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Música muda destinos na favela de Heliópolis
Por Paula Cunha    10 de maio de 2006
Acorda, Brasil! , peça de Antônio Ermírio de Moraes, que estreou na última sexta-feira, no Teatro Shopping Frei Caneca, em São Paulo, retrata a transformação pela qual passou a comunidade da favela de Heliópolis após a chegada de um projeto social.
"Para mim, o estudo é um enigma. No começo, ninguém sabe se vai dar certo. Mas no caso dos jovens de Heliópolis, a música passou a habitar o seu ser." Com estas palavras, o maestro Sílvio Baccarelli define o espírito do projeto do Instituto Baccarelli, que ensina música a crianças e adolescentes que freqüentam as escolas públicas do bairro da zona Sul da capital paulista desde 1996.
Atualmente, o Instituto conta com 505 alunos. Para Baccarelli, o sucesso do projeto é conseqüência direta da opção por acreditar, desde o início das atividades, na capacidade dos jovens e das crianças. "No começo, por nunca terem tido contato com a música erudita, eles estranharam. Entretanto, a dedicação dos professores os estimulou a se empenhar. Hoje, há muitos que estão fazendo faculdade de música", ressalta.
O maestro acredita que estas mudanças continuarão acontecendo quando o Instituto se transformar na Academia de Artes, que oferecerá não apenas música, mas também teatro e dança. Para comandar os cursos nestas áreas foram convidados o diretor teatral José Possi Neto e a bailarina Ana Botafogo.
O maestro Edilson Ventureli, coordenador do Instituto, explica que os alunos têm consciência de que precisam se esforçar para serem admitidos e para continuar no projeto. "Digo aos alunos que nada cai do céu. Este não é um projeto assistencialista porque optamos não por trabalhar as carências, mas os talentos e as aptidões. Estamos dando a eles uma formação que possibilite que eles mesmos rompam o ciclo de miserabilidade", resume.
Atualmente, os jovens da Sinfônica Heliópolis recebem uma bolsa de R$ 500 a R$ 700. Eles passam por um processo contínuo de avaliação de desempenho e a freqüência é controlada. Os escolhidos são os alunos de escolas públicas da comunidade de Heliópolis e de outros bairros do entorno.
O maestro Ventureli ressalta a importância deste sistema de trabalho e da transformação que a música opera nas pessoas citando o próprio exemplo, que sem recursos começou a aprender piano aos cinco anos: seu pai ia a pé para o trabalho para pagar os estudos dos filhos.
"Para mim, o estudo é um enigma. No começo, ninguém sabe se vai dar certo. Mas no caso dos jovens de Heliópolis, a música passou a habitar o seu ser." Com estas palavras, o maestro Sílvio Baccarelli define o espírito do projeto do Instituto Baccarelli, que ensina música a crianças e adolescentes que freqüentam as escolas públicas do bairro da zona Sul da capital paulista desde 1996.
Atualmente, o Instituto conta com 505 alunos. Para Baccarelli, o sucesso do projeto é conseqüência direta da opção por acreditar, desde o início das atividades, na capacidade dos jovens e das crianças. "No começo, por nunca terem tido contato com a música erudita, eles estranharam. Entretanto, a dedicação dos professores os estimulou a se empenhar. Hoje, há muitos que estão fazendo faculdade de música", ressalta.
O maestro acredita que estas mudanças continuarão acontecendo quando o Instituto se transformar na Academia de Artes, que oferecerá não apenas música, mas também teatro e dança. Para comandar os cursos nestas áreas foram convidados o diretor teatral José Possi Neto e a bailarina Ana Botafogo.
O maestro Edilson Ventureli, coordenador do Instituto, explica que os alunos têm consciência de que precisam se esforçar para serem admitidos e para continuar no projeto. "Digo aos alunos que nada cai do céu. Este não é um projeto assistencialista porque optamos não por trabalhar as carências, mas os talentos e as aptidões. Estamos dando a eles uma formação que possibilite que eles mesmos rompam o ciclo de miserabilidade", resume.
Atualmente, os jovens da Sinfônica Heliópolis recebem uma bolsa de R$ 500 a R$ 700. Eles passam por um processo contínuo de avaliação de desempenho e a freqüência é controlada. Os escolhidos são os alunos de escolas públicas da comunidade de Heliópolis e de outros bairros do entorno.
O maestro Ventureli ressalta a importância deste sistema de trabalho e da transformação que a música opera nas pessoas citando o próprio exemplo, que sem recursos começou a aprender piano aos cinco anos: seu pai ia a pé para o trabalho para pagar os estudos dos filhos.