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"Entidades devem se organizar"

Por Paula Cunha   12 de abril de 2006
As entidades assistenciais não estão implorando nada. Elas estão defendendo seus direitos e seu espaço para continuar desenvolvendo seus projetos sociais que são fundamentais para a sociedade brasileira atualmente. Esta é a posição da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf), que participou na semana passada do seminário Rumos da Filantropia.

Segundo Luiz Gonzaga, vice-presidente da entidade, o seminário foi mais uma oportunidade para reforçar a atuação da entidade na defesa dos direitos destas instituições dentro de princípios éticos. Como representante do presidente da Rebraf, Rogério Amato, Gonzaga reforça a necessidade de organização do setor para defender seus direitos em conjunto.

"Não basta as entidades estarem unidas, elas têm que se organizar na defesa de seus direitos. É importante reforçar que não estamos pedindo nada e que estamos reagindo à voracidade do governo na sua necessidade de arrecadar. Ele tem que respeitar as instituições que trabalham seriamente", afirma.

Segundo ele, a Rebraf foi uma das organizadoras do seminário Rumos da Filantropia, em parceria com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, hospitais, entidades filantrópicas e a Federação Brasileira das Associações Cristãs de Moços.

Continuidade – A Rebraf pretende continuar defendendo a atuação das entidades assistenciais e filantrópicas em outros eventos como o Seminário e, de acordo com Luiz Gonzaga, fortalecer ainda mais o Movimento Degrau, seu outro outro braço de atuação. "Já atingimos a meta fixada há três anos de atender 120 mil jovens e pretendemos continuar integrando jovens de 14 a 18 anos no mundo do trabalho", explicou.

Além disso, outra meta da Rebraf é estimular a participação da sociedade civil nos conselhos municipais. Marcelo Novello, membro do Conselho Municipal de Assistência Social, reforçou o caráter positivo de estímulo que representou o seminário realizado na semana passada em São Paulo.

Para ele, "a idéia do evento é provocar uma discussão sobre as regulamentações que estão saindo para o setor e que interferem diretamente na atuação das entidades. Os gestores públicos e as entidades têm que ser parceiros para que todos façam o seu trabalho", conclui.

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