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Informação é "arma" nessa guerra
Por Paula Cunha   8 de março de 2006
De acordo com o médico Chafi Abduch, da Casa do Adolescente, a redução da gravidez precoce é a constatação de que a política adotada no Estado é correta. "Hoje, através das medidas de prevenção primordial, o programa transformou-se em lei. O instrumental fundamental é trabalhar a auto-estima e estimular o juízo crítico, bem como a criação de um plano de vida."
As oficinas ajudam os jovens freqüentadores a reforçar as decisões tomadas nelas. A de artesanato, por exemplo, estimula os adolescentes a trabalhar suas habilidades manuais e a contar o tempo que levem para elaborar uma peça. Os médicos e psicólogos estimulam analogias entre o tempo que os jovens gastam fazendo um trabalho manual e o tempo que levariam para pensar que precisam colocar a camisinha antes de iniciar uma relação sexual.
O mesmo acontece na Oficina de Sentimentos e nas aulas de inglês. Todas as atividades e oportunidades de debate são aproveitadas, segundo os médicos, para esclarecer dúvidas e ampliar as possibilidades de pensar e questionar estes e outros temas.
Outras iniciativas – Na era da democratização do uso da internet, este meio de comunicação está começando a ser mais utilizado para disseminar informações sobre orientação sexual. O Instituto Telemar e a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) criaram o projeto Amigo Virtual. O site www.abrapia.org.br dá a crianças e adolescentes a possibilidade de esclarecer dúvidas sobre este assunto e também a respeito de drogas, negligência familiar e abuso sexual.
A gerente do Instituto Telemar, Maria Arlete Mendes Gonçalves explica que o Amigo Virtual é uma conseqüência natural de outro projeto, o Telefone Amigo da Criança e do Adolescente, criado em outubro de 2004. Ele atende, no município do Rio de Janeiro, crianças e adolescentes de até 18 anos e já recebeu cerca de sete mil ligações em 2005.
Segundo Maria Arlete, a utilização de uma ferramenta mais avançada de comunicação como a internet é uma das políticas da Telemar para encampar projetos sociais. "A Abrapia nos apresentou o Amigo Virtual em 2005, que atende, em média 75 jovens mensalmente. Queremos que a tecnologia atue de maneira positiva para aproximar as pessoas e, por isso, fechamos a parceria com a Abrapia."
A expectativa do Instituto é de que estes números cresçam. Até o momento, as questões mais abordadas são relações familiares (18,38%), sexualidade e relacionamento sexual (16,06%) e saúde física mental e social (9,10%), seguidas de assuntos como escola e relacionamento com colegas em porcentagens menores.
Lauro Monteiro, secretário-executivo da Abrapia, diz que o site é um veículo pioneiro e que seu alcance deve crescer porque "a sexualidade é o tema que mais atrai o jovem porque ele precisa de orientação".
A equipe que orienta os jovens, formada por psicólogos e psicanalistas, recebeu treinamento específico. Monteiro, que é pediatra, ressalta que o profissional tem que não só gostar de crianças e adolescentes, mas também entender que esta camada da população tem o direito de se informar e de se comunicar.
As oficinas ajudam os jovens freqüentadores a reforçar as decisões tomadas nelas. A de artesanato, por exemplo, estimula os adolescentes a trabalhar suas habilidades manuais e a contar o tempo que levem para elaborar uma peça. Os médicos e psicólogos estimulam analogias entre o tempo que os jovens gastam fazendo um trabalho manual e o tempo que levariam para pensar que precisam colocar a camisinha antes de iniciar uma relação sexual.
O mesmo acontece na Oficina de Sentimentos e nas aulas de inglês. Todas as atividades e oportunidades de debate são aproveitadas, segundo os médicos, para esclarecer dúvidas e ampliar as possibilidades de pensar e questionar estes e outros temas.
Outras iniciativas – Na era da democratização do uso da internet, este meio de comunicação está começando a ser mais utilizado para disseminar informações sobre orientação sexual. O Instituto Telemar e a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) criaram o projeto Amigo Virtual. O site www.abrapia.org.br dá a crianças e adolescentes a possibilidade de esclarecer dúvidas sobre este assunto e também a respeito de drogas, negligência familiar e abuso sexual.
A gerente do Instituto Telemar, Maria Arlete Mendes Gonçalves explica que o Amigo Virtual é uma conseqüência natural de outro projeto, o Telefone Amigo da Criança e do Adolescente, criado em outubro de 2004. Ele atende, no município do Rio de Janeiro, crianças e adolescentes de até 18 anos e já recebeu cerca de sete mil ligações em 2005.
Segundo Maria Arlete, a utilização de uma ferramenta mais avançada de comunicação como a internet é uma das políticas da Telemar para encampar projetos sociais. "A Abrapia nos apresentou o Amigo Virtual em 2005, que atende, em média 75 jovens mensalmente. Queremos que a tecnologia atue de maneira positiva para aproximar as pessoas e, por isso, fechamos a parceria com a Abrapia."
A expectativa do Instituto é de que estes números cresçam. Até o momento, as questões mais abordadas são relações familiares (18,38%), sexualidade e relacionamento sexual (16,06%) e saúde física mental e social (9,10%), seguidas de assuntos como escola e relacionamento com colegas em porcentagens menores.
Lauro Monteiro, secretário-executivo da Abrapia, diz que o site é um veículo pioneiro e que seu alcance deve crescer porque "a sexualidade é o tema que mais atrai o jovem porque ele precisa de orientação".
A equipe que orienta os jovens, formada por psicólogos e psicanalistas, recebeu treinamento específico. Monteiro, que é pediatra, ressalta que o profissional tem que não só gostar de crianças e adolescentes, mas também entender que esta camada da população tem o direito de se informar e de se comunicar.