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Abraço solidário na Bela Vista
Por Maristela Orlowski    29 de março de 2006
Fazer o bem sem olhar a quem. Esse é o pilar que sustenta as ações filantrópicas da Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês, criada em 1921 pela primeira geração de sírios e libaneses de São Paulo. Atualmente, a instituição –localizada na Bela Vista, região central da capital paulista– empreende uma série de ações de responsabilidade social em múltiplas áreas, visando ao desenvolvimento e bem-estar pleno da comunidade carente local. O Projeto Abrace Seu Bairro, criado em 2001, é um deles, e está modificando o cotidiano das pessoas que dele participam.
De acordo com a diretora do projeto, Sylvia Suriani, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população do bairro, principalmente a de baixa renda, oferecendo alternativas de saúde, educação, esporte, cultura e lazer. "O que nos torna diferentes é que abraçamos o bairro e a família como um todo", diz. Segundo ela, o projeto engloba atividades que vão desde aulas de expressão corporal e artesanato até cursos de informática profissionalizante e de alfabetização de adultos. Há também ciclo de palestras sobre saúde preventiva, que aborda nutrição, higiene, sexualidade, planejamento familiar e economia doméstica, além de aulas de teatro, coral, pintura, danças etc.
No ano passado, cerca de 1.300 pessoas participaram das atividades. A meta para 2006, conforme ressalta Sylvia, é dobrar o número de vagas e incluir novos cursos. "Já conseguimos. Neste semestre, temos 1.221 vagas preenchidas." As atividades no sábado também serão ampliadas. "No ano passado, tínhamos uma aula ou outra. Neste ano, teremos esporte, informática e artesanato. O objetivo é envolver a família toda."
Demanda – De acordo com as assistentes sociais Nilcéia Lino de Jesus Lourenço e Carolina de Cássia Lourentino, o Abrace engloba 21 programas. As atividades ligadas à informática, ao esporte e à economia familiar e geração de renda são as mais requisitadas. Conforme explica a coordenadora do projeto, Cássia Maria Gellerth, no início, a captação das pessoas era feita por meio do cadastro ambulatorial. "Agora já virou boca-a-boca. Recebemos, em média, 30 ligações por dia de gente querendo informações", acrescenta.
As ações voltadas à educação –que contam com apoio do Colégio Dante Alighieri e do Senai– têm a finalidade de auxiliar crianças, jovens, adultos e até idosos a superar dificuldades com aprendizagem na escola, inclusão no mercado de trabalho e participação na sociedade. "Nossa primeira turma de informática, por exemplo, tem 30 alunos, e todos eles sairão daqui com certificado de técnico em informática", comenta Cássia.
Mão na massa – Incentivar, ensinar e estimular a população a fazer produtos artesanais que possam ser comercializados, contribuindo assim para o aumento da renda familiar. Pensando nisso, a Sociedade Beneficente de Senhoras incluiu no Abrace programas que trabalham habilidades e potencialidades dos participantes, como panificação, corte e costura, confecção de velas etc.
A cozinha do projeto, por exemplo, está sempre em atividade. Alunos querendo aprender novas receitas e ganhar um dinheirinho extra não faltam. A psicóloga clínica Elisabeth Calderari delega 20 horas semanais a seus 80 alunos do curso de culinária do Abrace. "Desde que me formei tento conciliar o trabalho clínico e o social." Segundo ela, os cursos são sazonais e seguem datas como Natal e Páscoa. "No momento, estamos com três cursos: panificação, culinária saudável e chocolate. Aos poucos, vamos bolando outros. O próximo será de pão-de-mel, que tem uma venda legal."
A bióloga Maria Elisabeth de Castro, atualmente desempregada, viu no programa a possibilidade de conseguir dinheiro. "Está complicado achar emprego. Por isso estou aqui, para ter uma ocupação e fazer dinheiro no futuro", diz. A dona de casa Eloneide da Silva, também desempregada, conta que está fazendo todos os cursos para aprender coisas novas e vender para fora. "Tem muita coisa que dá para fazer", diz. Até a Páscoa, Eloneide e mais duas colegas farão centenas de ovos.
De acordo com a diretora do projeto, Sylvia Suriani, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população do bairro, principalmente a de baixa renda, oferecendo alternativas de saúde, educação, esporte, cultura e lazer. "O que nos torna diferentes é que abraçamos o bairro e a família como um todo", diz. Segundo ela, o projeto engloba atividades que vão desde aulas de expressão corporal e artesanato até cursos de informática profissionalizante e de alfabetização de adultos. Há também ciclo de palestras sobre saúde preventiva, que aborda nutrição, higiene, sexualidade, planejamento familiar e economia doméstica, além de aulas de teatro, coral, pintura, danças etc.
No ano passado, cerca de 1.300 pessoas participaram das atividades. A meta para 2006, conforme ressalta Sylvia, é dobrar o número de vagas e incluir novos cursos. "Já conseguimos. Neste semestre, temos 1.221 vagas preenchidas." As atividades no sábado também serão ampliadas. "No ano passado, tínhamos uma aula ou outra. Neste ano, teremos esporte, informática e artesanato. O objetivo é envolver a família toda."
Demanda – De acordo com as assistentes sociais Nilcéia Lino de Jesus Lourenço e Carolina de Cássia Lourentino, o Abrace engloba 21 programas. As atividades ligadas à informática, ao esporte e à economia familiar e geração de renda são as mais requisitadas. Conforme explica a coordenadora do projeto, Cássia Maria Gellerth, no início, a captação das pessoas era feita por meio do cadastro ambulatorial. "Agora já virou boca-a-boca. Recebemos, em média, 30 ligações por dia de gente querendo informações", acrescenta.
As ações voltadas à educação –que contam com apoio do Colégio Dante Alighieri e do Senai– têm a finalidade de auxiliar crianças, jovens, adultos e até idosos a superar dificuldades com aprendizagem na escola, inclusão no mercado de trabalho e participação na sociedade. "Nossa primeira turma de informática, por exemplo, tem 30 alunos, e todos eles sairão daqui com certificado de técnico em informática", comenta Cássia.
Mão na massa – Incentivar, ensinar e estimular a população a fazer produtos artesanais que possam ser comercializados, contribuindo assim para o aumento da renda familiar. Pensando nisso, a Sociedade Beneficente de Senhoras incluiu no Abrace programas que trabalham habilidades e potencialidades dos participantes, como panificação, corte e costura, confecção de velas etc.
A cozinha do projeto, por exemplo, está sempre em atividade. Alunos querendo aprender novas receitas e ganhar um dinheirinho extra não faltam. A psicóloga clínica Elisabeth Calderari delega 20 horas semanais a seus 80 alunos do curso de culinária do Abrace. "Desde que me formei tento conciliar o trabalho clínico e o social." Segundo ela, os cursos são sazonais e seguem datas como Natal e Páscoa. "No momento, estamos com três cursos: panificação, culinária saudável e chocolate. Aos poucos, vamos bolando outros. O próximo será de pão-de-mel, que tem uma venda legal."
A bióloga Maria Elisabeth de Castro, atualmente desempregada, viu no programa a possibilidade de conseguir dinheiro. "Está complicado achar emprego. Por isso estou aqui, para ter uma ocupação e fazer dinheiro no futuro", diz. A dona de casa Eloneide da Silva, também desempregada, conta que está fazendo todos os cursos para aprender coisas novas e vender para fora. "Tem muita coisa que dá para fazer", diz. Até a Páscoa, Eloneide e mais duas colegas farão centenas de ovos.