dieta das crianças alterou-se radicalmente desde então. "A qualidade dos produtos oferecidos pelo Banco é excelente e, agora, conseguimos proporcionar a elas uma variedade maior de alimentos".
No dia da visita à Casa pela reportagem do Diário do Comércio , a coordenadora da instituição, Tânia da Silva, mostrou os alimentos acondicionados em uma geladeira e em um freezer e explicou que uma nutricionista orientou as funcionárias responsáveis pela alimentação das crianças quanto às regras de congelamento, manipulação, aproveitamento e cozimento sem perda de nutrientes. Atualmente, a instituição consegue aproveitar 90% de todos os alimentos que recebe tanto do banco quanto de outros doadores.
Vera Lúcia conta que muitos destes menores chegam à Casa de Apoio em estado de desnutrição e os alimentos e a orientação fornecida pelo Banco de Alimentos são muito importantes para reverter este quadro. "Antes, tínhamos que pedir a colaboração de doadores constantemente. Agora, estamos mais tranqüilos quanto à alimentação porque recebemos uma quantidade semanal garantida que o Banco de Alimentos nos envia."
Resultados – No dia da entrevista, as crianças receberam no almoço carne, legumes, arroz, feijão e iogurte como sobremesa. Diversos tipos de produtos industrializados, como hambúrguer de carne bovina e de frango, queijos e frios, também passaram a fazer parte da dieta diária dos menores assistidos pelo abrigo, além de frutas e verduras.
De acordo com a diretora da instituição, o Banco de Alimentos forneceu toda a orientação para os responsáveis pela alimentação das crianças. "O Banco verifica quais são as nossas necessidades e envia os alimentos de acordo com a nossa solicitação. Isso é muito importante para nós porque a ajuda concedida pela prefeitura de Diadema é muito pequena. Com o auxílio do Banco não temos mais a necessidade de fazer intercâmbio com outras instituições", conclui.